quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A bipolaridade rubro-negra

A torcida do Flamengo e o próprio clube recebem muitas alcunhas devido à enorme mania de grandeza que os cercam. Algumas são positivas, outra negativas. Faz parte. Mas nenhuma delas é tão justa quanto à bipolaridade tanto da instituição como do seu torcedor. É usual ver no rubro-negro um exagerado desespero no caso de derrotas e uma alucinante empolgação no caso de vitórias.

Senão vejamos o que aconteceu nos últimos dias e vem sendo uma tônica na temporada 2013, devido ao processo de formação de um time limitado. O Flamengo goleou o campeão da Libertadores (Atlético-MG) por 3 a 0 no domingo, 04. Apenas três dias depois jogou muito mal diante da fraca Portuguesa e foi castigado com um empate na bacia das almas, com direito a gol do goleiro Lauro, aquele mesmo que marcou no próprio Fla quando atuava pela Ponte Preta no Brasileiro de 2003, nas mesmas circunstâncias.

Euforia x Depressão. O Flamengo no divã!

Depois da vitória contra o Galo foi aquela empolgação nas redes sociais, chegando ao cúmulo de menosprezar um time que acabou de provar que é disparado o melhor do continente. Exagero típico do rubro-negro. Com o jogo da Lusa foi o oposto, o empate com gosto de derrota fez muito torcedor sacramentar que o clube dessa vez não escapará do rebaixamento e que os atletas comandados por Mano Menezes são um bando de perebas. Percebem a bipolaridade?

A realidade é que o elenco do Flamengo está longe das tradições gloriosas do rubro-negro, é forçoso reconhecer. Mas também não é esse bando atroz de pernas de pau que a torcida acredita nos momentos ruins. Mano, ao assumir o clube, pediu cinco reforços. Já chegaram Marcelo Moreno, André Santos e Chicão. Nomes experientes e consagrados. Restam um meia, o caso mais urgente, e um atacante que jogue pelo lado. Um elenco limitado que vai sim intercalar vitórias com derrotas, devido à sua inexperiência e fraquezas, como deixou claro o gol da Lusa

Tanto o desespero quanto a euforia, tão rubro-negros quanto seus mais de 40 milhões de torcedores, não podem servir de parâmetro.  

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