quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Populismo no Futebol

Um dos mais antigos estratagemas políticos, é a prática do populismo. Tal prática significa agradar as massas (o chamado povão) com medidas nem sempre acertadas, mas indiscutivelmente populares. Pois foi desta forma que o presidente da CBF José Maria Marin agiu ao escolher Luiz Felipe Scolari, o Felipão, para ser o técnico da seleção brasileira, em substituição a Mano Menezes. A manobra política que destituiu o ex-treinador de Corinthians e Grêmio, derrubou também Andrés Sanchez e fez retornar, além de Felipão, o tetra-campeão Carlos Alberto Parreira.

Marin é um politico tarimbado, já tendo sido vereador, vice-governador e até governador em São Paulo. Ele deixou bem claro na coletiva de apresentação de Parreira e Felipão, que o "povo brasileiro está satisfeito" com a escolha e que agora sim irá abraçar a seleção brasileira. O próprio Parreira disse que é "preciso trazer o povo para junto da seleção". Mais parecia um discurso inflamado de um deputado da Arena, o partido da ditadura militar.

A escolha de Parreira para a vaga de diretor-técnico, justiça seja feita, eu considerei acertada. O cargo de diretor de seleções, deixado vago por Andrés Sanchez, foi extinto. Parreira tem bagagem internacional e está indo para seu oitavo Mundial, além de possuir o nível desejado que a liturgia do cargo exige. Características que faltavam no bronco Andrés Sanchez.

Felipão volta à Seleção. "O hexa é obrigação"

Respeito muito o currículo de Felipão como treinador e como qualquer brasileiro lhe sou grato pela conquista do penta-campeonato mundial, em 2002. Entretanto já se passaram dez anos e Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu e Marcos já deixaram o futebol e a nossa seleção hoje não é mais o bicho papão de outrora. Felipão, que é um exímio ganhador de títulos, viu suas conquistas minguarem no período. Tanto que desde 2002 conquistou o pífio campeonato nacional do Uzbequistão em 2009 e a Copa do Brasil neste ano com o Palmeiras. E só.

Felipão fez um péssimo trabalho no Palmeiras, tendo sido responsável direto pelo rebaixamento do clube paulista no atual Campeonato Brasileiro. Sua escolha para comandar a seleção brasileira é muito mais baseada em superstição do que em seus recentes trabalhos que, reitero, foram muito ruins. Marin acredita em uma reedição da Família Scolari para conquistar o hexa jogando em solo brasileiro. E Felipão já disse que conquistar a Copa "é obrigação. É o popular jogar pra galera!  

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