sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O caminho dos brasileiros na Copa Libertadores


Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Palmeiras e São Paulo, os representantes brasileiros na ediçcão de 2013 da Copa Libertadores já sabem quem são os seus adversários na luta pelo cobiçado título continental. Em cerimônia realizada nesta sexta, 21, na sede da Conmebol, no Paraguai, o sorteio dos grupos e dos confrontos eliminatórios da Fase Preliminar, confirmou o caminho de todos os 36 postulantes ao título. Veja a situação de cada um dos brasileiros:

Grêmio: Certamente o mais azarado neste sorteio. De cara vai ter que encarar, ainda em janeiro, a tradicional LDU do Equador, campeã da Libertadores em 2008, em um dos confrontos da Fase Preliminar. O jogo de volta será em Porto Alegre, mas o primeiro será na altitude de Quito. E se passar para a Fase de Grupos, o Grêmio cairá no grupo do Fluminense, que tem ainda o Huachipato-CHI e o Caracas-VEN. Promessa de fortes emoções para os gremistas.

São Paulo: Os são paulinos tiveram melhor sorte que os gremistas no sorteio da Fase Preliminar. Mas também terá de encarar a altidude. O adversário será o boliviano Bolívar, que está indo para sua 29a. participação. O tricolor decidirá a vaga fora de casa e provavelmente fará o resultado necessário no Morumbi. Caso garanta a provável classificação à Fase de Grupos, o São Paulo cairá no grupo do Atlético-MG, que terá ainda o Arsenal-ARG e o The Strongest-BOL. Não é um grupo fácil.

Atlético-MG: Vice-campeão brasileiro, o Galo foi sorteado no grupo 3 e vai encarar o Arsenal-ARG, o The Strongest-BOL e o vencedor do confronto da Fase Preliminar entre São Paulo x Bolivar-BOL. Curiosamente o Galo teve o tricolor paulista no caminho em duas das outras quatro participações que teve na Libertadores (em 1972 e 1978): em quatro jogos, foram três empates e uma vitória. Um grupo complicado para o Galo.

Corinthians: O campeão de 2012 foi sorteado em um grupo relativamente tranquilo e deve passar fácil à fase de oitavas de final. Entretanto a logística promete ser complicada. Viagens ao México (Tijuana), à Colômbia (Millionarios) e à Bolívia (San José) irão acontecer. Mas nada que impeça o avanço do Timão à Fase Final. É o grupo mais tranquilo dentre os brasileiros.

Fluminense: O tetra-campeão brasileiro e fortíssimo candidato a seu primeiro título internacional novamente cai em um grupo pesado na Libertadores. O campeão chileno (Huachipato) e o Caracas da Venezuela estão no caminho tricolor. Além do vencedor do congronto entre a carrasca LDU e o Grêmio. Jogos complicados e viagens longas. O Engenhão será importantíssimo!

Palmeiras: O Verdão é uma grande incógnita. Rebaixado e com o time enfraquecido teoricamente tende a penar na Libertadores. O grupo não é simples e tem o Libertad (PAR), time quem vem fazendo bons papeis nas últimas Libertadores e o Sporting Cristal (PER), que foi finalista da Libertadores em 1997 e perdeu o título para o Cruzeiro. Além disso ainda terá o vencedor do duelo entre o Deportivo Anzóategui (VEN) e o argentino Tigres, que armou o maior barraco na final da Sul-Americana contra o São Paulo. Abre o olho Palmeiras!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Como o Corinthians conquistou o mundo

E depois da América, o mundo é do Corinthians! A vitória por 1 a 0 sobre o poderoso clube inglês Chelsea foi a segunda conquista do clube paulista e a décima de um brasileiro, que agora lidera o ranking de títulos por país. E a conquista veio em um 16 de dezembro, data em que o Corinthians conquistou pela primeira vez o título de campeão brasileiro em 1990.

Sim, há 22 anos atrás o Corinthians só tinha a torcida para se orgulhar, pois era um clube que só tinha em sua sala de troféus títulos estaduais. Nestas pouco mais de duas décadas o Timão ganhou cinco Campeonatos Brasileiros (1990, 1998, 1999, 2005 e 2011) - ninguém conquistou mais no período - o Mundial pela primeira vez em 2000, a Copa do Brasil em 2009 e finalmente a sonhada Libertadores neste ano.

Entretanto há um hiato nestes 22 anos de poderio alvinegro. Entre 2001 e 2007 o Corinthians fez pífias campanhas nos torneios de expressão e atolado em uma crise institucional acabou rebaixado pela primeira vez em sua história em 2007. E foi justamente naquele 2 de dezembro que o clube começou a conquistar o mundo.

O heroi da conquista não poderia ter nome mais corintiano: Guerrero!
É claro que nem o mais insano corintiano acreditava nisso há cinco anos atrás. O então presidente Andrés Sanchez deu início a uma gestão profissional e moderna e trouxe Mano Menezes para comandar o desafio de retornar à elite. De volta ao seu lugar o Corinthians trouxe o fenômeno Ronaldo em uma transação que mudou a sua história. O jogador, além de seu inegável talento dentro de campo, trouxe todo seu conhecimento de mercado e colocou o Corinthians no mapa do futebol mundial.

Ronaldo parou, mas o Corinthians não! O clube trouxe Tite, que em 2010 tinha a função de reerguer o único clube brasileiro na história a cair na Fase Preliminar da Copa Libertadores. Com o treinador o Timão foi terceiro lugar no Brasileiro e no ano seguinte conquistou o penta. Tite é responsável direto pela trinca de conquistas do Brasileiro de 2011 e da Libertadores e do Mundial em 2012.

Em cada setor do clube há seriedade e competência. Um clube que pensa de acordo com o seu tamanho e sabe que no futebol atual não há espaço para aquela velha arrogância de acreditar que camisa e torcedores garantem por si só o sucesso. Isso pode ter funcionado em um passado distante, não mais atualmente. E o Corinthians hoje não é só campeão do mundo. É um clube que tem estrutura, tem o melhor treinador do país, possui a marca mais valiosa do futebol brasileiro, está às vésperas de inaugurar um moderno estádio. O céú é o limite para o Sport Club Corinthians Paulista, o dono do mundo! 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O Brasil no Mundial de Clubes

Ao pisar no gramado no estádio Toyota, na cidade japonesa de mesmo nome, nesta quarta o Corinthians representa sim o Brasil no Mundial de Clubes. Por mais que isso irrite os torcedores rivais, o clube é brasileiro e levará o nome de nosso país primeiro contra o egípcio Al-Ahly e muito provavelmente contra o inglês Chelsea na grande final de domingo.

O Corinthians é o nono clube brasileiro a possuir a honra de representar o Brasil em um Mundial de Clubes. O próprio clube já foi campeão do mundo, naquele que foi o primeiro mundial organizado pela Fifa, no Brasil em 2000. A conquista foi polêmica pois o clube não havia ganho a Libertadores e só entrou por ser o campeão brasileiro do ano anterior. Mas a conquista é chancelada pela entidade máxima do futebol e portanto caso conquiste o título, será o segundo mundial do Corinthians sim.

Entre 1960 e 1979 o Mundial era disputado em dois jogos, cada um no país de cada representante. E coube ao Santos a honraria de ser o primeiro brasileiro a conquistar o título. Em 1962 derrotou o Benfica e no ano seguinte foi a vez do Milan. Em ambas oportunidades mandou seus jogos no Maracanã. O Cruzeiro também chegou à final do Mundial nestes moldes, mas acabou perdendo o título para o Bayern de Munique da Alemanha, em 1976. Em 1975 e 1978 não houve a realização do Mundial, por incompatibilidade de datas.

Entre 1980 e 2000 o torneio passou a ser patrocinado pela montadora de carros japonesa Toyota e o Mundial passou a ser decidido em jogo único no Japão. O Flamengo foi o primeiro brasileiro a ser campeão na terra do sol nascente, em 1981. Depois vieram o Grêmio (campeão em 1983 contra o Hamburgo-ALE e vice contra o Ajax-HOL em 1995), o São Paulo (bi-campeão em 1992 e 1993 contra Barcelona-ESP e Milan-ITA), o Cruzeiro (vice em 1997 contra o Borussia Dortmund-ALE), o Vasco (vice contra o Ral Madrid-ESP em 1998) e o Palmeiras (vice contra o Manchester United-ING em 1999).

A cobiçada taça de campeão do mundo!

No ano 2000 a Fifa resolveu chancelar o torneio, que foi disputado no Brasil e teve o Corinthians como campeão na primeira vez que a final não teve um representante europeu. O vice ficou com o Vasco. Neste ano o Boca Junior-ARG venceu o tradicional torneio no Japão e tivemos dois campeões mundiais. Entre 2001 e 2004 o torneio voltou a ser disputado apenas no jogo único na Ásia até 2005, quando a Fifa assumiu por completo a organização do torneio.

A partir de então, sete clubes chegam para disputar o Mundial. O campeão de cada continente mais o país anfitrião. Os vencedores da Libertadores e da Champions League só entram nas semifinais. O São Paulo conquistou o título em 2005 contra o Liverpool e o Internacional em 2006 contra o Barcelona. Em 2010 o clube gaúcho caiu na semifinal e pela primeira e única vez na história uma final de Mundial não teve  um representante sul-americano. Em 2011 o Santos foi humilhado pelo Barcelona.

Esta será a 15a. decisão de Mundial envolvendo um brasileiro e um europeu. A vantagem é nossa, pois vencemos oito vezes finais (a última delas em 2006) e perdemos seis (a mais recente ano passado). No confronto geral entre sul-americanos e europeus nos Mundiais a vantagem, entretanto, está com os clubes do velho continente: 25 contra 24 em 49 decisões.

O italiano Milan é o maior vencedor de mundiais na história, com quatro troféus. Mas o futebol brasileiro encabeça o ranking de conquistas por país, ao lado de argentinos e italianos. Foram nove vezes entre os melhores do planeta: três vezes com o São Paulo (1992,93 e 05), duas com o Santos (1962 e 63), e uma vez cada com o Flamengo (1981), Grêmio (1983), Corinthians (2000) e Internacional (2006).

O Corinthians tem a chance de entrar para a galeria dos bi-campeões do mundo, que já possui oito clubes. Caso conquiste a honraria transformará o Brasil no maior vencedor de Mundiais de Clubes, conquista que já possuimos em Copas do Mundo. Argumentos insuficientes para convencer os rivais a apoiar o Timão. Mas que o Corinthians representa o Brasil no Japão é um fato insofismável.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um novo tempo

"No novo tempo, apesar dos castigos, estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos". Estes versos da canção homônima ao título desta postagem, de Ivan Lins, sempre vem à tona nesta época em que o ano se encerrra e fazemos votos de felicidades para o próximo que se avizinha. Mas esta canção do tricolor e pianista poderia servir de trilha sonora para o momento que passa o Flamengo, com a vitória consagradora de Eduardo Bandeira de Mello como novo presidente do clube, derrotando por 500 votos de diferença, Patrícia Amorim.

A chapa azul mobilizou milhares de rubro-negros, capitaneados por ninguém menos que Zico, criarem uma verdadeira onda azul que tomou as redes sociais e mobilizou 8 entre 10 torcedores do clube a pedirem votos para Bandeira de Mello. Tudo fruto de uma equipe de notáveis bem sucedidos empresários, todos claro torcedores do Flamengo. Muita gente que sequer tinha direito a voto se mexeu para tentar mudar os rumos do clube de maior torcida do mundo.

Eduardo Bandeira de Mello, o novo presidente do Flamengo

Para um flamenguista, bastaria que Zico pedisse votos para a chapa azul e ele seria escutado. Mas a vitória do grupo esteve longe de ser só por responsabilidade do Galinho de Quintino. Propostas ousadas e condizentes com o tamanho do clube criaram uma onda de expectativa muito positiva em torno do nome de Wallim Vasconcellos (que teve seu nome impugnado dentro do clube) e posteriormente em Eduardo Bandeira de Mello.

Para cada setor dentro do clube, um especialista renomado ficará responsável pou uma vice-presidência. Wallim Vasconcellos será o diretor geral. Luiz Eduardo Baptista, presidente da Sky, deve ser o responsável pelo marketing. Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central, será o presidente do Comitê de Reestruturação da Dívida do clube. Além destes os homens fortes ainda ficarão alocados nas Finaças (Rodrigo Tostes), Comunicação (Gustavo Oliveira) e Esportes Olímpicos (Alexandre Póvoa).

Zico, apoio de peso.

Assim que foi anunciado como vencedor, Bandeira de Mello tratou de explicar como se dará o processo de criação do comitê gestor do futebol, o carro chefe do clube. Uma equipe irá discutir toda semana os rumos do principal esporte do clube. Zico será uma espécie de conselheiro não remunerado e terá influência sobre todos eles. O clube ainda deve definir quem será o vice de futebol e o diretor executivo que devem trabalhar diretamente com Zinho e Dorival Júnior, caso eles fiquem. A tendência é que permaneçam.

O marketing, que deve ter em Luiz Eduardo Baptista e João Henrique Areias seus nomes fortes, já tem dois patrocínos engatilhados, a rede de combustíveis Ale e a montadora de carros Peugeot. Areias deve implantar no clube um novo modelo de patrocínio, criando uma espécie de rodízio entre os patrocinadores master. Cada um ocuparia o principal espaço da camisa a cada quatro meses, pagando o mesmo valor. Vale lembrar que na gestão de Patricia Amorim o clube ficou mais de um ano sem um patrocinador master.

A vitória de Eduardo Bandeira de Mello é histórica, por representar talvez pela primeira vez na história do Flamengo o anseio de seus 40 milhões de torcedores. Também por significar a chegada ao poder de um grupo de pessoas sérias e que desejam modernizar o clube, que vive de relembrar conquistas do passado. Mas, rubro-negros que são, cada um deles sabe que a responsabilidade é grande, e que a cobrança por resultados é implacável. A torcida os colocou lá. E, como bem vimos com Patrícia Amorim, ela é capaz de tirar. Que todos tenham sorte no comando do maior clube brasileiro!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Balanço do Brasileirão 2012





Terminou mais uma edição do principal campeonato de futebol do Brasil. Desta vez a disputa foi menos empolgante, devido à destacada superioridade do Fluminense ao longo da reta final da competição. O título tricolor coroa a equipe mais regular, fato que faz do sistema de pontos corridos o mais adequado para se definir o campeão brasileiro. Já temos mata-mata na Libertadores, Estaduais e Copa do Brasil. Não é adequado alterar esta fórmula de disputa, que completará dez anos em 2013, um recorde na história da competição.


Além do campeão Fluminense, o Atlético-MG (que ressurgiu praticamente das cinzas ao conseguir sua melhor colocação em um Brasileirão desde 1999), o Corinthians e o Palmeiras estarão na fase de grupos da próxima Copa Libertadores e Grêmio e o São Paulo deverão passar pela fase preliminar, erroneamente chamada de Pré-Libertadores. A princípio disputarão a Sul-Americana em 2013, Vasco, Botafogo, Santos, Cruzeiro, Internacional, Flamengo, Náutico e Coritiba. Digo a princípio porque vai depender da configuração da fase final da Copa do Brasil no próximo ano. E foram rebaixados Sport, Palmeiras, Atlético-GO e Figueirense.

No próximo Brasileiro teremos o retorno do campeão da Série B Goiás, além do Atlético-PR, Criciúma e Vitória. Com o panorama de ascensos e descensos, em 2013 teremos cinco clubes representando o estado de São Paulo, quatro do Rio de Janeiro, dois de Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná. Já os estados de Santa Catarina, Pernambuco e Goiás terão um representante cada.

A seleção do Brasileirão, para o Futebol e Samba:

Goleiro - Diego Cavalieri (Fluminense): Decisivo e regular o campeonato todo. Inquestionável.
Lateral-Direito - Marcos Rocha (Atlético-MG): Importantíssimo no esquema de Cuca, ótimo lateral.
Zagueiro 1 - Gum (Fluminense): Tem limitações, mas fez ótimo campeonato. A raça habitual com gols importantes.
Zagueiro 2 - Leonardo Silva (Atlético-MG): Firme na defesa, surpreendente no ataque. Fez 7 gols.
Lateral-Esquerdo - Carlinhos (Fluminense): Sem ser brilhante foi o menos pior da posição. Estamos carentes neste setor.
Volante 1 - Paulinho (Corinthians): A categoria habitual, marcação segura e saída de bola excelente.
Volante 2 - Jean (Fluminense): O melhor volante do campeonato. O Flu é outro sem ele.
Meia 1 - Lucas (São Paulo): Fará falta enorme ao tricolor. Amadurece a cada jogo.
Meia 2 - Ronaldinho (Atlético-MG): Renasceu no Galo. Brilhou em vários momentos.
Atacante 1 - Bernard (Atlético-MG): Revelação da competição. Joga muita bola o garoto.
Atacante 2 - Fred (Fluminense): Decisivo, artilheiro mortal. O craque do campeonato.
Treinador - Abel Braga (Fluminense): Criticado, mas fez o time do Flu ser o mais competitivo do campeonato.

Que venha o Brasileirão 2013, o campeonato mais equilibrado do planeta! 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sambas-Enredo 2013 - Grupo Especial

Enfim chegou às lojas o CD com os sambas oficias das escolas de samba do Grupo Especial para o carnaval 2013. Nesta segunda, dia seguinte ao Dia Nacional do Samba, como reza a tradição, uma festa servirá de lançamento das obras das 12 agremiações que vão desfilar nos dias 10 e 11 de fevereiro na Marquês de Sapucaí.


Eu considero que a safra de 2013 é certamente uma das mais fracas dos últimos anos, com apenas os sambas de Portela e Vila Isabel fazendo jus aos elogios de sambas bons. Não há uma obra horrorosa, que destoe das demais. As faixas todas são niveladas, infelizmente por baixo. A gravação, como sempre acontece, consegue melhorar alguns sambas ruins na versão concorrente. Vamos à análise de cada faixa:

01. Unidos da Tijuca: A grande campeã de 2012 tem um samba bom para contar o enredo sobre a Alemanha na avenida. É tradição os sambas tijucanos não serem os mais comentados no pertíodo de pré-carnaval, mas crescerem durante os ensaios e renderem bem na avenida. A obra vencedora tem um refrão muito forte e que deve levantar o público no Sambódromo. "Metade do meu coração é Tijuca, a outra metade Tijuca também". Bela interpretação de Bruno Ribas.

02. Salgueiro: Eu disse que os compositores salgueirenses deveriam tirar leite de pedra para fazer um samba sobre a Fama, enredo da escola em 2013. Pois Marcelo Motta e seus parceiros tiraram. A Academia tem um samba muito bom para o carnaval, com destaque para a primeira parte. O trecho que exalta o Salgueiro é de arrepiar, "Tenho fama de fazer história por ser diferente, quem me ama é parte das páginas que escrevi". Não gostei da participção de Xande de Pilares na faixa. Quatro intérpretes é muita coisa!

03. Vila Isabel: Na mina concepção a Vila tem o samba do ano, de autoria da parceria que foi apelidada de "dream team" durante o período de eliminatórias: Arlindo Cruz, Martinho da Vila, André Diniz e Tunico da Vila. Letra e melodia em um casamento perfeito para contar a história do homem do campo no interior do Brasil. Ao contrário de muita gente, discordo de que a participação de Martinho da Vila na faixa ficou estranha. A presença dele e de Arlindo Cruz engrandece ainda mais este maravilhoso samba, candidatíssimo ao Estandarte de Ouro.

04. Beija-Flor: Eu considero o samba da Beija-Flor um dos mais fracos deste ano e também da história da escola. Vai ser muito muito dificil "gritar é campeão", como pede o samba, com um enredo sobre a raça de cavalos mangalarga. Única coisa que salva esta composição é a sempre competente interpretação de Neguinho da Beija-Flor. Também é justo registrar que a gravação melhorou muito a obra em relação à versão concorrente.

05. Grande Rio: Um enredo pra lá de esquisito sobre os royalties do petróleo só poderia dar em um samba esquisito? Não! No caso da agremiação de Caxias a obra surpreende. Longe de ser um primor, mas pelo menos é animado e deve passar bem na avenida. Na verdade o samba enaltece muito mais a escola do que conta o enredo. A volta de Nêgo à escola foi um achado e o novato Emerson Dias não compromete, muito pelo contrário.

06. Portela: Mergulhada na pior crise financeira de sua história, a Portela mostra onde está sua salvação. Um samba espetacular e um enredo sobre o bairro de Madureira que certamente fará muita gente ir às lágrimas quando a escola pisar na avenida. Mais um samba com a grife de Wanderlei Monteiro e seus parceiros. A mesma fórmula usada no sambaço de 2012, com três refrões. Destaque para o principal. Mas como essa diretoria adora fazer uma lambança, mexeram na letra e na melodia do samba. Em vão. A obra continua maravilhosa. Rival da Vila pelo Estandarte de melhor samba.

07. Mangueira: Tal qual a Portela, a Mangueira também está mergulhada em uma enorme crise política-financeira-institucional. Por isso a escola abdicou de homenagear Jamelão (que em 2013 faria 100 anos) para contar a história da cidade de Cuiabá. O samba está longe de ser um primor, mas é muito bom. A gravação ficou bem funcional e os refrões são bem empolgantes. Ivo Meirelles promete colocar duas baterias na avenida.

08. União da Ilha: Um samba decepcionante para um enredo que tinha tudo para render um sambaço: a vida e a obra de Vinicius de Moraes. A Ilha se equivocou muito na escolha deste samba, que é pra lá de comum. Tinham pelo menos dois sambas superiores a este. Para efeito comparativo, o Império Serrano homenageou Vinicius em 2011 e o samba era bem superior. De destaque apenas a sempre brilhante interpretação de Ito Melodia. Uma pena!

09. Mocidade: Os compositores da escola optaram por um samba leve para falar sobre o Rock in Rio. Eu considero o samba da escola bem limitado e o que o faz ele melhorar é a interpretação segura de Luizinho Andanças. A bossa da bateria no refrão do meio no verso "Não... Não existe mais quente" já pegou e deve empolgar na avemida.

10. Imperatriz: Na escola de Ramos aconteceu o mesmo do ocorrido na Ilha. A não escolha do samba de Zé Katimba foi um escândalo. Com todo o respeito aos compositores vencedores, principalmente o Me Leva, u grande ghanhador da escola. O samba não é ruim, mas a Imperatriz, que vinha escolhendo sambas primorosos nos últimos anos, perdeu a chance de ter o samba do ano. Não sei também se vai dar certo a dupla Dominguinhos e Wander Pires na avenida.

11. São Clemente: Eu achei equivocada a escolha da escola de juntar os dois sambas finalistas na final. O samba da parceria de Nelson Amatuzzi era o melhor. Mesmo assim a gravação ficou muito boa e o samba tem a característica principal da São Clemente: é alegre e leve. Com um enredo sobre as telenovelas, o samba usa e abusa dos bordões históricos e dos personagens notáveis. Nota 10 para Igor Sorriso, intérprete da escola.

12. Inocentes de Belford Roxo: A escola que estreia no Grupo Especial escolheu um samba superior a outras obras de escolas tradicionais. E tem um intérprete do primeiro time: Wantuir, que canta o samba ao lado de Thiago Britto. Um samba funcional e alegre para contar o enredo dificil sobre a Coreia do Sul.    

domingo, 2 de dezembro de 2012

A Era Patricia Amorim no Flamengo

Rio de Janeiro, 07 de dezembro de 2009. A maior torcida do Brasil está eufórica. E com toda razão! Afinal, depois de 17 anos de uma agoniosa espera, o Flamengo era o campeão brasileiro de futebol. O hexacampeonato era coroado com uma linda festa no Aterro do Flamengo, em plena segunda-feira. Mas a política do clube também fervia. Naquele início do derradeiro mês de 2009, a vereadora e ex-nadadora do clube Patrícia Amorim se tornava a primeira mulher a presidir o Clube de Regatas do Flamengo.

Suas plataformas de governo eram animadoras e ousadas e suas metas ambiciosas. Tal qual dez entre dez dirigentes do nosso futebol, Patricia queria implantar a profissionalização do clube, em todas as suas esferas. A torcida se animou, pois se tratava de uma renomada ex-atleta. Entretanto, o mandato que chega ao fim agora em 2012 foi um tremendo desastre. Três anos tenebrosos para os 40 milhões de rubro-negros espalhados pelo país.

A gestão de Patricia Amorim foi desastrosa!

Em 2010, seu primeiro ano à frente do clube, ela não teve peito para desfazer a cúpula do futebol que acabara de se sagrar campeã do Brasil depois de muito tempo. Entretanto eram integrantes da antiga diretoria, derrotada nas urnas. Marcos Braz foi mantido e os primeiros meses de 2010 foram caóticos, com as estrelas Adriano e Vagner Love frequentando mais as páginas policiais que as esportivas. Patricia destituiu Braz e mandou embora também Andrade em meio a disputa da Copa Libertadores. Mas o pior ainda estava por vir: a polícia descobriu que o goleiro Bruno, então capitão do time, comandou o assassinato de sua ex-amante, Eliza Samúdio.

O mundo desabava sobre a cabeça de Patricia e ela fez o que nenhum outro dirigente conseguira até então: fazer o ídolo maior da nação Zico, assumir um cargo dentro do clube. Como novo executivo do futebol o Galinho de Quintino foi fritado o tempo todo por integrantes do Conselho do clube, principalmente pelo polêmico Leonardo Ribeiro, o capitão Léo. O dirigente acusou Zico de lesar os cofres do clube depois da parceria com o CFZ, o que fez o ex-jogador sair do clube pela porta dos fundos. Uma humilhação que Zico não merecia passar.

Zico não recebeu o tratamento que um ídolo merece!

2011 foi mais tranquilo, ou menos caótico. Patricia chegou a cair nas graças da torcida ao trazer ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho no início do ano. Vanderlei Luxemburgo já era o técnico da equipe e o Fla conquistou seu único título na gestão da presidente no futebol: o Carioca de maneira invicta. O clube também conseguiu retornar à Libertadores ao terminar o Brasileiro no G4.

Entretanto a falta de comando no futebol e um departamento de marketing altamente incompetente fizeram o sonho de ter Ronaldinho se transformar em um verdadeiro pesadelo. A parceria com a Traffic (responsável por pagar a maior parte dos vencimentos do jogador) caiu por terra e os salários passaram a atrasar. O jogador passou a não se dedicar como deveria e as brigas com Luxa se intensificaram. O ano acabou mal e 2012 se anunciava pior.

Ainda na pré-temporada do clube, o Fla perdeu Thiago Neves para o rival Fluminense e Ronaldinho e Luxemburgo romperam de vez. O treinador acabou demitido depois de classificar o time para a fase de grupos da Libertadores e Ronaldinho ganhou carta branca para fazer o que bem entendia. O que se viu na principal competição do ano foi uma campanha vexatória, com a eliminação ainda na primeira fase.  O então camisa 10 rubro-negro deixou o clube da pior maneira possível, ao acionar o Flamengo na justiça e cobrar uma dívida de R$ 40 milhões por quebra de contrato. O time se esfacelou ao longo da temporada, chegando a brigar contra o rebaixamento. O ano termina de forma melancólica para o torcedor, uma tônica nos três anos de gestão Patricia Amorim.

Ronaldinho chegou como ídolo e saiu colocando o clube na justiça!

A realidade é que a presidente se perdeu desde os primeiros dias de mandato e suas virtudes foram apenas iniciar a construção do CT em Vargem Grande, modernizar a sede social da Gávea, colocar o competente Zinho como gestor do futebol e recolocar o Flamengo nos trilhos das conquistas no esporte amador. É muito pouco em três anos de mandato. E é muito provável que ele esteja acabando.

Pesquisas internas dão conta de uma consagradora vitória da Chapa Azul, chefiada pelo empresário Eduardo Bandeira de Mello, no pleito desta segunda na Gávea. Um duro golpe no grupo político de Patricia. Notícias de bastidores apontaram de que a quase ex-presidente tentou uma desesperada cartada final de se unir com Bandeira de Mello ou Jorge Rodrigues (Chapa Rosa), mas os integrantes de ambas descartaram. 

Para o torcedor do Flamengo, Patrícia Amorim já vai tarde.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Populismo no Futebol

Um dos mais antigos estratagemas políticos, é a prática do populismo. Tal prática significa agradar as massas (o chamado povão) com medidas nem sempre acertadas, mas indiscutivelmente populares. Pois foi desta forma que o presidente da CBF José Maria Marin agiu ao escolher Luiz Felipe Scolari, o Felipão, para ser o técnico da seleção brasileira, em substituição a Mano Menezes. A manobra política que destituiu o ex-treinador de Corinthians e Grêmio, derrubou também Andrés Sanchez e fez retornar, além de Felipão, o tetra-campeão Carlos Alberto Parreira.

Marin é um politico tarimbado, já tendo sido vereador, vice-governador e até governador em São Paulo. Ele deixou bem claro na coletiva de apresentação de Parreira e Felipão, que o "povo brasileiro está satisfeito" com a escolha e que agora sim irá abraçar a seleção brasileira. O próprio Parreira disse que é "preciso trazer o povo para junto da seleção". Mais parecia um discurso inflamado de um deputado da Arena, o partido da ditadura militar.

A escolha de Parreira para a vaga de diretor-técnico, justiça seja feita, eu considerei acertada. O cargo de diretor de seleções, deixado vago por Andrés Sanchez, foi extinto. Parreira tem bagagem internacional e está indo para seu oitavo Mundial, além de possuir o nível desejado que a liturgia do cargo exige. Características que faltavam no bronco Andrés Sanchez.

Felipão volta à Seleção. "O hexa é obrigação"

Respeito muito o currículo de Felipão como treinador e como qualquer brasileiro lhe sou grato pela conquista do penta-campeonato mundial, em 2002. Entretanto já se passaram dez anos e Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu e Marcos já deixaram o futebol e a nossa seleção hoje não é mais o bicho papão de outrora. Felipão, que é um exímio ganhador de títulos, viu suas conquistas minguarem no período. Tanto que desde 2002 conquistou o pífio campeonato nacional do Uzbequistão em 2009 e a Copa do Brasil neste ano com o Palmeiras. E só.

Felipão fez um péssimo trabalho no Palmeiras, tendo sido responsável direto pelo rebaixamento do clube paulista no atual Campeonato Brasileiro. Sua escolha para comandar a seleção brasileira é muito mais baseada em superstição do que em seus recentes trabalhos que, reitero, foram muito ruins. Marin acredita em uma reedição da Família Scolari para conquistar o hexa jogando em solo brasileiro. E Felipão já disse que conquistar a Copa "é obrigação. É o popular jogar pra galera!  

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Manobra política

Mano Menezes assumiu a seleção brasileira em agosto de 2010, depois de uma má campanha na Copa do Mundo da África do Sul, com o objetivo de fazer uma renovação no time, que disputou o mundial com a maior média de idade da história. A equipe de Mano fracassou na principal competição que disputou, a Copa América e nos amistosos contra as principais seleções do mundo. Sem falar na vexatória derrota na final olímpica. Mas sua demissão acontece justamente no momento em que o gaúcho vivia seu melhor momento no comando do time, com uma escalação aprovada pela maioria dos torcedores, algo raro.

Fato que nos leva a pensar que o treinador foi afastado muito mais por uma manobra política, do que por uma análise fria de seus resultados. Mano Menezes foi contratado por Ricardo Teixeira e recebeu imenso lobby de Andres Sanchez, com quem trabalhara no Corinthians. Pois com a saída de Teixeira e a chegada do grupo de José Maria Marín ao poder na CBF, tanto Mano quanto Sanchéz vêm sendo fritados. Marín nunca escondeu sua predileção por Felipão. Sanchéz foi voto vencido e também não deve durar no cargo de diretor de seleções.

Demissão de Mano pegou todo mundo de surpresa.

Acredito que a decisão de retirar Mano do cargo tenha sido tomada ainda em agosto, ao final das Olimpíadas de Londres, quando a seleção brasileira mais uma vez fracassou no intuito de trazer o ouro olímpico. De lá pra cá, Mano acertou o time com as entradas de Paulinho e Ramires na cabeça de área e o retorno de Kaká, que ao lado de Oscar comandava o meio-campo. Restava definir se Neymar jogaria ao lado de um centro-avante ou se atuaria com outro atacante que atasse pelo lado do campo, como o próprio atleta do Santos.

Mano Menezes foi escolhido para comandar a seleção depois da recusa de Muricy Ramalho, que não queria romper o contrato recém iniciado com o Fluminense. Em pouco mais de dois anos à frente do Brasil, disputou 40 partidas, com 27 vitórias, seis empates e sete derrotas. Aproveitamento superior a 70%. Entretanto a seleção fracassou na Copa América (ao cair nas quartas de final) e nas Olimpíadas (ao ficar com a prata). A principal crítica ao trabalho de Mano: nenhuma vitória contra os times principais das maiores seleções do mundo, como Argentina, Alemanha e França.

Felipão é o favorito de Marín e seu grupo político e sua recusa em assumir o Grêmio recentemente pode ser sintomática. O grupo de Sanchéz quer emplacar Tite, que caso seja campeão do mundo com o Corinthians pode ganhar força. O jornalista Lúcio de Castro, da ESPN, publicou em seu blog que Sanchéz irá romper com Marín e deve sair candidato à presidência da CBF. E no meio destas negociatas e reuniões à portas fechadas está o time brasileiro, que à seis meses da Copa das Confederações e há um ano e meio da Copa do Mundo, precisa de uma definição urgente de seu novo comandante.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Porquê o Palmeiras caiu

Dez anos depois de sofrer o primeiro rebaixamento de sua história, o Palmeiras, um dos gigantes do futebol brasileiro voltará a jogar a Série B no ano que vem. A queda se consumou com duas rodadas de antecipação depois do empate por 1 a 1 com o Flamengo somada à vitória do Bahia sobre a Ponte Preta (1x0) e o empate (2x2) entre Portuguesa e Grêmio. O Verdão atingiu os 34 pontos e só pode chegar a 40, insuficentes para deixar o Z-4.

Uma das máximas do futebol brasileiro diz que quando um clube grande cai, ele volta ainda mais forte. Mas com o Palmeiras isso não aconteceu. A realidade é que desde o fim da parceria com a Parmalat, que fez o clube paulista dominar o futebol brasileiro nos anos 90, o alvi-verde outrora imponente faz campanhas pífias. Entre 2002 e 2012 o Palmeiras só conquistou três títulos: a Série B de 2003, o Paulista de 2008 e a Copa do Brasil neste ano.

A queda se consumou nesta rodada, mas já era esperada há muitas.

A falta de um departamento de futebol com autonomia política faz com que o Palmeiras seja o clube grande que mais sofra com brigas internas que claro refletem-se dentro das quatro linhas. Os anos de glórias e conquistas serviram para esconder a crônica incompetênciam administrativa que assola o clube há anos. Tinha-se dinheiro e time, mas não aproveitou-se aquele momento para se estruturar. A parceria acabou e a falta de dinheiro aliada aos problemas políticos só fazem o time piorar ano a ano.

Em 2011 Felipão chegou e o clube conseguiu, quase que milagrosamente, vencer a Copa do Brasil este ano. Mas o preço a pagar por esta conquista é ter que jogar a Série B em 2013. Sim, pois o Palmeiras escalou um time inteiro de reservas em várias rodadas, sem ter elenco pra isso. A saída de Felipão e a chegada de Gilson Kleina aconteceu já em um momento derradeiro do campeonato. O Palmeiras só venceu nove jogos (em 36) e sofreu 20 derrotas. Não dá nem para dizer que houve injustiça!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Incontestável

Uma das maiores virtudes da fórmula de pontos corridos é sempre conferir justiça a quem é campeão, uma vez que sempre vence quem soma mais pontos. Mas poucas vezes se viu um campeão tão incontestável em um Campeonato Brasileiro. Com três rodadas de antecipação o Fluminense confirmou o que quase todo mundo já sabia que iria acontecer, só restava definir quando: o tetra-campeonato brasileiro. Dono da melhor campanha da história da era dos pontos corridos, desde que 20 clubes passaram a disputá-lo em 2006, o Flu tem o melhor ataque, a melhor defesa, o maior número de vitórias e o menor de derrotas, além do artilheiro isolado do campeonato, Fred com 19 gols.

Os críticos do estilo de jogar do time de Abel alegam que o clube ganha seus jogos sem apresentar nenhum brilhantismo. Pode até ser, mas o fato é que o Fluminense se tornou um time mortal e traiçoeiro, que dá uma falsa impressão de domínio ao adversário e nas raras oportunidades que tinha, matava o jogo. O tricolor de Abel Braga neste 2012 foi talvez o time que mais comprovou aquela famosa tese futebolística, de que quem não faz leva!

Fred foi o craque do campeonato

Outro ponto que fez do Fluminense o grande campeão de 2012 com três rodadas de antecipação foi possuir em seu elenco jogadores acostumados a títulos e com talento de sobra para resolver um jogo com uma bola, uma chance. Um goleiro espetacular e que garantiu vários pontos, como Diego Cavalieri. Um volante moderno e que faz muito mais que destruir jogadas, como Jean. Um meia que alia muita técnica a uma disposição incrível, como Thiago Neves e um atacante implacável, como Fred, auxiliado pelo talentoso e ousado Wellinton Nem. Sem falar de Deco, que pouco joga e dos reservas de luxo Wagner e Rafael Sóbis, que jogariam em qualquer elenco como titulares.

Como sempre acontece no futebol brasileiro, sempre que um clube conquista um título uma chuva de insinuações de isso ou daquilo toma conta dos noticiários. Os adversários, que não tiveram a mesma competência do Flu, afirmam que as arbitragens ajudaram, mas é muito estranho que os dez pontos de vantagem consolidados sobre o segundo colocado tenham sido obra de um esquema de favorecimento. Impossível acreditar. A verdade é que o quarto título brasileiro do Fluminense pode ser definido em uma só palavra: Incontestável!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O futebol perdeu

Existem teses e mais teses das mais diversas áreas do conhecimento sobre a angustiante derrocada na carreira de Adriano. Desde o ano de 2009, quando ele deu um título brasileiro ao Flamengo depois de 17 anos de jejum, que jamais voltamos a ver o Imperador em campo. Vimos um Adriano meia boca algumas vezes, mas jamais o Imperador. O atacante parece ter definitivamente perdido a batalha para o vício do álcool.

Adriano não tem qualquer problema moral ou desvio de caráter, muito pelo contrário, quem o conhece afirma que se trata de um rapaz de bom coração. Seu desapego à profissão e sua falta de comprometimento não acontecem porque ele quer. Tudo isso se dá devido à uma doença que acomete milhares de pessoas em todo o mundo, o alcoolismo. E deve ser tratada como qualquer outra, e não taxada de desvio moral ou de conduta.


Enquanto Adriano não se convencer de que ele precisa de tratamento, não digo nem que ele terá seu fim no futebol, mas que sua vida estará em risco e ele pode terminar da mesma forma que acabaram Garrincha, Heleno, Maradona e mais recentemente o argentino Ariel Ortega. Todos grandes jogadores que foram derrotados pelo vício.

O Flamengo, clube formador e de coração de Adriano, fez o que pode neste caso. Abriu suas portas, recuperou o atleta clinicamente, ofereceu salários e condições para sua recuperação. O ex-Imperador não fez a sua parte e não restava mais nada que o clube pudesse fazer. Ele se recusa a parar e promete um retorno. Na minha opinião a breve carreira de Adriano está encerrada. É uma triste derrota do futebol!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A derrocada vascaína

O Vasco renasceu em 2011, quando foi campeão da Copa do Brasil encerrando um jejum de 11 anos sem grandes conquistas e disputou o título do Brasileiro até o fim e chegou até a semifinal da Copa Sul-Americana. Em 2012, entretanto, o clube perdeu Rodrigo Caetano, o dirigente que reorganizou o futebol vascaíno depois da queda para a Série B em 2008. Com um bom elenco de jogadores e um treinador competente, mas injustiçado, o clube fez bom papel na Libertadores (caiu para o campeão Corinthians com um gol aos 43 minutos do segundo tempo) e no Brasileiro, até o meio do ano, vinha brigando pelo primeiro lugar.

Entretanto, Roberto Dinamite negociou quatro dos principais jogadores do time. Foram embora de uma só vez, Diego Souza, Allan, Rômulo e Fagner. Nenhum time suporta tamanho desmanche sem cair de rendimento. Se no primeiro turno o Vasco terminou entre os quatro melhores, no returno a campanha vascaína é de clube rebaixado: 15 pontos em 13 jogos e um aproveitamento pífio de 38%. O resultado é que o clube deixou o G4 depois de ficar 54 rodadas por lá e só um verdadeiro milagre fará o Vasco chegar à Libertadores em 2013. E para piorar o ídolo Dedé sofreu uma fratura e só volta a jogar no próximo ano.

Jogadores do Vasco em reunião. Campanha pífia no segundo turno.

Dinamite alegou, à época que se desfez dos atletas, que o dinheiro em caixa estancaria um pouco a grave crise financeira que o clube vem enfrentando. Mas o que se vê no clube são salários atrasados, jogadores insatisfeitos e até a conta de água o clube atrasou, causando rompimento do fornecimento e uma enxurrada de piadas dos rivais nas redes sociais. O fato é que o presidente vascaíno está isolado no comando do clube, uma vez que a maioria dos conselheiros que lhe ajudaram a se reeleger o abandonou e já está se mobilizando para enfrentar o próprio Roberto no pleito do ano que vem.

A torcida perdeu a paciência com o time e protestou muito depois da vexatória derrota (a quarta seguida) para o inoperante Inter em pleno São Januário. Entretanto, o torcedor vascaíno em sua maioria tem parcela de culpa na queda do time. Sim, porque perseguiu de maneira injustificada o treinador Cristóvão Borges, até que ele foi demitido. Com o treinador, o Vasco viveu seus melhores momentos e, mesmo após a debandada de jogadores, conseguiu vitórias e se manteve no G4 de maneira surpreendente.

O Vasco precisa se reorganizar internamente, reforçar-se para 2013 e planejar a próxima temporada. O trabalho de Marcelo Oliveira até aqui é decepcionante, mas ele pode fazer pouca coisa sem um grupo de jogadores qualificados. A distância para o G4 está em 5 pontos e, restando 15 pontos a disputar, matematicamente é possível, mas o futebol apresentado e a crise interna indicam que o clube irá ainda perder posições até o fim do Brasileiro. O Vasco já está de férias.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

R49 x R10

Quando Ronaldinho deixou o Flamengo pela porta dos fundos, uma enquete no site do Esporte Espetacular indicava que nenhuma das torcidas dos clubes da Série A queria o jogador no seu clube. Em alguns casos o índice de rejeição chegava aos 80%. O Atlético-MG trabalhou rápido e anunciou Ronaldinho menos de 24 horas depois que ele deixara o Flamengo. Rapidamente os atleticanos trataram de comemorar e enaltecer o craque, uma esquizofrenia bastante comum ao torcedor atleticano.

Exceção feita aos torcedores mais inflamados do Galo, todos acreditavam que a chegada de Ronaldinho iria afundar o Atlético. Ronaldinho escolheu a camisa 49 e deixou de ser o apagado R10 para se tornar o excelente R49. Logo em suas primeiras partidas pelo clube mineiro, Ronaldinho mostrava que seguia sendo um fora de série. A bela campanha atleticana no primeiro turno foi capitaneada por ele, que claro rapidamente se tornou ídolo da massa atleticana.

R49: o craque ressurge!

Mas o que tem o R49 que faltou em R10? A resposta é simples: o Ronaldinho do Atlético tem motivação. E acima de tudo é muito cobrado pelo presidente do Atlético, o falastrão Alexandre Kalil. Cobranças que podem e devem ser feitas, afinal Ronaldinho tem a melhor estrutura do Brasil à sua disposição e recebe religiosamente em dia os seus honorários. No Flamengo ele fazia o que bem entendia e o mês durava 90, 120 dias. Isso faz total diferença.

Ronaldinho não é nem de longe o craque deste campeonato e seu futebol se tornou irregular, como todo o time do Atlético, a partir do segundo turno. Mas sua atuação de gala diante do líder Fluminense evidencia o quanto ele é diferenciado. Ele não precisa ser testado e nem provar mais nada a ninguém. Por isso sou contra sua volta para a seleção neste momento. Mas se, em 2013, às vésperas da Copa das Confederações ou, em 2014, às vésperas da Copa do Mundo, estiver jogando 60, 70% do que pode, a camisa 10 do Brasil tem que ser dele!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Qual o segredo do Fluminense?

Líder absoluto com vantagem de seis pontos para o segundo colocado, o Fluminense desponta como o time a ser batido na luta pelo título de campeão brasileiro em 2012. Mesmo quando o time de Abel Braga não atua bem, vence. Caso do Fla x Flu deste domingo, onde o Flamengo perdeu um caminhão de gols, fez uma partida aplicada e até pênalti perdeu. Entretanto, bastou um vacilo do rubro-negro para Fred decidir a partida para o tricolor. Assim como aconteceu no primeiro turno, deu Flu mesmo com o rival jogando mais.

Eu acho que o grande segredo desta equipe não tem nada de secreto. O Fluminense tem um elenco muito qualificado e conta com jogadores acima da média, capazes de decidir uma partida em uma bola. Desta vez foi Fred quem decidiu. Mas em outras oportunidades foram Deco ou Thiago Neves. Três jogadores fora de série e decisivos. Basta para se fazer um time campeão. Para efeito de comparação: o Fla teve inúmeras chances, uma delas em um pênalti, mas ninguém decidiu. Eis a diferença.

Fred precisou de uma bola para decidir.

Em 2009 o Flamengo conseguiu o título contando com dois atletas fora de série: Petkovic e Adriano. Em 2010 o próprio Flu tinha Fred, Deco e Conca. Ano passado o Corinthians tinha Emerson Sheik. Além dos foras de série, o Flu de 2012 tem um sistema defensivo sólido e um goleiro em uma fase mágica. Diego Cavalieri já garantiu vários pontos para o tricolor, assim como Fred, Deco e Thiago Neves já o fizeram.

Outro grande mérito do tricolor são as opções que Abel Braga pode dispor em seu banco de reservas. Se Fred não pode jogar ele tem os garotos Marcos Júnior e Samuel como opções. Sem falar em Rafael Sóbis para a vaga de Wellington Nem. Há ainda Wagner, que sempre substitui Deco ou Thiago Neves com muita qualidade. Some-se a isso alguma dose de sorte e um elenco muito experiente. Características que fazem do Fluminense um virtual favorito ao tetracampeonato brasileiro.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

É chegada a hora da decisão

Desde meados de agosto teve início o período que todo sambista de verdade mais gosta: as eliminatórias de samba-enredo nas escolas de samba. Com a chegada de outubro a partir desta segunda a cada dia teremos um samba escolhido. Ainda em setembro (já neste sábado) a Mangueira abre a maratona, que será encerrada no dia 20 de outubro, com a escolha na atual campeã, a Unidos da Tijuca.

Algumas escolas já estão com sambas finalistas e outras ainda possuem mais obras na disputa. Este post irá descrever a quantas andam as eliminatórias em cada agremiação do Grupo Especial, com direito a links para ouvir os sambas e as datas de cada final. Começando pela grande final na Estação Primeira de Mangueira!

Finais de samba agitam as quadras
29 de setembro - Mangueira: Como o enredo da verde e rosa em 2013 será a cidade de Cuiabá, a escola fez eliminatórias na capital do Mato Grosso também. E na final deste sábado um dos sambas na briga foi composto por cuiabanos. Mas a realidade é que a obra vinda do Centro-Oeste é muito fraca e só chegou à final por pressão política dos governantes sul-matogrossenses. Caso a Mangueira escolha este samba estará fadada a perder ponto em samba-enredo. Se quiser levar um samba de acordo com as tradições da escola a composição de Igor Leal, Jr. Fionda, Lequinho e Paulinho Carvalho deve ser a escolhida. Nem era o meu preferido, mas dos finalistas é disparado o melhor e o favorito da comunidade. Mas em se tratando de Ivo Meirelles tudo pode acontecer!

05 de outubro - São Clemente: Uma curiosidade interessante nesta final da São Clemente: o ex-intérprete da escola Leonardo Bessa gravou para as parcerias de Helinho 107 (maior campeão da escola) e de Gabriel Poeta, que compôs sozinho sua obra. Na minha opinião o samba da parceria de Nelson Amatuzzi é a mais adequada para defender o enredo sobre as telenovelas. Abusa dos históricos bordões que marcaram época na TV brasileira, além de ser irreverente, bem de acordo com a identidade da escola. Mas derrotar Helinho 107 e Leonardo Bessa não é tarefa simples!

11 de outubro - Salgueiro: O polêmico enredo sobre a Fama foi pauta até nas eleições municipais este ano. No momento que escrevo este post o Salgueiro tem ainda quatro sambas na disputa, e portanto ainda não são todos finalistas, pois até a grande final do dia 11 teremos outras eliminatórias. Mesmo assim acredito que o samba de Marcelo Motta e seus parceiros deverá levar de novo na escola tijucana. O refrão tem a cara da escola e de Quinho, seu principal intérprete. O samba de Moisés Santiago também tem muita força. São os favoritos! Vale destacar que a comunidade da escola terá direito a votar no seu samba preferido. Um feito inédito na história das eliminatórias de samba-enredo no Rio de Janeiro.

12 de outubro:
-Portela: Tal qual ocorreu em 2012 com uma obra antológica, a parceria favorita em Oswaldo Cruz é a de Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo e seus parceiros. Entretanto, a obra para 2013, que homenageia o bairro de Madureira, é inferior à composição deste ano e deve sofrer uma pesada concorrência do samba composto por Neyzinho do Cavaco e seus parceiros. Outros 3 sambas ainda seguem vivos na Portela até a grande final de outubro.

-Inocentes de Belford Roxo: Estreante no Grupo Especial em 2013 a escola da baixada errou na escolha do enredo e está fadada ao rebaixamento, a verdade é essa. E tal qual fez na Renascer de Jacarepaguá este ano, Claudio Russo (o compositor mais vencedor de sambas-enredo nos últimos anos) colocou uma parceria na agremiação que levará para a avenida uma homenagem à Coreia do Sul em 2013. E Russo deve sair de lá com mais uma vitória, uma vez que as outras obras estão muito aquém da qualidade que o Grupo Especial exige. Ainda são cinco os sambas em disputa na Inocentes até a final no feriado de 12 de outubro.

13 de outubro:
-Grande Rio: Ainda são cinco as obras que seguem vivas na disputa em Caxias no momento da confecção deste post. Uma ou duas eliminatórias devem ocorrer até a grande final do dia 13. Três destas obras devem chegar lá e a grande favorita para ser o hino da agremiação em 2013 é a parceria encabeçada por Edispuma, que vem vencendo na Grande Rio nos últimos anos. Entretanto em uma das parcerias está presente o diretor de carnaval da Portela (Junior Escafura), o que eu considero suspeito e uma enorme falta de ética, fato corriqueiro no mundo do samba hoje em dia. No meu gosto o samba de Edispuma é o mais adequado para representar o enredo sobre a defesa dos royalties do petróleo para o Rio de Janeiro em 2013.

-Vila Isabel: Depois de um sambaço em 2012, a Vila tem uma parceria que mais parece uma seleção de sambistas. Durante o período de eliminatórias a junção de Martinho da Vila, Arlindo Cruz, André Diniz, Leonel e Tunico da Vila (filho de Martinho), foi apelidada de "dream team", em alusão ao time de basquete americano formado para as Olimpíadas de 1992. O samba ficou lindo, mas na minha visão é inferior à obra feita por Arlindo para o enredo sobre Angola em 2012. Mesmo assim deve ser aclamado no próximo dia 13 como hino oficial da escola, já que não tem concorrentes à sua altura. O enredo da Vila para 2013 é sobre a vida do homem do campo.

-União da Ilha: A escola que possui alguns dos maiores sambas-enredo da história escolheu um enredo que tem tudo para render ótimos sambas: o poeta Vinicius de Moraes. Seis sambas ainda seguem na disputa e será difícil para a direção escolher o vencedor. Duas obras são favoritas: as parcerias de Walkir (que tem o prata da casa Quinho defendendo o samba na escola) e de Marcinho. Eu espero que sejam mentiras os boatos que vi nas redes sociais, dando conta de que a parceria do jornalista da Rede Globo Alex Escobar já teria a vitória prometida. Seria uma várzea completa.

14 de outubro - Mocidade: Surpreendentemente temos uma boa safra de sambas em Padre Miguel. Não pela ala de compositores da escola que é muito boa, mas pelo enredo ser o Rock in Rio. A parceria liderada por Ricardo Mendonça deve ser a vencedora, pois tem dois refrões muito fortes e que prometem sacudir a galera. Eu continuo achando que a introdução daquele "ô, ô, ô, Rock in Rio" no meio do samba dá uma quebrada. Mas como quase todos os sambas têm isso, deve ter sido imposição do "Rir". Ainda são cinco os sambas na disputa na Mocidade e ainda teremos eliminatórias até a grande final. Destaco ainda as composições encabeçadas por Jeffinho Rodrigues e Jota Giovani.

17 de outubro - Imperatriz: Ainda faltando aproximadamente três semanas para a escolha do samba em Ramos, no momento do post restam sete obras disputando na Imperatriz. Mas a escola já tem o seu hino para contar a história do estado do Pará e me arrisco a dizer que é o samba do ano dentre todas as agremiações, independente do grupo. A composição solo do lendário Zé Katimba é simplesmente sensacional e também possui três refrões, como o samba da Portela para 2012. Se a escola optar por outra obra terá dado um enorme tiro no pé. Lembro que está sendo realizada uma eliminatória no Pará, que classificará uma obra para a grande final do dia 17. Eu duvido que tenha algum samba que possa fazer frente à Zé Katimba. Conversando com torcedores da escola, esse samba já venceu e em caso de surpresa a agremiação vai perder adeptos para esse carnaval. Jefferson Lima e Marquinhos Lessa devem brigar pela outra vaga na final.

18 de outubro - Beija-Flor: Assim como o Salgueiro fará, a Beija-Flor de Nilópolis também dará voz à comunidade na escolha do samba-enredo que versará sobre a história da raça de cavalos manga-larga marchador. Na minha visão a escola nilopolitana tem uma das safras mais fracas de sambas para 2013. Pelo menos entre as grandes escolas. Óbvio que um enredo como este prejudica muito. Cinco sambas ainda seguem vivos na disputa e haverá uma semifinal (no dia 11) até a grande final do dia 18. A composição de J Veloso, com participação especial (!?) de Claudio Russo, deve vencer. A obra de Amendoim do Samba também tem chances.

20 de outubro - Unidos da Tijuca: Campeão do carnaval em 2012, a Tijuca foi a última das grandes escolas a iniciar sua disputa de samba-enredo e também será a última a escolher seu hino oficial para 2013, para contar a história da Alemanha. Ainda são seis as obras vivas na agremiação tijucana. Os favoritos são as parcerias comandadas por Júlio Alves, Jorge Remédio e do atual campeão Josemar Manfredini, favorito novamente pois tem um refrão muito forte.

Enfim, este foi um guia do Futebol e Samba para o sambista acompanhar as finais de samba-enredo do Grupo Especial, seja comparecendo às quadras ou acompanhando pela internet (a Rádio Tupi, a Rádio Arquibancada e os sites Carnavalesco e SRZD transmitem as finais online). Assim que a
última escola definir seu samba e tivermos a safra de 2013 completa, voltarei a escrever sobre a expectativa dos sambas-enredo para o próximo carnaval.