terça-feira, 30 de agosto de 2011

É apenas esporte...

O grave problema de saúde que está fazendo com que o técnico do Vasco Ricardo Gomes esteja entre a vida e a morte na cama de um hospital, serve para fazer com que paremos um pouco a correria do dia-dia e pensemos um pouco no que queremos para nossa vida! Vale à pena tamanho stress, tamanha pressão para viver em um esporte que a cada dia que passa quer transformar seres humanos em máquinas de ganhar? É para se pensar!

A pressão exercida sobre os profissionais do futebol é sobre-humana. Eu sei que muitos vão dizer que eles ganham muito bem pra iso e blá, blá, blá... Sim é fato que ganham, mas não é o tamanho da conta bancária que determina se nosso organismo suporta tantas críticas e necessidade de vitórias. Eu já cansei de dizer que acho que os treinadores estão supervalorizados hoje em dia e eles podem fazer muito pouco na prática durante as partidas.
As imagens de Gomes passando mal no banco de reservas durante o clássico entre Flamengo e Vasco foram agonizantes e tristes. Um profissional com mais de vinte anos de futebol e que mal conseguia falar e teve de ser amaparado para uma ambulância às pressas. Isso nada tem a ver com esporte, e com as imagens que nos acostumamos a ver de Gomes, que foi nas vitórias que ele por algumas vezes conquistou na carreira.

Deus permita, primeiramente que o homem Ricardo Gomes consiga viver e da maneira menos pior possível com o mínimo de sequelas. E que o criador ilumine todo o grupo de jogadores do Vasco para que eles não sintam o peso da falta que Ricardo irá fazer, já que dificilmente retornará ao comando da equipe nesta temporada. É hora de refletir muito sobre o mundo do futebol, afinal alguns se esquecem, mas é apenas um esporte e a vida vale muito mais!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Que venha o 2º Turno

Com o encerramento da 19ª rodada do Campeonato Brasileiro (Santos x Grêmio ainda têm um jogo a cumprir, que será disputado no mês de outubro), o Corinthians terminou esta primeira etapa do Brasileiro na liderança da tabela, apesar de ter feito uma enorme força para não estar. A campanha do Timão (que já venceu o primeiro turno da competição em 2005, quando foi campeão brasileiro) no 1º Turno foi de 11 vitórias, 4 empates e 4 derrotas. Os 37 pontos conquistados representam um número inferior às campanhas dos campeões de turno de 2006, 2007 (São Paulo), 2008 (Grêmio) e 2010 (Fluminense) e igual à campanha do Internacional em 2009. Lembrando que foi a partir de 2006 que o Brasileiro passou a contar sempre com 20 equipes. Desde então, em três oportunidades (2006, 2007 e 2010) o campeão do primeiro turno também acabou como campeão ao final.

Ainda é muito cedo para afirmarmos que isso vá se repetir na edição de 2011. O Corinthians terminou à frente graças à impressionante campanha nas dez rodadas iniciais. Foram 8 vitórias e 2 empates. Entretanto, nas 9 rodadas finais do turno a equipe de Tite teve uma considerável queda: 4 derrotas, 2 empates e apenas 3 vitórias. Uma queda de 40% no aproveitamento em relação ao desempenho inicial.

Eu acredito que a briga pelo título de campeão brasileiro de 2011 dificilmente vai sair das equipes que ocupam, até o momento, as seis primeiras posições na tabela de classificação. Além do Corinthians, brigam pelo caneco o Flamengo, o São Paulo, o Vasco, o Botafogo e o Palmeiras. Entretanto o problema grave de saúde sofrido por Ricardo Gomes pode afetar os vascaínos, uma vez que qualquer um fica abalado em uma situação dessas. Some-se a isso o fato de o clube já ter vaga na Libertadores e que não há a necessidade portanto de terminar no G4.

Na minha opinião, a briga pela Libertadores também deve ficar restrita às equipes que eu citei acima. Se o Vasco terminar a competição no G4, abre mais uma vaga para o Campeonato Brasileiro, desde que nenhuma equipe brasileira vença a Copa Sul-Americana (Botafogo, Flamengo, Vasco e São Paulo seguem na competição internacional).

A luta contra o rebaixamento, como de praxe, será ainda mais ferrenha que a disputa pero título e a Libertadores. Um levantamento feito desde que o Brasileiro conta com 20 clubes em 2006, aponta que pelo menos duas das equipes que compunham a zona do rebaixamento ao fim do primeiro turno, acabaram rebaixadas. O número "mágico" para evitar a queda é de 44 pontos. Baseado nele, eu acredito que a luta contra a queda envolve, principalmente, Grêmio, Bahia, Atlético-PR, Avaí, Atlético-MG e América-MG. Um número alto de grandes clubes.

Tudo pode se alterar ao longo da segunda etapa (vide, apenas para citar dois exemplos, as arrancadas de Fluminense e Flamengo no ano de 2009) mas as análises acima estão baseadas em médias do que vem ocorrendo desde 2006 no Campeonato Brasileiro. Abaixo escalo a minha seleção do primeiro turno, e que venha o segundo:

Goleiro - Marcelo Lomba (Bahia): Não fosse por ele e a situação do Bahia poderia ser ainda mais dramática;
Lateral-Direito - Cicinho (Palmeiras): Tem se destacado na competição e demonstrado qualidade em jogos decisivos;
Zagueiro 1 - Dedé (Vasco): Formou excelente dupla com Anderson Martins e anulou nomes como Neymar e Ronaldinho nos jogos contra o Vasco;
Zagueiro 2 - Anderson Manrtins (Vasco): Infelizmente foi negociado, mas fez ótimo primeiro turno;
Lateral-Esquerdo - Júnior César (Flamengo): Desde que assumiu a posição, sempre fez boas e regulares partidas;
Volante 1 - Williams (Flamengo): Como de praxe foi o líder em roubadas de bola no turno;
Volante 2 - Casemiro (São Paulo): Sua presença faz o São Paulo ser um time, e sua ausência, outro;
Meia 1 - Elkesson (Botafogo): A arrancada do clube rumo à ponta passa pelo momento que ele entrou na equipe;
Meia 2 - Ronaldinho (Flamengo): Na minha opinião é disparado o craque do campeonato até aqui;
Atacante 1 - Leandro Damião (Internacional): Faz excelente campeonato, o que o credencia a assumir a camisa 9 da seleção brasileira;
Atacante 2 - Borges (Santos): Com muitos jogos a menos que a maioria dos concorrentes, já é o artilheiro do campeonato;
Treinador - Caio Júnior (Botafogo): Assumiu o clube e desde então o Fogão só fez subir na tabela. 

domingo, 28 de agosto de 2011

Como nos velhos tempos


A rodada sensacional de clássicos deste fim de semana, que encerra o turno deste Brasileirão 2011 vai opor os dois maiores clubes do Rio, Flamengo e Vasco. Agremiações que retratam o excelente momento do Rio, sendo que ambos podem ser campeões simbólicos desta primeira parte do campeonato, o Vasco com uma chance mais remota. Este duelo dispensa apresentações e aqui mesmo no Futebol e Samba já "dissequei" os grandes duelos do "Clássico dos Milhões" ao longo da história.

Mas e se formos levar apenas em consideração apenas os jogos em Campeonatos Brasileiros? Mesmo nunca tendo feito uma final (como Corinthians e Palmeiras já fizeram) os dois já protagonizaram grandes momentos. Desde 1967, no extinto torneio Roberto Gomes Pedrosa, Vasco e Flamengo já duelaram 48 vezes em Brasileiros com uma ligeira vantagem rubro-negra: 17 vitórias do contra 16 do maior rival. Foram ainda 15 empates. Desde que o Brasileirão é disputado em pontos corridos, a partir de 2003, os rivais se enfrentaram 14 vezes, com 6 vitórias do Fla e 5 do Vasco.

Em três oportunidades os maiores rivais do estado já fizeram partidas decisivas. De maneira direta apenas em 1983, quando se pegaram nas quartas de final. O Fla viria a ser campeão, mas antes eliminou o seu maior adversário com uma vitória (2 a 1) e um empate (1 a 1). Em 1992, quando novamente foi campeão, o Fla caiu no mesmo grupo do rival na fase final e o empate (1 a 1) e a vitória (2 a 0) sobre o Vasco ajudaram o rubro-negro a chegar à decisão contra o Botafogo. O Vasco deu o troco em 1997: também de maneira parecida à de cinco anos antes: um grupo de quatro, onde os dois duelaram e depos de um empate (1 a 1) o Vasco goleou (4 a 1) com show de Edmundo, e acabou tricampeão do brasileiro.

Outros grandes jogos (que não tinham importância decisiva) podem ser lembrados pelos torcedores das duas equipes por algum motivo. Qual rubro-negro esquece a vitória por 2 a 0 em 1989 (quando o Vasco foi campeão no final) na estreia de Bebeto no grande rival, quando quem brilhou mesmo foi o desconhecido Bujica? Os vascaínos tiram sarro com algumas goleadas aplicadas no Fla, como em 1996, 1997 e 2001. Os rubro-negros respondem com o show de Pet e Adriano em 2000, ano em que o Vasco também foi campeão.

A primeira vez deste blogueiro no Maracanã foi em um Flamengo x Vasco válido pelo Campeonato Brasileiro de 1999. Vitória cruzmaltina por 1 a 0, gol de Juninho Pernambucano em um jogo que tinha estrelas como Romário e Edmundo. O Vasco já não vence um jogo contra o seu maior rival desde 2006 em Brasileiros. Mais um ingrediente para o jogo que dispensa apresentações. Que seja um grande jogo e que transcorra na paz. O Rio merece!

Abaixo, uma seleção de quatro grandes jogos entre Flamengo e Vasco, segundo a opinião deste blogueiro, em Brasileiros!

Juninho cala o Maraca e vascaínos comemoram!


Edmundo detona o Fla, mais uma vez!


Pet dá um show e Fla humilha o futuro campeão brasileiro!


A estreia era de Bebeto, mas quem foi ao Maraca viu Bujica!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Há algo de podre no terreiro

A nova derrota para o Botafogo em mais um mata-mata (foi a 15ª nos últimos 22 jogos) que resultou em mais uma eliminaçãp de uma competição importante ao Atlético Mineiro evidencia muito mais que apenas um time muito fraco. Há algo de muito estranho acontecendo em um dos gigantes do nosso futebol. Jogadores preguiçosos? Treinador incompetente? Diretoria omissa? Ou apenas uma maré de azar que parece não ter fim?

Na minha visão é um misto de tudo isso. O azar é um "companheiro" do Atlético de longa data (basta lembrar aquela estapafúrdia perda do título Brasileiro de 1977, nos pênaltis, de maneira invicta. Algo raro e bizarro). Alguns defendem a tese de que pintar uma santa (que era azul) de preto não poderia ficar impune. Brincadeiras à parte, eu já deixei aqui minha visão sobre o presidente do clube, Alerxandre Kalil: um torcedor, travestido de dirigente. Não tem como dar certo.

O treinador é o culpado? Tudo bem, Cuca não é dos mais vencedores da história do futebol brasileiro, e nem acho que tenha o perfil adequado para retirar o Galo da degola, já que deu inúmeros sinais de descontrole emocional ao longo de sua carreira. Mas o Atlético, antes de Cuca, teve comandantes do quilate de Dorival Júnior (campeão por onde passou, menos no Atlético) e Vanderlei Luxemburgo (que dispensa apresentações). Porquê só no Atlético eles fracassaram?


Jogadores consagrados compõe o plantel do Galo. Daniel Carvalho, Dudu Cearense, André, Réver, Mancine jogariam em qualquer clube do país. Mas no Galo estão jogando com o nome e não é de hoje. Daniel Carvalho está há um ano tentando entrar em forma (UM ANO). Esses atletas estão todos decadentes e não vejo neles a solução para tirar o Atlético do vexame de mais um rebaixamento, seria o segundo no período de seis anos.

E é bom as rezas e as contas começarem desde já. O Atlético Mineiro ocupa o 18º lugar na tabela do Brasileiro com 15 pontos. Um levantamento feito com as pontuações das equipes que terminaram o Brasileiro na 16ª posição (a primeira fora da zona do rebaixamento) desde que o torneio conta com 20 clubes (a partir de 2006) indica que com 43 pontos uma equipe tem boas chances de escapar da queda. O Galo, portanto, tem de somar mais 28 pontos em 60 que ainda vai disputar, aproveitamento próximo dos 50%. Não é nada desesperador, mas pelo que o time vem jogando é no mpinimo preocupante.

E não é de hoje que os torcedores do Atlético têm de conviver com isso. Uma injustiça com um dos maiores clubes do nosso futebol. Mesamo sem ser tão vencedor como outros clubes, o Galo tem uma das torcidas mais apaixonadas do nosso futebol e ela não merece ter que a cada ano sofrer com seu time brigando para não cair. Há algo de podre no terreiro do Galo, outrora vingador, e agora sendo sabotado. É bom que se identifique esses podres rápido, porque lugar de time grande é na elite e disputando títulos, como almeja a torcida do Clube Atlético Mineiro!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Clubes x Seleção

A justíssima convocação de Ronaldinho Gaúcho (depois de 9 meses) para o amistoso da seleção brasileira contra Gana reacendeu uma velha discussão dentro de nosso futebol. O que é mais importante ao jogador: atuar com a camisa de seu país ou defender as cores do clube que paga seus altíssimos vencimentos? É tema para longos bate-papos e resenhas em mesas de botecoe o ideal seria que o atleta não tivesse que escolher entre uma opção e outra.

Alguns estão acusando o treinador do Brasil, Mano Menezes, de ter sido imparcial e desfalcado o Flamengo justamente para um confronto contra o Corinthians, clube que Mano comandava antes de assumir a seleção. Esta situação tem duas frentes de pensamento. A primeira, é fato que Mano desfalcou o Fluminense (ao chamar Fred), o Santos (ao convocar Ganso e Neymar) e o Flamengo pela segunda vez (já havia levado Thiago Neves e agora R10) justamente sempre em partidas contra o Corinthians. E outra forma de pensar é óbvia e basta constatar: não estávamos todos pedindo por Ronaldinho na seleção? Pois Mano realizou o desejo da maioria.

O que poderia e deveria ser feito em minha opinião é o que ocorre na Europa, onde os clubes são praticamente "depenados" pelas seleções em datas oficiais da FIFA. Deveriam adiar as rodadas em que os clubes ficarão sem seus atletas, neste caso as de número 20, 21 e 22. Assim a seleção ficaria reforçada de seus melhores jogadores e o camperonato nacional não ficaria desfalcado de suas estrelas.

Cruzeiro, Botafogo, Santos, Vasco, Corinthians, São Paulo e Flamengo ficarão sem alguns de seus principais atletas. E a maioria dos clubes citados disputam o título da competição. Não é justo com os torcedores destes clubes, que vão passar a torcer para que os jogadores de seus times não sejam chamados para defender o Brasil. Aqui nós sabemos muito bem que os clubes são muito mais importantes no coração do torcedor do que a seleção. E a CBF deveria ter o bom senso de perceber isso.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Birra ou Preconceito?

Renato gaúcho foi um grande jogador, isso ninguém ousa discutir. Mas sua carreira como técnico ainda encontra ferrenhas resistências entre muitos torcedores, jornalistas e a opinião pública em geral. Não sei se é pelo fato de ter sido um jogador polêmico e dar muita liberdade a seus atletas, ou se é porque ainda não conseguiu títulos de gande importância, ou então se é devido a sua tradicional "marra". O fato é que quase ninguém é capaz de reconhecer o óbvio: Renato Gaúcho vem em franca ascenção em sua carreira como treinador.

E porquê eu penso assim? Primeiro, porque no ano passado ele assumiu o Grêmio, clube do qual é o maior ídolo, e não só tirou os gaúchos da zona de rebaixamento como os conduziu à Libertadores este ano com uma campanha surpreendente. Em 2011, com um time bem fraco, acabou fracassando no Estadual e na própria competição continental! Resultado? Demissão, um pouco precipitada no meu modo de ver.


Pois agora, Renato Gaúcho assumiu o compromisso de tentar livrar o Atlético-PR de um rabaixamento que parecia inevitável. E o time paranaense já fez 10 partidas sob o comando de Portaluppi. Foram 4 vitórias (justo todas da equipe no campeonato até o momento), 3 empates e 3 derrotas. Aproveitamento de 50%, o que deixaria o time rubro-negro na 7ª posição se mantivesse este índice desde o início da competição. É um fato que Renato acertou o time que mais parecia um bando antes de sua chegada.

Está certo que Renato fez trabalhos pífios em sua carreira como treinador (foi rebaixado com Fluminense e Vasco) mas quem não fez? A campanha do Fluminense na Libertadores em 2008 foi histórica, mas não venceu e aí todos esquecem. Renato, como todo mundo em início de carreira, tem muito a evoluir. Mas pela sua história no futebol merecia um pouco mais de crédito sim!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O dilema de Mano Menezes

Diz a sabedoria popular que quando a coisa está feia, "se correr o bicho pega e se ficar a o bicho come". A verdade é que Mano Menezes ao completar um ano no comando da seleção brasileira fez pouca ou nenhuma evolução (isso se não regrediu). E pior: me parece absolutamente perdido na condução da nau canarinho. E agora está em uma sinuca de bico: mantém a renovação mesmo com nossos jovens jogadores sentindo o peso da amarelinha ou começa a trazer de volta nomes consagrados e assim jogas a coerência às favas?

É preciso que Mano tenha equilíbrio, foi para isso que foi contratado. O erro da seleção nas duas últimas Copas do Mundo foi justamente a falta de equilíbrio. Em 2006 foi desleixada demais e em 2010 estava "focada" além do necessário. É possível sim renovar a seleção, mas isso tem que ser feito com qualidade e cautela. Ora, nossos nomes consagrados não são velhotes incapazes também. E os novatos estão longe de seram intocáveis.

Mas Mano está se perdendo ao convocar atletas (independente da idade) que não têm a menor condição de vestir a camisa da seleção brasileira! André Santos, Fernandinho, Ramires, Jadson, Ralf, Elias e que tais... podem ser no máximo jogadores esforçados, aplicados. Mas lhes falta o talento, justamente o que tanto nós brasileiros estamos clamando desde o fatídico dia em que fomos derrotados pela Holanda na última Copa.

Entretanto é preciso entender também que não somos mais tão geniais assim, como já fomos. A safra não é das melhores e já não fazemos o melhor do mundo há cinco anos! E pior: a surpreendente decadência precoce de nomes que poderiam "passar o bastão" aos mais jovens (como Adriano, Ronaldinho e Kaká) complicou muito a situação. 

Mano tem sim que renovar o elenco da seleção. Mas tem que fazê-lo acima de tudo com qualidade. Se não tiver em quantidade jogadores talentosos, que passe a chamar atletas consagrados sim, porquê não? Ou Ronaldinho Gaúcho não pode acrescentar nada ao time? Adriano, se descambar a fazer gols, deve ser jogado pra escanteio? Kaká é totalmente dispensável? Como tudo na vida, meu caro Mano, equilíbrio é tudo! 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Só vale a vaga!

Começa nesta quarta para os clubes brasileiros a Copa Sul-Americana 2011. Oito clubes estream na fase nacional da competição, que mais uma vez vai dar uma vaga na Copa Libertadores de 2012. A Sul-Americana nada mai é do que uma espécie de continuação das extintas Conmebol e Mercosul, torneios que foram criados para "fazer sombra" na Libertadores. Como é a Liga Europa (antiga Copa Uefa) lá no velho continente.

A primeira edição foi disputada em 2002, sem clubes do Brasil. E assim como na Libertadores, na Sul-Americana há um total domínio dos clubes argentinos. São cinco títulos de nossos hermanos e apenas o Internacional conseguiu colocar o Brasil no topo do pódio em uma edição da Sul-Americana, no ano de 2008. Mas nas últimas três edições tivemos brasileiros na final (Inter em 2008, Fluminense em 2009 e Goiás em 2010).

Na minha opinião a Copa Sul-Americana é um torneio chato e sem nenhum brilho. Mas não dá pra ignorar o fato de que ele oferece uma vaga na Libertadores, o que eu acho uma tremenda injustiça. Afinal o campeão deste torneio (caso seja um brasileiro) vai tirar uma vaga de um time que termine em quarto lugar no Brasileiro, uma competição muito mais difícil e equilibrada.


Representam o Brasil na edição de 2011 da Sul-Americana oito clubes: Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Botafogo, Ceará, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vasco. Em um primeiro momento os clubes brasileiros se enfrentam e os quatro que passarem entram na chamada fase final do torneio. Veja abaixo como estão os cruzamentos para a esta fase:

Atlético-MG ou Botafogo* x Deportivol Cali-COL ou Universidad Vallejo-PER ou Santa Fe-COL
Ceará ou São Paulo* x Libertad-PAR ou La Equidad-COL ou Juan Aurich-PER
Flamengo ou Atlético-PR* x Nacional-URU ou Universidad de Chile-CHI ou Fénix-URU
Vasco ou Palmeiras* x Aurora-BOL ou San José-BOL ou Nacional-PAR
*Equipes que jogam a segunda partida em casa

Apenas a partir da fase final é que os clubes que passarem vão realmente se interessar em escalar suas forças máximas para a competição. Neste primeiro momento muitos optam por colocarem equipes mistas ou reservas, tirando ainda mais o brilho da competição. Mesmo assim acredito que os brasileiros sejam os favoritos para levar a edição 2011 da Copa Sul-Americana, o patinho feio da América do Sul!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O renascimento do "Profexô"

Quando Vanderlei Luxemburgo deixou o Atlético Mineiro, seu último clube antes do Flamengo, eu disse aqui no Futebol e Samba que o outrora respeitado e vencedor treinador deveria dar um novo prumo à sua carreira. Ou seguia como treinador, função que ele sempre cumpriu com maestria por anos, ou partia para a função de manager. A dubiedade entre estes cargos minaram seu trabalho no clube mineiro. Entretanto alguns dias após cair no Galo, Luxa já era anunciado no Flamengo.

E no seu clube de coração Luxemburgo mudou radicalmente a postura a que estávamos acostumados a vê-lo. Aboliu o terno e a gravata e passou a usar os agasalhos esportivos do clube. O início do trabalho não foi nada fácil. O Fla, depois de ganhar o título em 2009, amargou a luta contra a queda no Brasileiro em 2010 e só escapou dela na rodada 37. E claro o trabalho de Luxa fora cornetado. Com razão, pois somando seu aproveitamento no Fla e no Galo ele teria caído.


Mas veio 2011 e o Flamengo fez contratações e começou de fato a construção do CT. Tudo com a coordenação direta de Vanderlei, sem entretanto se esquecer da monategem do time. Pois bem, estamos no início do mês de agosto e o Flamengo entrou em campo 42 vezes em 2011. E perdeu apenas uma vez em todo o ano. Não me recordo de um time que perca tão pouco nesses anos que acompanho futebol. O rubro-negro atropelou no Carioca onde foi campeão invicto. Na Copa do Brasil saiu precocemente para o Ceará e não duvido que lute até o fim pelo hepta no Brasileiro.

Costumo dizer que treinador tem no máximo 20% de méritos seja na vitória ou de demérito seja na derrota. E os 20% de Luxa se baseam no fato de ter enquadrado a grande estrela do time (Ronaldinho Gaúcho) quando foi preciso, e se manteve fiel e coerente à formação tática em que acreditava, com o R10 como atacante mesmo quando a equipe não atuava tão bem. O Flamengo inspira muito respeito quando entra em campo porquê é o time que não perde, é o time de Ronaldinho e Thiago Neves. Mas também por ter no "profexô" Luxemburgo um de seus pilares. E futebol é imposição!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Chega de escárnio!

As declarações do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, no programa "Arena Sportv" beiram ao cinismo e à falta de respeito com o povo e a opinião pública. O gangster que comanda uma das maiores instituições esportivas do Brasil teve a audácia de declarar, dentre outros impropérios, que o estádio que está sendo construído na região de Itaquera (grande São Paulo) não vai receber um centavo de dinheiro público. Vale ressaltar que a prefeitura da capital paulista aprovou uma isenção fiscal de R$ 420 milhões, mais da metade do valor orçado para a obra. E ele diz que não tem dinheiro público. Ora, me poupe!

Andrés Sanchez é da mesma patota do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que recentemente em uma entrevista à revista "Piuaí", em tom de deboche com todos nós, afirmou que pode fazer o que bem entender como presidente do Comitê Organizador da Copa de 2014, afinal ele deixará (segundo disse) o comando da CBF em 2015. É uma ode à impunidade e à roubalheira.

Ambos são notícia quase que diariamente da imprensa esportiva que está preocupada em fiscalizar a corrupção que assola este país há séculos. Mas pasmen, nem todos os setores de nossa mídia cumpre seu papel como deveria. As Organizações Globo insistem em ignorar as falcatruas de Ricardo Teixeira e sua turma, acreditando talvez que o torcedor é idiota. O Twitter, uma das redes socias com mais usuários no mundo, censurou descaradamente a hashtag "#foraricardoteixeira" devido a pressões dos cartolas. Tudo em nome dos contratos milonários que a CBF possui com várias empresas.

Recentemente o blog do jornalista Paulo César Prado, o Paulinho, foi censurado justamente por denunciar as falcatruas de Teixeira, Sanchez e outros cartolas de nosso futebol. A censura, até o momento desta postagem, permanecia. É pena que a grande mídia insista em ignorar a gravidade do que se passa no país da próxima Copa e Olimpíadas. E como impunes que são Sanchéz e Teixeira têm o cinismo de declarar à imprensa que estão acima da lei! E alguns idiotas ainda vibram com construção de estádio. Lamentável!