"No novo tempo, apesar dos castigos, estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos". Estes versos da canção homônima ao título desta postagem, de Ivan Lins, sempre vem à tona nesta época em que o ano se encerrra e fazemos votos de felicidades para o próximo que se avizinha. Mas esta canção do tricolor e pianista poderia servir de trilha sonora para o momento que passa o Flamengo, com a vitória consagradora de Eduardo Bandeira de Mello como novo presidente do clube, derrotando por 500 votos de diferença, Patrícia Amorim.
A chapa azul mobilizou milhares de rubro-negros, capitaneados por ninguém menos que Zico, criarem uma verdadeira onda azul que tomou as redes sociais e mobilizou 8 entre 10 torcedores do clube a pedirem votos para Bandeira de Mello. Tudo fruto de uma equipe de notáveis bem sucedidos empresários, todos claro torcedores do Flamengo. Muita gente que sequer tinha direito a voto se mexeu para tentar mudar os rumos do clube de maior torcida do mundo.
Eduardo Bandeira de Mello, o novo presidente do Flamengo |
Para um flamenguista, bastaria que Zico pedisse votos para a chapa azul e ele seria escutado. Mas a vitória do grupo esteve longe de ser só por responsabilidade do Galinho de Quintino. Propostas ousadas e condizentes com o tamanho do clube criaram uma onda de expectativa muito positiva em torno do nome de Wallim Vasconcellos (que teve seu nome impugnado dentro do clube) e posteriormente em Eduardo Bandeira de Mello.
Para cada setor dentro do clube, um especialista renomado ficará responsável pou uma vice-presidência. Wallim Vasconcellos será o diretor geral. Luiz Eduardo Baptista, presidente da Sky, deve ser o responsável pelo marketing. Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central, será o presidente do Comitê de Reestruturação da Dívida do clube. Além destes os homens fortes ainda ficarão alocados nas Finaças (Rodrigo Tostes), Comunicação (Gustavo Oliveira) e Esportes Olímpicos (Alexandre Póvoa).
Zico, apoio de peso. |
Assim que foi anunciado como vencedor, Bandeira de Mello tratou de explicar como se dará o processo de criação do comitê gestor do futebol, o carro chefe do clube. Uma equipe irá discutir toda semana os rumos do principal esporte do clube. Zico será uma espécie de conselheiro não remunerado e terá influência sobre todos eles. O clube ainda deve definir quem será o vice de futebol e o diretor executivo que devem trabalhar diretamente com Zinho e Dorival Júnior, caso eles fiquem. A tendência é que permaneçam.
O marketing, que deve ter em Luiz Eduardo Baptista e João Henrique Areias seus nomes fortes, já tem dois patrocínos engatilhados, a rede de combustíveis Ale e a montadora de carros Peugeot. Areias deve implantar no clube um novo modelo de patrocínio, criando uma espécie de rodízio entre os patrocinadores master. Cada um ocuparia o principal espaço da camisa a cada quatro meses, pagando o mesmo valor. Vale lembrar que na gestão de Patricia Amorim o clube ficou mais de um ano sem um patrocinador master.
A vitória de Eduardo Bandeira de Mello é histórica, por representar talvez pela primeira vez na história do Flamengo o anseio de seus 40 milhões de torcedores. Também por significar a chegada ao poder de um grupo de pessoas sérias e que desejam modernizar o clube, que vive de relembrar conquistas do passado. Mas, rubro-negros que são, cada um deles sabe que a responsabilidade é grande, e que a cobrança por resultados é implacável. A torcida os colocou lá. E, como bem vimos com Patrícia Amorim, ela é capaz de tirar. Que todos tenham sorte no comando do maior clube brasileiro!
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