quarta-feira, 5 de junho de 2013

O retorno do Maraca

Foram longos 1.008 dias desde a última vez que este blogueiro pisou no Maracanã, no dia 26 de agosto de 2010, um Flamengo e Atlético-MG xoxo, que terminou 0 a 0 na estreia do atacante Diogo pela 16a. rodada do Brasileiro daquele ano. O estádio fechou de vez as portas para se modernizar para o Mundial de 2014, no dia 05 de setembro de 2010. E finalmente reabriu para um jogo oficial 2 anos e 9 meses depois.

No dia 02 de junho Brasil e Inglaterra empataram em 2 a 2 e daquele estádio sessentão só restaram o nome e a fachada. A partir deste momento contarei como foi todo meu processo de chegada no entorno e até o momento que retornei para minha casa, depois de novamente pisar o sagrado templo maior do futebol mundial.



O domingo amanheceu ensolorado no Rio, depois de alguns dias chuvosos. Como sempre gosto de fazer em dias de jogos de grande apelo, decidi ir para a região do estádio bem antes do jogo, afim de almoçar por lá e evitar maiores transtornos. Deixei a Zona Sul por volta do meio-dia e peguei o metrô na estação Catete. Excepcionalmente no domingo a linha 2 estava operando no esquema Pavuna-Botafogo devido ao jogo. Desembarquei na Estação São Cristóvão tranquilamente por volta de 12h30 e fui almoçar no restaurante Chicos, que fica na esquina das ruas General Canabarro com Luiz Gama. Aproximadamente 600 metros do estádio. Terminei a refeição perto de 14h30 e rumei para o entorno do Maraca.

Ao me aproximar do gigantesco estádio já me deparei com todas as ruas do entorno bloqueadas ao tráfego, o que facilitou o deslocamento dos torcedores. Me deparei com muitos voluntários ajudando o público a encontrar o seu acesso correto. Adquiri ingressos para a entrada F, na Avenida Radial Oeste.  Aliás, antes de continuar um relato sobre os ingressos. Comprei a minha entrada através do site Futebol Card e paguei por ele R$ 50,00 e uma taxa de R$ 7,50 de conveniência. Entretanto tive de encarar uma fila para resgatar os ingressos mesmo assim. Ora, para que comprar pela internet então, se o fiz justamente para fugir das filas. Coisas que só acontecem no país da Copa.


Voltando ao Maracanã. Demorei um pouco para encontrar meu setor pois acabei me confundindo e indo na direção contrário. Uma vez que me coloquei no lugar correto e me aproximei do acesso, tive de passar por um detector de metais, semelhante ao que tem nos aeroportos. Acessei o estádio por volta das 14h40 até finalmente passar por todas as barreiras que o acesso Fifa impõe. A minha entrada se deu por uma das rampas novas criadas para facilitar o escoamento do estádio. Elas são semelhantes às do Engenhão, circulares e bem largas. Como meu setor era o superior, tive de subir até o final.

Tal qual aconteceu na minha primeira vez no maior do mundo, ao cruzar a rampa que dá acesso à antiga arquibancada, hoje totalmente ocupada por cadeiras muito confortáveis, minha primeira sensação foi de impacto, ao me deparar com aquele gigante, totalmente remodelado e muito, mas muito bonito. Procurei o meu assento e não tive qualquer problema para encontrá-lo e também não tinha ninguém lá sentado. Consumi apenas uma água durante os 90 minutos e gastei R$ 4,00.

É claro que fiz várias fotos para a posteridade, pois eu insisto, o Maracanã ficou deslumbrante e totalmente diferente. Em nada lembra o antigo. Ao final do jogo, um pouco frustrado pelo resultado, percebi que em menos de 5 minutos o estádio já estava quase que totalmente vazio. Esse, aliás, era um grande problema do velho Maracanã: a saída. Para deixar o estádio utilizei a rampa Monumental da UERJ, que estava desativada há anos. Em seguida acessei a passarela do metrô, por volta das 18h30 da noite. Demorei aproximadamente 30 minutos até entrar no vagão, entre filas e acessos na estação Maracanã. Cheguei no Catete 19h, em total segurança e sem sofrer qualquer percalço durante minha estadia no Maracanã e em seu entorno. O evento teste, ao menos a meu juízo, foi aprovado.

O Maracanã sempre será o Maracanã. Está muito diferente, mas é uma questão de adaptação do torcedor. E convenhamos, adaptar-se ao conforto é muito mais fácil que o contrário.

Nenhum comentário: