quarta-feira, 18 de março de 2009

Debi e Lóide...

A dupla que comanda a Fórmula 1 mais parecem Jim Carrey e Jeff Daniels no engraçadíssimo "Debi e Lóide", filme que contava a história de dois tapados que ficam milionários e não sabem o que fazer com o dinheiro. Personagens que devem ter sido inspirados nos não menos ricos Max Mosley - presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) - e Bernnie Ecclestone - detentor dos direitos comercias da Fórmula 1.


A decisão de mudar radicalmente o regulamento da categoria, às vésperas do início da temporada 2009, é de fazer inveja nos personagens de Carrey e Daniels. A partir deste ano o número de vitórias será o critério que decidirá o título. Ou seja, se um piloto vencer, nas 17 etapas desta temporada, 5 corridas e por ventura não conseguir pontuar nas demais, terá feuto apenas 50 pontos. Mas pode ser campeão, mesmo que outro piloto faça mais que 50 pontos, mas vença apenas 4 vezes. Trocando em miúdos: 1 vitória vale mais que 17 pódios (em 2º ou 3º lugar).

Vale lembrar que a medida só se aplica à disputa do título, permanecendo o sistema de pontuação antigo (10, 8, 6, 5, 4, 3, 2, 1) para a ordenação das demais posições.

A mudança, se adotada desde o início da F1, em 1950, mudaria nada menos que 12 campeonatos, sendo que Ayrton Senna, ao invés de tri seria tetra campeão mundial. Nelson piquet só seria campeão uma única vez. Emerson Fittipaldi manteria seus 2 títulos mundias. E Felipe Massa seria o campeão ano passado, quando perdeu o título para Lewis Hamilton por apenas um ponto, mas obteve mais vitórias ao longo da temporada.

A decisão desagradou quase que unanimente a todos que participam da Fórmula 1. De pilotos a engenheiros. De diretores de equipe a fiscais de prova. E desagradou por um motivo muito simples. A mudança no regulamento ataca um dos princípios básicos da desportividade: a regularidade. Na Fórmula 1 de 2009 os lampejos pesarão mais que a regularidade e a continuidade de bons resultados.

Sensação na temporada de testes, o experiente piloto brasileiro Rubens Barrichello, foi o único que deu uma opinião oficial. "Não gostei da regra. Logicamente a gente não gosta de ver um campeonato em que a pessoa chega em segundo 17 vezes e ganha um título. Mas quem faz mais pontos deveria ser o campeão. Se uma equipe ganhar seis provas no começo do ano, acaba o campeonato"



Ultimamente a dupla Mosley Ecclestone (ou seria Debi e Lóide?) tem mudado insistentemente o regulamentoda F1, tanto na parte técnica como na parte esportiva, com a famigerada justificativa de que aumentam a competitividade. Mas agora passaram de todos os limites. Correm o risco de estragar de vez seus brinquedinho favorito.

É conferir e torcer para que Debi e Lóide fiquem quietos ao longo da temporada.

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