terça-feira, 23 de outubro de 2012

R49 x R10

Quando Ronaldinho deixou o Flamengo pela porta dos fundos, uma enquete no site do Esporte Espetacular indicava que nenhuma das torcidas dos clubes da Série A queria o jogador no seu clube. Em alguns casos o índice de rejeição chegava aos 80%. O Atlético-MG trabalhou rápido e anunciou Ronaldinho menos de 24 horas depois que ele deixara o Flamengo. Rapidamente os atleticanos trataram de comemorar e enaltecer o craque, uma esquizofrenia bastante comum ao torcedor atleticano.

Exceção feita aos torcedores mais inflamados do Galo, todos acreditavam que a chegada de Ronaldinho iria afundar o Atlético. Ronaldinho escolheu a camisa 49 e deixou de ser o apagado R10 para se tornar o excelente R49. Logo em suas primeiras partidas pelo clube mineiro, Ronaldinho mostrava que seguia sendo um fora de série. A bela campanha atleticana no primeiro turno foi capitaneada por ele, que claro rapidamente se tornou ídolo da massa atleticana.

R49: o craque ressurge!

Mas o que tem o R49 que faltou em R10? A resposta é simples: o Ronaldinho do Atlético tem motivação. E acima de tudo é muito cobrado pelo presidente do Atlético, o falastrão Alexandre Kalil. Cobranças que podem e devem ser feitas, afinal Ronaldinho tem a melhor estrutura do Brasil à sua disposição e recebe religiosamente em dia os seus honorários. No Flamengo ele fazia o que bem entendia e o mês durava 90, 120 dias. Isso faz total diferença.

Ronaldinho não é nem de longe o craque deste campeonato e seu futebol se tornou irregular, como todo o time do Atlético, a partir do segundo turno. Mas sua atuação de gala diante do líder Fluminense evidencia o quanto ele é diferenciado. Ele não precisa ser testado e nem provar mais nada a ninguém. Por isso sou contra sua volta para a seleção neste momento. Mas se, em 2013, às vésperas da Copa das Confederações ou, em 2014, às vésperas da Copa do Mundo, estiver jogando 60, 70% do que pode, a camisa 10 do Brasil tem que ser dele!

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