terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Os azuis portelenses

Serginho, Monarco e Falcon, os nomes que pretendem mudar a Portela.
Maior vencedora da história do carnaval carioca com 21 campeonatos (mas que não leva um título sozinha desde 1970), a Portela já tem o seu bastidor político agitado menos de um mês depois do fim do carnaval. Após mais uma decepção na avenida (um modesto 7o. lugar) os portelenses resolveram se organizar para derrotar o atual presidente da agremiação nas eleições de maio. Foi lançada oficialmente nesta segunda-feira (25) a chapa Portela Verdade, que tem na figura do baluarte Monarco seu presidente de honra, além de Serginho Procópio (presidente) e Marcos Falcon (vice-presidente).

A chapa, que lembra demais as diretrizes da Chapa Azul nas últimas eleições presidenciais do Flamengo, vem com a intenção de devolver à Portela seus dias de glória, que se perderam ao longo das últimas décadas, mas principalmente na gestão Nilo Figueiredo (onde a escola teve a pior colocação de sua história em 2005, além de carnavais mal executados na avenida). Por trás destes grandes portelenses estão as principais torcidas organizadas da agremiação e algumas empresas fortes, capazes de investirem na escola. Sem falar nos portelenses, que engajados e insatisfeitos com a gestão de Nilo, estão produzindo um enorme barulho nas redes sociais.

A candidatura foi lançada na sede da concessionária de automóveis Peugeot, uma das apoiadoras financeiras do grupo político, no bairro de Campinho. No evento, que teve participação maciça de integrantes da velha-guarda da escola, foi divulgado um texto com as diretrizes da chapa Portela Verdade. Dentre as principais ações anunciadas estão o resgate da importância política dos baluartes, a valorização da ala de compositores e a seriedade na gestão da escola e de seu carnaval, principalmente no que tange aos quesitos plásticos e visuais. O manifesto pode ser lido, na íntegra, neste link.

Como amante do carnaval que é, este blogueiro deseja sucesso e sorte à Chapa Portela Verdade e desde já declara seu integral apoio aos portelenses que verdadeiramente estão preocupados com o futuro da Águia. A gestão do atual presidente é um desastre (tanto que a escola foi a 9a. colocada se considerarmos somente os quesitos plásticos em 2013). A Portela precisa de uma gestão moderna, pois já provou inúmeras vezes que nos quesitos que dependam do chão da escola, as notas altas estão garantidas (vide o 3o. lugar nos quesitos de pista no último carnaval). Uma escola da envergadura da Portela precisa estar disputando sempre o campeonato. Com este grupo sério e engajado no comando da escola, os dias de glória tendem a retornar! Salvem a Portela...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Abaixo às Torcidas Organizadas !!!

A tragédia ocorrida na cidade boliviana de Oruro, quando um inocente torcedor de 14 anos foi morto depois de ter sido atingido por um sinalizador, disparada por um torcedor do Corinthians (as imagens não deixam dúvidas!), durante o empate em 1 a 1 com o San José, pela Copa Libertadores, expõe uma ferida que há anos envergonha o futebol brasileiro: as torcidas organizadas estão tomadas por bandidos. Por isso não são raros os casos de violência que culminam em mortes. O Brasil lidera o ranking mundial de óbitos ocorridos por conflitos entre torcedores.

Este blogueiro mesmo neste espaço já dissertou sobre o tema algumas vezes. Pressionada pela opinião pública, a Conmbeol agiu rápido e anunciou uma punição prévia ao Corinthians: jogos com os portões fechados como mandante e impossibilidade de sua torcida acompanhar as partidas fora de casa. A decisão tem a validade de 60 dias, ou até durarem as investigações. A curto prazo é acertada, mas não resolve o crônico problema de violência no futebol.

O jovem Kevin, mais um a perder a vida de forma estúpida. A culpa é de quem?

Há meu ver em casos extremos, as medidas de coibição também precisam ser extremas. Não adianta punir A ou B se as torcidas organizadas têm centenas de indivíduos que vivem de ameaçar e atacar os rivais com pedras, bombas, tiros. Cabe às autoridades públicas, à polícia, ao Ministério Público, proibir de maneira sumária a entrada destas verdadeiras quadrilhas de a qualquer estádio de futebol. Eu sei que não são todos, mas infelizmente, como diz a Bíblia, "os justos pagam pelos pecadores". A medida é radical, mas também são radicais as ações criminosas dessas pessoas. Olho por olho, dente por dente.

Outro cerne importante neste embate é a promíscua relações de dirigentes e até de alguns jogadores com estas torcidas. Não é segredo para ninguém que estes grupos recebem ingressos para partidas e têm livre acesso às dependências sociais dos clubes. Enquanto o torcedor comum pena em filas para poder assistir ao time de coração. O ex-jogador e agora deputado Romário chegou a admitir que dava dinheiro para a Força Jovem (do Vasco) para não vaiá-lo durante os jogos. Aliás porquê não uma ampla CPI no Congresso para abrir a caixa-preta destas relações? Antes que mais vidas inocentes se percam em locais onde o único sentimento deveria ser a alegria!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O samba-enredo volta a ser protagonista

Como era pule de dez no período de pré-carnaval, o antológico samba-enredo da Vila Isabel coroou a escola de Martinho da Vila ao terceiro campeonato de sua história. Um desfile memorável, que dosou emoção com a qualidade plástica de fantasias e alegorias, como nos acostumamos a ver nos trabalhos da carnavalesca Rosa Magalhães. Aliás, como este blogueiro havia dito há alguns dias se a Vila acertasse nos quesitos plásticos o campeonato era certo. E o que se viu na avenida foi um baile do povo de Noel.

O grande legado deixado pelos desfiles de 2013 certamente foi a volta do protagonismo daquele que é (ou deveria ser) a grande estrela desta festa, o samba-enredo. Se uma escola tem um samba de qualidade, fatalmente ele fará com que os quesitos de pista (conjunto, evolução, samba-enredo, bateria e harmonia) ganhem notas altas. A Vila, neste aspecto, só perdeu pontos em samba-enredo (absurdo 9,8 que ainda bem foi descartado) e bateria (onde acabou tirando somente uma nota 10). Talvez o panorama dos desfiles mude e as demais agremiações enxerguem que com um bom samba, meio caminho está andado.

Rosa e Martinho, doi grandes responsáveis pelo campeonato da Vila.  (Foto: Fábio Rossi - O Globo)


De negativo a meu ver nos desfiles de 2013 foram algumas comissões de frente. Os elementos alegóricos trazidos mais pareciam carros alegóricos propriamente. Em alguns casos o carro abre-alas, que sempre foi no aspecto visual a grande vedete dos desfiles, ficou escondido por esses trambolhos. Sem falar no casal de mestre-sala e porta-bandeira, totalmente ofuscados por essas engenhocas. O dragão que a Beija-Flor trouxe era assustadoramente enorme. Não sou contra este artifício, mas que eles poderiam ser bem menores, isso poderiam.

Outro aspecto que me chamou a atenção negativamente foram algumas guerras de ego de alguns intérpretes na avenida. Essa tendência que algumas escolas trazem de vir com dois, três e até quatro cantores principais e atrapalham a harmonia do desfile. Em pelo menos duas agremiações os puxadores mais se preocuparam em disputar quem cantava mais alto, do que de fato interpretar o samba. Na Imperatriz, Wander Pires e Dominguinhos do Estácio sequer se falam. Na Grande Rio, Emerson Rocha e Nego atropelaram um ao outro inúmeras vezes. Uma pena!
Abaixo traço um breve comentário sobre o que achei de cada agremiação na avenida, pela ordem de classificação:

1- Vila Isabel: Desfile épico, emocionante e arrebatador. Entra para história dos maiores de todos os tempo. Tanto que nenhuma adversária questionou. Parabéns Vila!

2- Beija-Flor: Vinha sendo "campeã" até o problema com o não acoplamento de duas alegorias, que deixaram um buraco histórico entre os setores 1 e 3. As escolas não aprendem. Nunca vi ninguém ganhar carnaval com acoplamento de carros, mas já vi perder. Aconteceu esse ano de novo.

3- Unidos da Tijuca: Houve uma certa boa vontade dos jurados com as muitas falhas da escola durante o desfile. Foi um dos trabalhos mais fracos de Paulo Barros. Enredo confuso, samba ruim. E ainda houve graves problemas de evolução. O terceiro lugar ficou de bom tamanho.

4- Imperatriz: A grande surpresa dos desfiles, conseguiu furar a barreira das favoritas. Merecia até ter terminado à frente da Tijuca. Pra mim o melhor conjunto alegórico do ano e também a melhor comissão de frente. Uma pena a guerra de egos dos puxadores, apesar do samba ter funcionado na avenida. E se vence o samba do Zé Katimba nas eliminatórias a Imperatriz brigaria pelo campeonato.

5- Salgueiro: A escola não fez um bom desfile, errando em aspectos básicos, como samba, enredo e na comissão de frente.  De positivo novamente o belo trabalho de acabento das alegorias de Renato Lage. Mas em 2013 o Salgueiro não empolgou.

6- Grande Rio: Um desfile horroroso e trash, que foi beneficiado pelo beneplácito dos jurados. Para mim a Grande Rio merecia no máximo um décimo lugar. Nada de positivo a destacar.

7- Portela: De novo um sambaço, de novo um show da bateria, de novo um baile da comunidade portelense nos quesitos de chão. Mas no aspecto visual um desastre, de novo. Aquela águia apresentada era para causar a queda do presidente ao mais humilde diretor. Que venham as eleições de maio e que a Portela mude.

8- Mangueira: A ousadia de Ivo Meirelles acabou castigada, apesar de ter enlouquecido a avenida com suas duas baterias. A escola estourou em seis minutos o tempo máximo de desfile. Acredito que a escola foi mal julgada pelos jurados nos quesitos plásticos. Belíssimo o trabalho de Cid Carvalho. Merecia a última vaga das campeãs.

9- União da Ilha: Pagou caro pela má escolha do samba, quando existiam outros muito melhores nas eliniatórias da escola. Conjunto visual muito bom, um dos melhores da história da escola. Que sirva de lição para 2014.

10- São Clemente: Não repetiu o bom desempenho de 2012. O enredo sobre as novelas tinha a cara da escola, mas as fantasias e carros estavam óbvios e comuns. Sem falar no samba muito fraco.

11- Mocidade: A escola está doida pra cair, a verdade é essa. Não vi quase nada de positivo no desfile deste ano. Enredo mal escolhido e mal retratado na avenida. Samba muito ruim. De notório apenas o desempenho da bateria, que lembrou os grandes momentos de Padre Miguel.

12- Inocentes de Belford Roxo: É duro se manter no Grupo Especial vindo do Acesso e abrindo os desfiles. A escola já entrou rebaixada e não fez um bom desfile. Lamentável as notas dadas ao casal de mestre-sala e porta-bandeira (Rogerinho e Lucinha Nobre), nitidamente julgados de acordo com a bandeira da escola. Isso precisa acabar no carnaval carioca.

Sobre o grupo de acesso, a nova Série A, o destaque foi para o julgamento isento e dentro das expectativas dos sambistas. O Império da Tijuca, ou Imperinho para os mais íntimos, foi a grande escola do grupo e com justiça retorna ao Grupo Especial, onde não desfilava desde 1996. Faz bem para a elite ter escolas de tradição desfilando. A briga pela permanência vai ser bem mais dura em 2014. 

Que venha o carnaval 2014! Evoé.....

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os brasileiros na Libertadores - Parte 2

Terminado o reinado de Momo, segue a temporada do futebol brasileiro. E se for verdade aquela máxima de que o ano só começa de fato no Brasil quando termina o carnaval, os torcedores de Atlético-MG e Fluminense vão estar ligados nas estreias de seus clubes na Copa Libertadores. E dando sequência à série do Futebol e Samba que conta a história dos brasileiros na maior competição continental, é a vez dos estreantes desta quarta-feira de cinzas. O Galo já encara uma pedreira: recebe no caldeirão do Independência o São Paulo, que passou sem sustos pelo inoperante Bolívar na fase preliminar. O Flu mede forças com o venezuelano Caracas, fora de casa.

Libertadores, um trauma atleticano

O time do Galo de 1972: melhor participação da história

A história do Atlético na Libertadores começou 41 anos atrás, quando o clube mineiro chegou à edição de 1972 por ter sido o campeão brasileiro de 1971. Curiosamente naquela oportunidade o São Paulo também foi adversário ainda na primeira fase. Os paulistas, aliás cruzaram com o Galo também sem sua segunda participação em 1978. Em sua primeira participação o clube não passou da primeira fase.

A segunda vez do Galo na Libertadores (1978) é até hoje a melhor da história do Atlético na competição. Disputou o triangular semi-final com os argentinos Boca e River e terminou na quinta posição. Entretanto foi a Libertadores de 1981 que jamais saiu da cabeça dos torcedores alvi-negros. O Galo acabou caindo na primeira fase depois de três jogos polêmicos com o Flamengo. As equipes empataram os dois compromissos na Fase de Grupos e em um jogo desempate rodeado de confusões e que não terminou, o Fla foi declarado vencedor depois de muita briga nos bastidores. Os atleticanos não engolem a eliminação até hoje. 

A última vez do Atlético na Libertadores foi há 13 anos: em 2000 chegou até a fase de quartas de final. Acabou eliminado pelo Corinthians, o mesmo algoz que ganhou do Atlético a finalíssima do Brasileirão em 1999. Esta é, portanto, a quinta vez do Atlético Mineiro na Copa Libertadores.

Fluzão quase lá...

Em 2008 o Flu perdeu a final de forma traumática
O torcedor tricolor sofre com as piadas dos rivais, que alegam que o clube não tem um título internacional de expressão. Polêmicas à parte, o fato é que de uns anos pra cá é que o tricolor tem frequentado a principal competição continental das Américas. O clube foi vice-campeão em 2008 depois de uma histórica campanha (deixou pelo caminho os gigantes São Paulo e Boca Juniors-ARG) mas acabou perdendo o título em pleno Maracanã para a LDU-EQU, nos pênaltis.

Até 2008 a história tricolor na Libertadores, entretanto, se resumia a duas pífias participações. Em 1971 o Flu chegou por ter sido campeão brasileiro no ano anterior e acbou caindo ainda na primeira fase. A frustração se repetiu em 1985, quando o clube ficou sem conseguir vencer um único jogo. O Fluminense chegou também a disputar a Libertadores em 2011 (caiu nas oitavas) e em 2012 (caiu nas quartas). É a primeira vez na história do clube que se disputará a Libertadores pelo terceiro ano seguido, totalizando a quinta participação.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A sirene disparou





Dizem que durante 361 dias do ano nada mais se faz do que esperar pela chegada do próximo carnaval. Exageros à parte, chegou aquele momento em que todo sambista aguarda ansiosamente, os desfiles das escolas de samba. E neste ano, de sexta à terça teremos escola de samba, seja no glamour da Sapucaí ou na batalha da Intendente Magalhães. E o som da sirene, que indica o momento em que a agremiação precisa adentrar a passarela, já disparou.


E quem vencerá o Grupo Especial? Quem será rebaixada para a Série A? Quem vai desfilar entre as grandes em 2014? Quem deixará de desfilar na Sapucaí no ano que vem? A partir desta noite começaremos a ter as respostas a estes questionamentos. Mas nada impede que a gente dê aqueles pitacos sobre as tendências do carnaval 2013.

Na minha avaliação quatro agremiações devem brigar pelo título de campeã do Grupo Especial. São elas, Beija-Flor, Salgueiro, Unidos da Tijuca e Vila Isabel. Será uma surpresa enorme pra mim se o título não ficar com estas escolas. A Tijuca entra como favorita por ter Paulo Barros e lutar pelo bi. A Beija-Flor cresceu no período de pré-carnaval e as notícias de seu barracão são as melhores possíveis e além do mais, é a Beija-Flor, sempre candidata. A Vila tem o samba do ano, mas as notícias do barracão não Sào tão boas e o Salgueiro será já a segunda escola a pisar na avenida no domingo. Isso pesa muito contra a escola.

Para fechar o grupo das campeãs eu apostaria na União da Ilha, Grande Rio, Imperatriz e Portela. A Grande Rio sempre volta nas campeãs, faz desfiles corretos, mas sem qualquer emoção ou novidade. Os jurados gostam, paciência. A Ilha tem o barracão mais avançado e tem sido a escola que mais cresceu nos últimos anos. Pode ser a grande surpresa de 2013. Imperatriz e Portela são tradicionais, mas são remotas as chances de terminarem entre as seis. No caso da Portela o samba e o enredo sobre Madureira, Paulinho da Viola e a própria escola podem trazer a escola de volta, apesar da enorme crise política.

A meu ver as também tradicionais Mocidade e Mangueira não voltam nas campeãs, mas também ficam longe de cair, justamente devido à força que possuem nos bastidores. E São Clemente e Inocentes de Belford Roxo devem travar a batalha pela permanência no Especial. Com vantagem para a a amarelo e preto de Botafogo, que tem uma estrutura melhor e já está mais acostumada a desfilar entre as grandes. A Inocentes abre o carnaval e isso já é motivo suficiente para temer o rebaixamento. De 2008 pra cá apenas a União da Ilha abriu o carnaval e não caiu e em 2011 não houve rebaixamento.

Na nova Série A (que nada mais é que uma junção dos antigos grupos A e B) eu creio que mais importante que saber quem vai subir, é fiscalizar se o resultado será isento. Pois desde a criação da finada Lesga que todo ano a escola que sobe não o faz por merecimentos. Em 2012 a subida da Inocentes foi um escândalo. Tanto que a Prefeitura do Rio desfez a Lesga e criou a Série A, como nova gestão. E com pessoas de credibilidade. A Rede Globo transmitirá pela primeira vez na história os desfiles do grupo de acesso no Rio.

Império Serrano, Viradouro, Império da Tijuca e Renascer de Jacarepaguá, a meu juízo brigam forte pelo acesso. A verde e branco da Serrinha vem de um grande carnaval em 2012, mas a meu ver pecou na escolha do enredo. A Viradouro tem o melhor samba do grupo e ainda tem estrutura de Grupo Especial. Império da Tijuca também tem um belo samba e um enredo com a cara da comunidade. A Renascer esteve no Especial em 2012, apesar de escolher um enredo batido. Estácio de Sá Porto da Pedra e Caprichosos de Pilares devem correr por fora. O que fugir disso será supresa. E as agremiações que compunham o antigo grupo B devem brigar pela permanência. Três agremiações caem para a Série B em 2014.

No mais, é curtir o carnaval com alegria e responsabilidade. Como dizia o samba da União da Ilha de 1989, "O Rei mandou cair dentro da folia". 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Os primeiros 30 dias dos "azuis" no Flamengo

Carregados de expectativas ao assumirem o combalido Flamengo, os integrantes da Chapa Azul (vencedora do pleito para presidência do clube) completaram no último dia 02 fevereiro, um mês à frente do maior clube do Brasil. E o saldo de ações, contratações e medidas de austeridade a meu juízo foi altamente positivo. Principalmente no que tange ao aspecto de recuperar o prestígio do rubro-negro junto ao mercado.

Chegaram para o time de futebol o zagueiro Wallace, o volante Elias, o lateral João Paulo, e os meias-atacantes Gabriel e Carlos Eduardo. É óbvio que ainda é muito pouco para de fato se dizer que o Fla tem um elenco capaz de disputar os principais títulos do ano. Mas como bem disse o novo vice de futebol, Wallim Vasconcellos, o time irá sendo montado aos poucos durante o Estadual e nomes de peso só devem chegar a partir do início do Brasileirão e das fases mais agudas da Copa do Brasil.

O presidente Eduardo Bandeita de Mello começou muito bem
No meu entender a principal ação que difere a nova diretoria rubro-negra da antiga é justamente o fato de parar de jogar para a galera e tomar medidas para recuperar o clube financeiramente e voltar a ter crédito na praça. Atitudes como a recusa em trazer Robinho (que oneraria os cofres do clubem em R$ 50 milhões) e rescindir com Vagner Love (que sangrava os cofres rubro-negros em mais ou menos R$ 1 milhão por mês) dão indícios de que acabou a era do amadorismo no clube.

O resultado já começa a surgir na esfera do marketing. O clube fechou com a montadora de carros Peugeot e a partir de maio terá na Adidas a sua fornecedora de material esportivo. O contrato foi rediscutido com a nova diretoria e várias cláusulas, que eram prejudiciais ao Flamengo, foram reajustadas. Agindo de forma austera e com os pés no chão, é assim que o presidente Eduardo Bandeira de Mello recolocará o Flamengo nos trilhos das vitórias! Vamos torcer!