quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O futebol perdeu

Existem teses e mais teses das mais diversas áreas do conhecimento sobre a angustiante derrocada na carreira de Adriano. Desde o ano de 2009, quando ele deu um título brasileiro ao Flamengo depois de 17 anos de jejum, que jamais voltamos a ver o Imperador em campo. Vimos um Adriano meia boca algumas vezes, mas jamais o Imperador. O atacante parece ter definitivamente perdido a batalha para o vício do álcool.

Adriano não tem qualquer problema moral ou desvio de caráter, muito pelo contrário, quem o conhece afirma que se trata de um rapaz de bom coração. Seu desapego à profissão e sua falta de comprometimento não acontecem porque ele quer. Tudo isso se dá devido à uma doença que acomete milhares de pessoas em todo o mundo, o alcoolismo. E deve ser tratada como qualquer outra, e não taxada de desvio moral ou de conduta.


Enquanto Adriano não se convencer de que ele precisa de tratamento, não digo nem que ele terá seu fim no futebol, mas que sua vida estará em risco e ele pode terminar da mesma forma que acabaram Garrincha, Heleno, Maradona e mais recentemente o argentino Ariel Ortega. Todos grandes jogadores que foram derrotados pelo vício.

O Flamengo, clube formador e de coração de Adriano, fez o que pode neste caso. Abriu suas portas, recuperou o atleta clinicamente, ofereceu salários e condições para sua recuperação. O ex-Imperador não fez a sua parte e não restava mais nada que o clube pudesse fazer. Ele se recusa a parar e promete um retorno. Na minha opinião a breve carreira de Adriano está encerrada. É uma triste derrota do futebol!

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