quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pode dar certo

O Flamengo anunciou Leandro amaral como mais um reforço de seu combalido ataque, mais como um tiro no escuro e esperança de que dê certo, do que propriamente na consciência de que o jogador esteja em condições de fazer o torcedor rubro-negro esquecer a dupla Adriano e Vágner Love. Leandro vem lutando contra problemas de lesão e judiciais que fogem à sua alçada de apenas atuar dentro das quatro linhas.

Mas a verdade é que Leandro Amaral, se num é um gênio da grande área, apresenta mais futebol que os atuais nomes que o Fla possui para o ataque. O jogador, se conseguir superar os problemas extra-campo, pode sim comandar o ataque do Flamengo até o fim da temporada e dar mais uma volta por cima em sua carreira. O que me parece certo é que o clube tem menos a perder que o jogador.

Basta constatar que com os nomes que tem hoje para o ataque, o Flamengo não poderá se ver em situação pior do que já está em sua linha de frente. Val Baiano, Diego Mauricio, Vinicius Pacheco e Borja são piores que Leandro Amaral. Se o ex-atacante de Flu e Vasco não conseguir jogar e se transformar em mais um tiro no pé, o clube se manterá com seu sofrível ataque. Se ele conseguir jogar bem e marcar gols, terá o Flamengo saído completamente no lucro.


Leandro tem uma nova chance, agora no Flamengo!

O que me chamou a atenção na apresentação de Leandro Amaral foi o fato de ele realmente querer a novamente jogar futebol, a sua profissão. O jogador se emocionou e agradeceu muito a Zico que acreditou em sua recuperação e bancou sua contratação. Tal motivação pode fazer a diferença na hora que o atleta entrar em campo. Zico sabe bem o que Leandro vem enfrentando, pois sofreu muito com uma lesão em seu joelho em meados da década de 80, quendo a medicina não era tão avançada, mas se superou e voltou a desfilar seu refinado futebol nos gramados do Brasil.

Leandro Amaral foi revelado pela Portuguesa em 1997 e foi lá que viveu o grande momento de sua carreira, marcando 29 gols naquela temporada. Em 1999 se transferiu para o futebol italiano ao acertar com a Fiorentina, mas não conseguiu se firmar. Perambulou por vários clubes, dentre eles Grêmio, São Paulo, Palmeiras e Corinthians, até retornar à Portuguesa em 2005. Pouco jogou e marcou apenas um gol. Acertou com o Vasco em 2006 e viveu seu melhor momento desde que deixara o país. Brigou com o clube da Colina e jogou depois no Fluminense, seu último time. Leandro se envolveu numa ferrenha briga jurídica com o Vasco e acabou obrigado a retornar, quando se machucou e não mais conseguiu atuar. O Flamengo é o terceiro clube do atacante no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Os homens de Mano

Na sua primeira convocação como novo treinador da seleção brasileira deu a entender que a renovação de nosso time já começa desde já, como queria o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Mano Menezes chamou apenas quatro jogadores que estiveram na África do Sul, na última Copa do Mundo. Ramires, Thiago Silva, Robinho e Daniel Alves estão na lista de jogadores que enfrentam os EUA no próximo dia 10 de agosto.

Mano surpreendeu no nome dos goleiros que chamou. A presença de Vítor, do Grêmio, era mais que aguardada e merecida, afinal o mesmo já fez por merecer ter ido para o último Mundial. Mas a presença de Jefferson, do Botafogo e principalmente Renan, do Avaí, não era esperada por quase ninguém. Os dois têm algum potencial, mas acho que são ainda muito crus para defender a camisa amarelinha. Como o jogo vale muito pouco e eles devem ser reservas, o impacto será quase nulo.

Concordei quase que com a totalidade dos laterais que Mano chamou, principalmente na ala esquerda. André Santos, do Fenerbahçe, e Marcelo, do Real Madrid, já tinham totais condições de irem para a África defender o Brasil. Do lado direito, Daniel Alves, do Barcelona, não fez uma boa Copa mas tem muito potencial para tomar conta da posição, já que Maicon não foi chamado. Não sei as reais condições físicas do lateral da Internazionale, mas ele ainda pode jogar pelo Brasil trqanquilamente. A aposta em Rafael, ex-Fluminense e atual jogador Manchester, é uma tiro no escuro.

Os zagueiros chamados por Mano parecem representar a finalização da era "zagueiro-zagueiro", tão difundida por Vanderlei Luxemburgo quando este foi treinador da seleção. Réver, do Atlético-MG, Thiago Silva, do Milan, Henrique, do Racing e David Luiz, do Benfica, possuem, a característica de zagueiros técnicos, firmes na defesa e que sabem jogar, sem perder a força defensiva. Ainda acredito que Juan e Lúcio podem ajudar com sua experiência e qualidade. Basta que queiram.


Mano apresenta-se como novo treinador do Brasil.

Um dos grandes calcanqueres de aquiles do time comandado por Dunga na Copa era a falta de criatividade e versatilidade do meio campo da equipe. Enfim teremos a oportunidade de ver Paulo Henrique Ganso, do Santos, no comando do nosso meio. Hernanes, do São paulo, também já merecia a tempos ser lembrado. Sandro, do Internacional e Lucas, do Liverpool, também dão toque de qualidade a esse meio bastante interessante. Carlos Eduardo, jogador do Hoffeinheim, acho ainda cru pra jogar pelo Brasil, assim como Jucilei. Acredito que eles devam ter sido chamados por Mano já os conhecerem. Não conheço o futebol de Ederson, atleta do Lyon.

Também apoio os nomes que Mano chamou para o ataque. Robinho, assim como fez na Era Dunga, pode ser o comandante do ataque. Neymar, Alexandre Pato e Nilmar possuem a mesma característica e devem brigar por uma vaga ao lado do atacante do Santos. Diego Tardelli pode atuar como homem centralizado, apesar de não jogar assim no Atlético-MG. Eu escalaria Robinho e Tardelli com os demais como opções.

Para uma primeira convocação acredito que Mano acertou e deixou claro que já começou o processo de renovação, apesar de eu acreditar que outros atletas que atuaram na Copa devem retornar ao longo dos próximos quatro anos. Nomes como Júlio César, Juan, Lúcio, Maicon, Kaká e Luís Fabiano ainda têm potencial para vestirem a amarelinha. Começou a Era Mano! Que ele tenha sorte.

sábado, 24 de julho de 2010

Competência premiada!

Ao fim da Copa de 2006, com a frustração de uma eliminação muito precoce, o presidente da CBF decidiu que deveria haver uma mudança total de postura na seleção e convidou um sujeito sem qualquer experiência ou preparo para comandar o Brasil nos quatro anos que se seguiram. Dunga não conseguiu trazer o hexa. Agora em 2010, novamente o Brasil deixou a Copa antes do previsto. E desta vez o novo técnico da seleção é um cidadão da maior competência e experiência dentro do futebol. Seu nome é Mano Menezes. Escolha justa e mostra que a competência pode ser premiada.

A CBF convidou primeiramente para assumir a seleção Muricy Ramalho, que para mim é o melhor treinador do país, e nada mais justo que fosse lembrado primeiro. Mas Muricy recusou a chance de comandar a seleção brasileira. Talvez nunca vez tenha uma nova chance. Mano não tem nada com isso e, como segunda opção, entendeu que seria sua única chance de comandar o seu país numa Copa do Mundo, que será disputada aqui em 2014.

Mano Menezes conhece muito de futebol. Ganhou notoriedade nacional ao conduzir o Grêmio de volta à primeira divisão no ano de 2005. Em 2006, quando muito poucos acreditavam, ele levou o clube gaúcho à 3ª colocação, o que garantiu uma vaga na Libertadores no ano seguinte. Competição que chegou à final, com uma equipe inferior à maioria dos concorrentes, e perdeu do Boca Juniors, que possuía um time muito superior.




Após a boa passagem pelo Grêmio, Mano assumiu o Corinthians, clube da segunda maior torcida do país, que estava esfacelado por um rebaixamento e novamente fez uma campanha impecável, conduzindo o Timão de volta à primeira divisão sofrendo apenas três derrotas, uma marca que jamais algum clube havia conseguido. Ano passado Mano venceu com o Corinthians o Paulistão e a Copa do Brasil, o que garantiu sua participação na Libertadores neste ano de centenário do Corinthians. A busca pelo inédito título foi frustrada pelo Flamengo, clube que eliminou o Corinthians.

Ao contrário de Dunga, treinador que deixou a seleção, Mano Menezes fez carreira no futebol começando de baixo para cima, como deve ser. Seu início foi no Internacional, em 2001, quando comandou o time de juniores do clube. Logo no ano seguinte, pelo Guarani-RS, venceu o SuperCampeonato Gaúcho. Em 2004, pelo modesto XV de Campo Bom-RS, alcançou as semifinais da Copa do Brasil deixando pelo caminho o Vasco da Gama. Desconhecido, assumiu o Grêmio em 2005 e já consagrado foi contratado pelo Corinthians no fim de 2007.

Mano Menezes tem 48 anos de idade e assim como Dunga também é gaúcho. Nascido em Passo do Sobrado, na região central do estado. Mas as semelhanças com o antecessor param por aí. Mano tem formação acadêmica como professor de Educação Física e Administrador de Empresas. É o nome correto para assumir a seleção e comandar um processo de renovação com serenidade e equilíbrio. Teremos coletivas com outro nível cultural e de educação. Que Mano tenha sorte e sucesso no comando da seleção, o maior desafio de sua carreira. Merecidamente!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Brasileirão 2010 - Palpitolândia - Rodada 10

Na rodada passada meus acertos melhoraram sensivelmente em relação à rodada 08 - foram seis contra apenas dois. O campeonato começa realmente a esquentar e a antecipação da abertura da janela de transferências fará com que alguns jogadores de ponta possam estrear bem antes do previsto anteriormente. Vamos aos pitacos para os jogos deste meio de semana:

Quarta, 21 de julho:

São Paulo x Prudente, Morumbi - 19h30
Atlético-MG x Internacional, Arena do Jacaré - 19h30
Vitória x Goiás, Barradão - 19h30
Flamengo x Avaí, Maracanã - 21h
Grêmio x Vasco, Olímpico - 21h50
Atlético-GO x Corinthians, Serra Dourada - 21h50
Atlético-PR x Santos, Arena da Baixada - 21h50

Quinta, 22 de julho:

Palmeiras x Botafogo, Pacaembu - 21h
Fluminense x Cruzeiro, Maracanã - 21h
Guarani x Ceará, Brinco de Ouro - 21h

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma nova era no Flamengo

Quando Zico assumiu o futebol do Flamengo eu tive o cuidado de dizer aqui no Futebol e Samba que sua chegada era emblemática e histórica, mas que o Galinho jamais poderia repetir o que fez em campo, quando apenas num fez chover. O papel de Zico era justamente estruturar o clube e botar na cabeça de alguns atletas que eles não eram mais importantes que o Flamengo, uma instituição mundialmente conhecida.

Logo após a conquista do título brasileiro em 2009, criou-se uma espécio de "Poder Parelelo" no Flamengo onde os heróis de um título que não vinha há 17 anos tudo podiam e estavam acima do bem e do mal. Esta consciência criou escândalos em massa como os já mais que divulgados casos de Adriano e Vágner Love e o mais brutal deles, o de Bruno. Os atletas que venceram o Brasileiro de 2009 devem (e serão sempre) reconhecidos como campeões brasileiros pelo Flamengo. Mas isto não os tornaria criaturas acima de qualquer suspeita.

Em recente entrevista a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, disse que ao assumir uma estrutura de futebol que acabava de ser campeã era complicado fazer uma reformulação completa. Mudança que pode ser feita agora, já que o clube fracassou no campo esportivo na disputa da Libertadores e do Estadual. Sem falar no prejuízo de imagem e moral com as notícias da falta de conduta de seus jogadores.

Ao assumir, Zico declarou que os jogadores deveriam ter postura de esportistas tanto dentro como fora de campo. E após o escândalo Bruno, o que se vê na Gávea é uma postura que agrada o verdadeiro torcedor rubro-negro. Com um time ainda muito desfalcado e que nem de longe lembra o que será a base do time ao longo do ano, o Fla conseguiu vencer dois adversários difíceis e, com 100% de aproveitamento após o retorno da Copa, atingiu o G4 e está a seis pontos do líder Corinthians na tabela de classificação.

Mas mais que conseguir seis pontos em dois jogos e garantir um poiuco de paz, os jogadores do Fla demonstraram uma postura que não foi visya e,m nenhum momento do primeiro semestre. Jogaram com empenho e sem aquela empáfia de se achar superior a ninguém e acreditar que o resultado viria a qualquer momento, devido à qualidade de alguns jogadores que compunham o time.

Na minha visão esse time do Flamengo é até pior que o que conquistou o hexacampeonato brasileiro, mas tem qualidades e com algum empenho podem lutar por um G4. O jovem Marcelo Lomba vem desempenhando um excelente papel na sbustituição de Bruno. Os laterais são unânimidades nacionais. Angelim terá um bom companheiro de zaga, seja ele Jean ou o jovem David. O meio-campo ideal deverá ter Maldonado, Correa, Williams, Kleberson, Pet e Renato Abreu, certamente uma meia cancha de muita qualidade. Rogério Lourenço pode escalar Val Baiano como homem fixo, com Pet vindo de trás.

O Flamengo mudou de postura dentro e fora de campo. A mudança era ansiosamente aguardada pelos milhões de torcedores do clube, que ansiavam por voltar a ver seu clube nas páginas esportivas e não nas policiais. Que os jogadres entendam de uma vez por todas que eles e suas atitudes extra-campo respendem pelo clube. A imagem do Flamengo não poderia ser constantemente arranhada pelas atitudes irresponsável de alguns.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Brasileirão 2010 - Palpitolândia - Rodada 09

Após um desempenho pífio no cartola na rodada passada e de acertar apenas dois dos dez resultados que chutei por aqui eu volto a este espaço para ver se tento ao menos melhorar os chutes que foram vergonhosos. Vamos à palpitolândia da rodada 09:

Sábado, 17 de julho:

Vasco x Atlético-PR, São Januário - 18h30
Vitória x São Paulo, Barradão - 18h30

Domingo, 18 de julho:

Corinthians x Atlético-MG, Pacaembu - 16h
Internacional x Ceará, Beira-Rio - 16h
Atlético-GO x Flamengo, Serra Dourada - 16h
Avaí x Palmeiras, Ressacada - 16h
Botafogo x Guarani, Engenhão - 18h30
Cruzeiro x Goiás, Arena do Jacaré - 18h30
Prudente x Grêmio, Prudentão - 18h30
Santos x Fluminense, Vila Belmiro - 18h30

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Copa da Alegria - Balanço Final

Terminada a 19ª edição da Copa do Mundo, nós temos o panteon de campeõs mundiais com um novo integrante: a Espanha é o oitavo país a ter esta honraria e se junta a Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra. A Europa assumiu a liderança no ranking de títulos mundiais com 10 conquistas contra 09 doa países latino-americanos. Desde 1962, quando o Brasil conquistou o bicampeonato mundial e colocou os sul-maericanos na frente, os europeus não conseguiam passar à frente.

Para se contar a história do Mundial da África do Sul, podia-se perfeitamente usar um bordão a que qualquer brasileiro se acostumou desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da república. O nosso chefe máximo do executivo costuma dizer que "nunca antes na história deste pais..." aconteceram tantos avanços. E nunca antes na história das Copas aconteceram tantos fatos inéditos e inusitados.

Para começar, dos semifinalistas em 2006, apenas Portugal e Alemanha passaram de fase. Foi a primeira vez que os finalistas da Copa anterior não avançaram para as oitavas na Copa seguinte. Também foi a primeira vez que um país anfitrião sequer passou de fase. Os piores desempenhos haviam sido dos EUA e do Japão qua pararam nas oitavas. Também foi a primeira vez que os sul-americanos superaram os europeus em número na fase de quartas de final, apesar de novamente o título ter ido para a Europa. Foi ainda a primeira vez que um campeão perdeu na sua partida de estreia. A Espanha foi derrotada pela Suíças, mas depois arrancou para a conquista com seis vitórias.

Grandes Surpresas x Terríveis Decepções:

As grandes surpresas da Copa do Mundo, em minha opinião, foram Uruguai e Gana. Os africanos igualaram a maior campanha do continente na história dos mundiais quando atingiram as quartas de final e só não chegaram à semifinal por que certamente os deuses do futebol assim não quiseram. Os ganeses foram eliminados pelo Uruguai em um jogo épico que conduziu os celestes de volta à uma semifinal de Copa do Mundo após 40 anos. A volta do Uruguai ao grupo de seleções de ponta foi o maior barato desta Copa.

Itália, França e Inglaterra protagonizaram os maiores vexames deste Mundial. Os ingleses até conseguiram passar para as oitavas no sufoco, após uma vitória apertada sobre a Eslovênia, mas foram impiedosamente goleados pelos alemães e voltaram para casa humilhados, appós estarem no grupo de favoritos antes da Copa. Os finalistas de 2006, Itália e França, sentados no resultado da Alemanha, não se renovaram e também pagaram um mico histórico. Italianos perderam para a Eslováquia e terminaram atrás da Nova Zelândia em um grupo patético. Franceses, além do futebol vergonhoso dentro de campo, protagonizaram o maior barraco da história das Copas, quando jogadores e o treinador Reymond Domenech mal se falavam. O fechamento melancólico foi a derrota para a África e a recusa do técnico francês de cumprimentar Parreira, treinador da África.

Muita emoção, pouca técnica?

A Copa de 2010 não foi pior do que a de 2006 na minha opinião. A segunda pior média de gols de uma Copa (2,27) foi enganosa no meu modo de ver. Tivemos algumas partidas interessantes, mas o pouco futebol da primeira rodada favoreceu para esta média. Desde 1998 não tínhamos uma Copa com tantos jogos interessantes como nesta edição da África do Sul. Alguns craques decepcionaram, mas outras revelações encheram os olhos com um futebol bem interessante. A vitória da Espanha confirma que o futebol superou a força em 2010.

O jogo Uruguai x Gana foi uma espécie de síntese deste Mundial da África do Sul. Partida sem muita qualidade técnica, apesar de não chegar a ter sido uma pelada, que tomou ares de jogo épico quando um lance aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação fez o planeta respirar fundo e exclamar: isso é Copa do Mundo! Sem dúvida o grande jogo da Copa. Destaco também o empate entre Eua x Eslovênia na primeira fase e os jogos da Alemanha na fase de mata-mata (vitórias sobre Argentina, Inglaterra e Uruguai).

Craques consagrados x garotos promissores:

A Copa da África começou cercada de expectativa em torno de grandes nomes do futebol mundial. Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo, Rooney, Didier Drogba, dentre outros eram a esperança de grandes lances e vitórias de suas seleções. Mas a maioria deles decepcionou com uma Copa muito ruim. Destaque para os astros do Real Madrid, Kaká e Cristiano Ronaldo que anadaram em campo. Sem dúvida foaram as grandes decepções desta Copa, individualmente.

Mas por outro lado tivemos o surgimento de nomes que podem brilhar em 2014, no Brasil. O time da Alemanha me impressionou com nomes como Özil e MÜller, jovens de muito valor e muito futuro. Apesar de não ser tão jovem, Diego Forlán também fez uma Copa espetacular, tendo sido eleito pela FIFA o craque da competição. A Copa da África do Sul, dentre outros aspectos, evidenciou que a mescla de juventude, experiência e talento ainda é o que faz o verdadeiro futebol de resultado, aquele que ganha!

A seleção da Copa:

Na minha concepção estes foram os melhores da Copa da África:

Goleiro: Iker Casillas (Espanha) - Regular e eficiente quando necessário.
Lateral-Deireito: Philip Lahm (Alemanha) - Cruzamentos certos. Apoio e marcação impecáveis.
Zagueiro: Juan (Brasil) - Se salvou no mar de mediocridade da seleção brasileira.
Zagueiro: Diego Lugano (Uruguai) - Técnica e raça na medida certa.
Lateral-Esquerdo: Giovanni Van Bronckhorst (Holanda) - Excelente Copa. Liderou a Holanda.
Volante: Schweinsteiger (Alemanha) - Um dos melhores jogadores da Copa.
Volante: Özil (Alemanha) - A grande revelação da Copa.
Meia: Xavi (Espanha) - Craque que correspondeu às expectativas pré-Copa.
Meia: Sneijder (Holanda) - Também um dos melhores do Mundial.
Atacante: Diego Forlán (Uruguai) - Comandou a celeste com um futebol muito moderno.
Atacante: David Villa (Espanha) - Atacante que aliou técnica e aproveitamento nas finalizações.
Treinador: Joachim Löw (Alemanha) - Montou a melhor equipe da Copa, disparado.

Espanha: A Grande Campeã:

A vitória da Espanha na África é tão emblemática quanto a derrota da seleção brasileira de 1982, na própria Espanha. Sim, porque se há 24 anos atrás a derrota da arte, da técnica e do jogo bonito fez surgir no futebol a escola da força e da consciência tática como únicas formas eficientes de se vencer no futebol. A conquista da Copa de 1994 pelo Brasil foi o ponto alto deste modo de pensar tão apregoado pelo ex-treinador do Brasil Dunga.

Mas agora a Espanha, que joga pra frente, tem talento e encanta todo mundo, venceu. Foi campeã e chegou ao tão famigerado resultado, como se só ele importasse. A Espanha equilibrou em seu time talento individual, consicência tática e competitividade em uma Copa do Mundo, o que jamais o país havia conseguido em sua história. A vitória da Espanha vai fazer o futebol ser novamente repensado: dá para vencer e jogar bonito.

***

Agora a bola está com o Brasil para organizar a 20ª edição da Copa do Mundo. Organizar tanto no aspecto estrutural por ser o país sedo, como no aspecto esportivo, pois um processo de renovação de nossa seleção urge desde a Copa de 2006. Que venha um treinador aberto a propostas e críticas e não feche à seleção ao povo. Eu tenho certeza que o brasil vai organizar uma grande Copa e nós podemos ter muita esperança de que o hexa virá em casa. Vamos aguardar e acompanhar!

Até daqui quatro anos!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Brasileirão 2010 - Palpitolândia - Rodada 08

A Copa acabou e ainda ficaremos "órfãos" dos grandes craques até que os torneios na Europa recomecem. Mas é verdade também que muitos estavam com saudade do nosso bom e velho futebol brasileiro. Nosso campeonato vai passar por uma espécie de período de "entresafra" até que os reforços possam ter condição de jogo, à partir de agosto. Até lá teremos algumas rodadas e a primeira delas já tem início neste meio de semana. Vamos aos palpites para a 8ª rodada:

Quarta, 14 de julho:

São Paulo x Avaí, Morumbi - 19h30
Grêmio x Vitória, Olímpico - 19h30
Atlético-PR x Cruzeiro, Arena da Baixada - 19h30
Flamengo x Botafogo, Maracanã - 21h
Ceará x Corinthians, Castelão - 21h50
Guarani x Internacional, Brinco de Ouro - 21h50
Goiás x Vasco, Serra Dourada - 21h50

Quinta, 15 de julho:

Fluminense x Prudente, Maracanã - 21h
Palmeiras x Santos, Pacaembu - 21h
Atlético-MG x Atlético-GO, Arena do Jacaré - 21h

domingo, 11 de julho de 2010

A Copa da Alegria - 25º Dia

Holanda (0) 0x0 (1) Espanha, Johanesburgo - Soccer City: O jogo final da Copa da África fez jus à tônica que permeou todo o Mundial. Partidas sem tanta qualidade técnica, mas com um teor de emoção espetacular. Assim como ocorreu na Copa de 66, o campeão só saiu durante a prorrogação (em 1994 e 2006 só saiu o vencedor nos pênaltis). A Espanha ficou com o título merecidaente, mais pela partida que fez que pelo Mundial todo em si. Mas no jogo final, sempre buscou a vitória com a velha postura ofensiva. A Holanda somente se preocupou em bater e tentar intimidar o adversário. Sempre achei este time holandês extremamente comum e catimbeiro. Algumas seleções tinham mais qualidade mas não chegaram tão longe. A Copa está em boas mãos e o verdadeiro estilo de se jogar bola venceu, ao contrário do que acreditam os ex-comandantes da seleção brasileira.

sábado, 10 de julho de 2010

A Copa da Alegria - 24º Dia

Uruguai 2x3 Alemanha, Port Elizabeth - Nelson Mandela Bay: Tal qual aconteceu em 2006, a Alemanha termina a Copa na terceira colocação deixando um gostinho em todos de quero mais, pois os europeus tinham time para brigar pelo título. E também como costuma ocorrer em partidas que valem o terceiro lugar, o jogo foi aberto e franco, com as duas equipes estando em vantagem. A Alemanha saiu na frente, o Uruguai virou e os germânicos novamente recuperaram a vantagem. A partida fez justiça ao bom Mundial que as duas seleções fizeram. Assim como em 1970, quando foram eliminadas na semifinal, Uruguai e alemanha decidiram um lugar no pódio e, de novo, deu Alemanha. Parabéns às duas!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Como destruir uma carreira!

Desde que surgiu para o futebol no Atlético Mineiro, em 2005, Bruno Souza se fez rapidamente conhecido por suas defesas espetaculares e por suas declarações polêmicas fora de campo. Sua carreira meteórica o fez rapidamente subir na vida e assinar com o Corinthians, onde sequer jogou, e desembarcar no Flamengo, onde viveu sua melhor fase profissional e alcançou o status de ídolo da maior torcida do Brasil. Ele chegou até a ter seu nome pedido para a seleção brasileiro.

Mas Bruno jogou sua carreira no lixo com o caso Eliza Samúdio, a moça que queria dar um rico golpe mas acabou brutalmente assassinada, ao que todo indica, a mando do ex-goleiro do Flamengo. O caso choca pelos requintes de crueldade, mas acima de tudo por jogar num mar de sangue e lama o nome de um ídolo da maior torcida do país. Bruno ganhava cerca de 200 mil reais por mês no clube e mantinha um contrato de patrocpinio bastante polpudo com a marca de material esportivo Olympikus. Mas agiu como um frio assassino visto em qualquer facção criminosa das favelas cariocas.

Certamente é o fim da carreira de jogador. O goleiro teve seu contrato rescindido e dificilmente vai escapar de uma severa condenação, tamanha é a pressão da opinião pública, como acontece em casos como este no Brasil. A cada nova informação que surge neste caso, o nome do jogador fica cada vez mais próximo da evidência dura de se constatar: de que ele realmente matou (ou mandou matar) sua ex-amante.


Bruno na delegacia. Como explicar para as crianças?

Já escrevi algumas vezes aqui no Futebol e Samba o quão despreparados são a maioria dos jogadores de futebol brasileiros. Vindos dos rincões da pobreza, eles não têm estrutura emocional para lidar com dinheiro, fama, sucesso, idolatria e poder. Alguns perdem totalmente o controle e passam a se achar acima do bem e do mal e pior ainda, acima da lei. Há um sem número de casos de atletas que deixaram as páginas esportivas dos jornais para frequentarem as linhas policiais.

Mais triste que ver a derrocada da carreira de um jogador com enorme potencial, é constatar a falta de senso e de compaixão de algumas pessoas que transformam uma história assustadora em mais um motivo de chacota e piada contra torcedores do Flamengo. Uma coisa é a zoação normal e sadia que a rivalidade futebolística proporciona, afinal é tudo esporte, outra bem diferente é a exploração da tragédia humana como motivo de piada por pessoas de inteligência reduzida, para num dizer nada pior.

Ainda mais triste que as piadinhas imbecis, é constatar que um sujeito de caráter duvidoso se tornou ídolo de milhares de jovens torcedores do Flamengo. Imaginem explicar para uma criança que torça para o Flamengo que aquele goleiro que ela idolatrava e tinha todas as camisas, é na verdade um assassino frio, cruel e calculista. Nada a ver com esporte, vitórias e aquela boa admiração que Bruno nutria em milharfes de pessoas. O Flamengo suspendeu o contrato com seu ex-jogador. A Olympikus mandou retirar todas as camisas que tinham o autógrafo do goleiro das lojas. Mas a marca negativa no coração de jovens torcedores e sobre o maior clube do país custarão a serem esquecidas, se um dia elas forem!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Copa da Alegria - Decisão

Após um mês de 62 jogos, com 132 gols marcados, a 19ª edição da Copa do Mundo chegará a seu final no próximo final de semana. Aquela que eu cunhei de Copa da Alegria, devido à festa que os africanos fizeram nos estádios, vai terminar com um saldo positivo de bons jogos e times ofensivos chegando às fases mais agudas. Ainda farei um post analisando o Mundial como um todo, mas já adianto que esta foi uma das melhores que já vi, pois considero de 1994 pra cá os Mundiais. No sábado teremos a disputa do 3º lugar entre Uruguai e Alemanha e no domingo a finalíssima entra Holanda e Espanha. Vamos aos prognósticos dos jogos finais:

Uruguai x Alemanha, 10/07 - 15h30: A disputa do terceiro lugar geralmente representa um prêmio de consolação para equipes que foram derrotadas nas semifinais. Mas no específico caso da copa da África, pode significar um título, caso o Uruguai consiga vencer a partida. Ninguém apostava nada nos nossos vizinhos e eles, de maneira histórica, chegaram até a semifinal após 40 anos ausentes. Por outro lado, teremos uma Alemanha de ressaca, pois perdeu um jogo onde era favorita diante da Espanha. Sem dúvida a melhor seleção da Copa, tal como já acontecera em outros mundiais, não vencerá o torneio. A Alemanha, se conseguir botar os pensamentos em ordem, é favorita para este duelo.
Favorito: Alemanha

Espanha x Holanda, 11/07 - 15h30: Pela primeira vez na história das Copas teremos uma final sem a presença de pelo menos uma das quatro grandes forças do futebol (Brasil, Argentina, Itália ou Alemanha). A galeria de campeões mundiais ganhará um oitavo integrante, afinal tanto Espanha como Holanda jamais venceram uma Copa. Apesar da pouca tradição em Mundiais, não se poderá dizer que a seleção campeã o foi de maneira injusta. É sabido que a Copa é um torneio de tiro curto e vence quem erra menos (não quem acerta mais). Neste confronto e por tudo que aprsentaram ao longo da Copa eu acho a Espanha com mais futebol para vencer. Mas é bom lembrar que a Holanda pode igualar um recorde que apenas a seleção do Brasil de 1970 possui: vencer todos os jogos da Copa e das Eliminatórias. Estes números têm de ser respeitados, aliados à presença de Sneijder e Robben. Certamente será um jogo imperdível e coroará uma grande seleção campeã.
Favorito: Espanha

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Copa da Alegria - 23º Dia

Alemanha 0x1 Espanha, Durban - Moses Mabhida: Como costuma acontecer em Copas do Mundo com frequência, o time melhor durante a competição acabou sucumbindo no jogo decisivo. A força e tradição alemãs não foram páreo para a técnica e o toque de bola espanhol, que pela primeira vez na história chega a uma final de Copa do Mundo. O resultado foi justo pois a Espanha jogou muito melhor ao longo de toda a partida, apesar de ter feito uma Copa mais fraca que a Alemanha, que jogou mal apenas nesta partida e sentiu muito a falta de Müller. O gol de Puyol garantiu o passaporte espanhol para a grande final e fez com que a Alemanha tenha de disputar novamente o terceiro lugar, assim como em 2006. Uma final onde duas equipes que nunca foram campeãs mundias se enfrentam. É a primeira vez que isto acontece, desde 1978. Teremos uma campeã inédita após 12 anos. O panteón dos grandes campeõs mundiais agora vai contar com oito nomes a partir de 11 de julho de 2010.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A Copa da Alegria - 22º Dia

Uruguai 2x3 Holanda, Cidade do Cabo - Green Point: A seleção uruguaia está se especializando em transformar jogos mornos em batalhas épicas neste Mundial. Como eu imaginava, a Holanda conseguiu chegar à sua terceira decisão de Copa do Mundo, mas o Uruguai vendeu muito caro a derrota, apesar de o jogo ter quase se encaminhado para uma goleada. Após abrir o placar e ceder o empate no primeiro tempo, a Holanda abriu 3x1 na segunda etapa e parecia que ia se classificar sem sustos. Mas a quase imortalidade uruguaia produziu mais um fim de jogo apoteótico. Os latinos diminuíram e por pouco não empatam no último lance dentro da grande área. Pela segunda Copa consecutiva, a final será européia. Isto não acontecia desde as edições de 1934 e 1938. Os europeus garantem o seu 10º título mundial, contra nove dos sul-americanos. A vantagem no ranking de títulos volta para a Europa após 56 anos. É também a primeira vez que um país europeu será campeão fora do velho continente.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Os erros capitais de Dunga

Como era de se esperar, a CBF anunciou a demissão de Dunga do comando técnico da seleção brasileira. Como acontece de praxe, ao fim de um cicçlo de trabalhpo entre Copas, a entidade máxima do futebol nacional muda a comissão técnica. Isto iria acontecer mesmo que o Brasil trouxesse da África a sexta taça de campeão mundial. A saída de Dunga evidencia alguns erros capitais e outros acertos que devem ser aqui reconhecidos.

Na minha visão a grande erro de Dunga no comando da seleção se deu no campo subjetivo, psicológico. Ao acreditar estar sendo perseguido pela imprensa, o capitão do tetra criou na cabeça de nossos jogadores uma mentalidade bélica e de confronto eterno, contra os "inimigos" da nação, incorporados pelos jornalistas e a imprensa, que apenas cumpria com seu dever de informar o que se viu na preparação.

Dunga fechou treinamentos, isolou a seleção e afastou o torcedor da equipe. Os jogadores se demonstraram extremamente nervosos nas partidas e isto pode ser evidenciado na quantidade de cartões que o Brasil levou em cinco jogos. Nunca foram tantos em Mundiais. Chegou-se a inacreditável situação de Kaká ser expulso de campo, numa situação impensável outrora. Jogadores tensos e nervosos, fatalmente sucumbiriam a uma situação de pressão como estar atrás no placar, como ocorrera diante da Holanda.

Outro equívoco de Dunga foi morrer abraçado com seus aliados e escalar para a Copa um time sem qualquer talento e alternativas táticas de um grupo muito pobre tecnicamente. Ao abrir mão do talento, em detrimento da famigerada coerência, o treinador deu um tiro no próprio pé e se ao longo de quatro anos teve a sorte a seu lado, na Copa foi diferente. Perdeu seu jogador mais equilibrado (Elano) e seu grande craque (Kaká) não passou de um esforçado jogador, nem de longe lembrava o melhor do mundo em 2007.

Dunga apostou em jogadores em má fase em seus clubes e muitos sequer conseguiram uma regularidade na titularidade durante a temporada que precedeu o Mundial. Nomes como Júlio Batista, Kléberson, Doni, Grafite, Gilberto Silva e Michel Bastos foram muito mal e pouco jogaram na última temprada européia. No caso de Kléberson, reserva de Toró no Flamengo, ficou a sensação de que ele só foi à Copa como uma dívida de gratidão, uma vez que se lesionara em 2009 atuando pelo Brasil. Seleção Brasileira não é lugar para agradecer favores, é para estarem os melhores, ainda mais em uma Copa.

Mas Dunga acertou também, devo reconhecer. Seu principal mérito foi ter conseguido colocar nos jogadores a mentalidade de querer estar com a seleção e ter prazer em jogar pelo Brasil. Ao fim de 2006, ele foi convocado para mudar a postura de empáfia que havia tomado conta de nosso time. E isto ele conseguiu, convenhamos. Renovou a seleção em quantidade pelo menos. Não foi uma renovação em qualidade, o que era perfeitamente possível. Mas parte do que ele se propôs a fazer, foi feito. A outra parte, que era ganhar a Copa, foi fracassada.

O novo comandante do Brasil precisa chegar com a mentalidade de mudança, mas uma mudança com vistas à qualidade e ao verdadeiro estilo brasileoro de se jogar bola. O Brasil joga visando o ataque e sempre foi assim. E não se postando atrás, cheio de volantes e esperando o adversário. Não concordo em se fazer uma limpa no grupo que foi para a África. Mas é possível fazer uma mescla. Nomes como Neymar, Paulo Henrique Ganso, Nilmar, Alexandre Pato, Thiago Silva, e outros são aguradados com ansiedade pelo torcedor brasileiro. O novo treinador tem a chance de fazer isso. A próxima Copa será aqui e 2014 é logo ali!

A Copa da Alegria - Semi Final

Chegamos à fase de semifinal da Copa com algumas surpresas entra as quatro postulantes ao título. Poucos contavam com a presença de Uruguai e Holanda em detrimento das presenças de Brasil e Argentina, por exemplo. Mas não dá para dizer que as equipes que tais classificações tenham sido injustas. A partir de agora teremos quatro jogos até sabermos quem será o grande campeão do Mundial da África do Sul. Eis minha análise dos confrontos:

Uruguai x Holanda, 06/07, 15h30: Este é o duelo dos imprevisíveis. Muito mais pela surpresa de suas presenças em uma semifinal, do que pelo futebol apresentado. Eu aponto a Holanda como grande favorita por ter tirado o Brasil e por ter jogadores com mais capacidade de mudar uma partida como Sneijder e Robben, enquanto o Uruguai vai mais na base da garra, da emoção e com alguma técnica, vinda principalmente dos pés de Forlán e Suarez. Este último está fora do jogo, pois fora expulso contra Gana. Será um bom jogo.
Favorito: Holanda

Alemanha x Espanha, 07/07, 15h30: Estes dois adversários se enfrentaram há dois anos atrás na decisão da Euro-2008 e deu Espanha com uma vitória com extrema auroridade. O título alçou a equipe de Vicente Del Bosque à categoria de favorita na Copa. Condição que a Fúria vem correspondendo até aqui. A Alemanha pelo contrário não era considerada favorita. Mas ao longo da Copa, pelo menos para mim, os germânicos vêm jogando um futebol muito mais convincente que os espanhóis, o que faz da Alemanha a leve favorita neste duelo. Os dois países já se enfrentaram três vezes na história das Copas, mas em nenhum deles houve um confronto de mata-mata. Pela imensa história em Copas eu bancaria a Alemanha neste confronto.
Favorito: Alemanha

sábado, 3 de julho de 2010

A Copa da Alegria - 21º Dia

Alemanha 4x0 Argentina, Cidade do Cabo - Green Point: Mais uma partida emblemática desta Copa. Para muita gente era o confronto das duas melhores seleções da Copa até aqui. Não para mim, que nunca considerei a Argentina este time espetacular que muitos pintaram. É um time com bons jogadores do meio para frente, mas sem nenhum equilíbrio como equipe. Ao contrário da Alemanha, disparada a grande equipe desta Copa e minha grande favorita a vencer o tetra. O jogo evidenciou o quão frágil é a equipe da Argentina e como seu treinador pode ser personagem de Copa, mas está longe de ter competência como técnico. Insistiu em nomes fracvos, como Otamendi e Demichelis, enquanto barrou Verón e sequer convocou Zanetti e Cambiasso para a Copa. E a Alemanha deu um baile de futebo, dominando o jogo quase que por inteiro, sem dar chances ao frágil adversário. Classificação mais que merecida. Como eu venho dizendo desde o início da Copa, olho na Alemanha.

Paraguai 0x1 Espanha, Johanesburgo - Ellis Park: Outro jogo não muito bom tecnicamente, mas com uma carga dramática impressionante, com direito a pênaltis perdidos dos dois lados e um gol chorado que colocou a Espanha pela primeira vez em uma semifinal de Copa do Mundo. Agora os espanhóis defrontam a Alemanha em uma reedição da final da Euro-2008, vencida pelos espanhóis. Apesar de serem favoritos para este confronto entre sul-americanos e europeus, os espanhóis sofreram muito para conseguir vencer e tiveram a classificação ameaçada. Terão de jogar mais do que vêm jogando nesta Copa se quiseram chegar à final.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A Copa da Alegria - 20º Dia

Uruguai 1(4) x (2)1 Gana, Johanesburgo - Soccer City: Um jogo épico e histórico em Johanesburgo. Daqueles para ficarem guardados nos livros quando se for contar a história da Copa de 2010 na África do Sul. Foi o tipo de jogo que apenas em uma Copa do Mundo nós somos premiados em ver. Após um jogo nem tão bom tecnicamente e uma prorrogação que encaminhava para os pênaltis, o time de Gana teve a chance de fazer história e ser o primeiro africano a chegar em uma semi-final de Copa. Mas num lance inacreditável, no último minuto da prorrogação, o atacante Gyan de Gana desperdiçou uma cobrança de pênalti e a partida foi mesmo decidida na cobrança de penalidades máximas. E Loco Abreu, tal quel fizera contra o Flamengo na final do estadual, cobrou com uma cavadinha à lá Zidane e botou o Uruguai nas semi-finais de uma Copa após 40 anos.

Descontrole Castigado!

Holanda 2x1 Brasil, Port Elizabet - Nelson Mandela Bay:

A eliminação do Brasil de mais uma Copa de maneira precoce foi emblemática, sob alguns aspectos. O primeiro deles foi a falta de equilíbrio emocinal que os jogadores brasileiros demonstraram ao longo de toda Copa, em especial na derrota de 2 a 1 para a Holanda. Tal falta de controle, para mim, tem uma explicação muito simples: a ira imprimida por este cucro travestido de treinador chamado Dunga. Ele colocou tanto ódio sobre os ombros dos atletas, que eles acreditavam ser a Copa uma guerra e não apenas uma competição esportiva, como deveria ser.

Outro aspecto interessante de se pesar é aquilo que todo mundo que entende um pouquinho de futebol já esperava. Sim, o Brasil tem um bom time, independente da derrota. Mas o Brasil não teve nesta Copa um grupo de jogadores, um elenco capaz de mudar o panorama de uma partida adversa. Não havia substitos para Kaká, para Elano, para Luís Fabiano. E mais do que isso, Dunga levou jogadores reservas com as mesmas características de seus titulares, o que prova sia total falta de competência na condução de um time de futebol.

Nosso treibador pregou ao longo de três abos e meio, quase que como um mantra insuportável e chato, que para se vencer na Copa era preciso coerência, comprometimento, paixão pela seleção. Colocou tudo isso acima do talento, que em nenhum momento esta seleção apresentou. Tal tese foi sendo engolida por todo mundo porquê mal ou bem o treinador conseguiu os resultados mínimos esperados: conquista da Copa América, da Copa das Confederações e classificação tranquila nas Eliminatórias. Mas no final do trabalho, Dunga apenas conseguiu o mesmo que Parreira e saiu no mesmo momento: nas quartas de final da Copa.


Dunga na coletiva. Seu destempero passou aos jogadores.

Dunga errou na condução do time. Dunga errou ao colocar sobre os jogadores o peso de uma batalha que era só dele. A sua eterna luta contra a imprensa, foiu jogo a jogo minando sua serenidade e seu poder de convencimento sobre os atletas. A cada vitória ou derrota, Dunga atacava e culpava a imprensa pelos resultados. Infelizmente a mídia só fazia cumprir com o seu papel: dizia que esta seleção podia vencer, podia golear em alguns momentos, mas estava muito longe de encantar, apesar da eficiência.

O nosso treinador resolveu eleger Felipe Mello o grande guerreiro desta equipe. Era como se ele fosse o "Dunga em campo", com sua virilidade e truculência que o gaúcho sempre teve ao entrar em campo pela seleção. Mas Felipe se desequilibrou e a atuação diante da Holanda foi catedrática no aspecto emocional. Uma entrada desleal e criminosa, como Dunga gostava de fazer quando jogava, origibou uma expulsão e praticamente tirou o Brasil da Copa.

Encerra-se mais uma Era Dunga. Esperou que tenha sido a última. Um sujeito despreparado, descontrolado e sem a menor competência ou experiência para assumir um cargo da tamanha importância de treinar uma seleção brasileira. Dunga errou, e seus erros foram determinantes na nossa derrota. Ele não foi o único, é justo que diga-se, mas como ele mesmo disse na coletiva após o jogo "a responsabildade maior, como comandante, é minha". Pelo menos reconhece sua total inoperância. O Brasil pagou.