quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um novo tempo

"No novo tempo, apesar dos castigos, estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos". Estes versos da canção homônima ao título desta postagem, de Ivan Lins, sempre vem à tona nesta época em que o ano se encerrra e fazemos votos de felicidades para o próximo que se avizinha. Mas esta canção do tricolor e pianista poderia servir de trilha sonora para o momento que passa o Flamengo, com a vitória consagradora de Eduardo Bandeira de Mello como novo presidente do clube, derrotando por 500 votos de diferença, Patrícia Amorim.

A chapa azul mobilizou milhares de rubro-negros, capitaneados por ninguém menos que Zico, criarem uma verdadeira onda azul que tomou as redes sociais e mobilizou 8 entre 10 torcedores do clube a pedirem votos para Bandeira de Mello. Tudo fruto de uma equipe de notáveis bem sucedidos empresários, todos claro torcedores do Flamengo. Muita gente que sequer tinha direito a voto se mexeu para tentar mudar os rumos do clube de maior torcida do mundo.

Eduardo Bandeira de Mello, o novo presidente do Flamengo

Para um flamenguista, bastaria que Zico pedisse votos para a chapa azul e ele seria escutado. Mas a vitória do grupo esteve longe de ser só por responsabilidade do Galinho de Quintino. Propostas ousadas e condizentes com o tamanho do clube criaram uma onda de expectativa muito positiva em torno do nome de Wallim Vasconcellos (que teve seu nome impugnado dentro do clube) e posteriormente em Eduardo Bandeira de Mello.

Para cada setor dentro do clube, um especialista renomado ficará responsável pou uma vice-presidência. Wallim Vasconcellos será o diretor geral. Luiz Eduardo Baptista, presidente da Sky, deve ser o responsável pelo marketing. Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central, será o presidente do Comitê de Reestruturação da Dívida do clube. Além destes os homens fortes ainda ficarão alocados nas Finaças (Rodrigo Tostes), Comunicação (Gustavo Oliveira) e Esportes Olímpicos (Alexandre Póvoa).

Zico, apoio de peso.

Assim que foi anunciado como vencedor, Bandeira de Mello tratou de explicar como se dará o processo de criação do comitê gestor do futebol, o carro chefe do clube. Uma equipe irá discutir toda semana os rumos do principal esporte do clube. Zico será uma espécie de conselheiro não remunerado e terá influência sobre todos eles. O clube ainda deve definir quem será o vice de futebol e o diretor executivo que devem trabalhar diretamente com Zinho e Dorival Júnior, caso eles fiquem. A tendência é que permaneçam.

O marketing, que deve ter em Luiz Eduardo Baptista e João Henrique Areias seus nomes fortes, já tem dois patrocínos engatilhados, a rede de combustíveis Ale e a montadora de carros Peugeot. Areias deve implantar no clube um novo modelo de patrocínio, criando uma espécie de rodízio entre os patrocinadores master. Cada um ocuparia o principal espaço da camisa a cada quatro meses, pagando o mesmo valor. Vale lembrar que na gestão de Patricia Amorim o clube ficou mais de um ano sem um patrocinador master.

A vitória de Eduardo Bandeira de Mello é histórica, por representar talvez pela primeira vez na história do Flamengo o anseio de seus 40 milhões de torcedores. Também por significar a chegada ao poder de um grupo de pessoas sérias e que desejam modernizar o clube, que vive de relembrar conquistas do passado. Mas, rubro-negros que são, cada um deles sabe que a responsabilidade é grande, e que a cobrança por resultados é implacável. A torcida os colocou lá. E, como bem vimos com Patrícia Amorim, ela é capaz de tirar. Que todos tenham sorte no comando do maior clube brasileiro!

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