segunda-feira, 23 de março de 2009

Esse é o Vascão que a galera gosta

Pedindo licença à grande madrinha do samba, Beth Carvalho, que gravou em 1990 uma singela homenagem ao seu Botafogo, é a torcida do Vasco quem está sentindo vontade de cantar "Esse é o Vasco que eu gosto/Esse é o Vasco que eu conheço"!

É impressionante o poder de regeneração dos gigantes do futebol brasileiro quando estes sofrem o drama do rebaixamento. Foi assim com o Botafogo, Palmeiras, Atlético-MG, Grêmio, Fluminense e o Corinthians, mais recentemente. E está sendo asim também com o Vasco.

A vitória sobre o maior rival, o Flamengo, comprova esta fase de ouro do Vascão. Vitória que não vinha há dois anos, ou 6 jogos. Após perder no primeiro jogo do ano para o Americano, por 2 a 0, choveram críticas e desconfiança sobre o trabalho da comissão técnica comandada pelo competente Dorival Júnior. Porém, o Vasco não perde uma partida desde aquela do dia 24 de janeiro. Dois meses sem derrota. A maior derrota da temporada até o momento, aconteceu fora de campo, com a perda de 6 pts. e a desclassificação precoce da Taça GB.

Mais do que a invencibilidade mantida, é louvável a atitude deste grupo de jogadores do Vasco. Dá gosto de ver a entrega e o comprometimento que os atletas vem demonstrando dentro de campo jogo após jogo. Comprometimento este que não se viu ainda neste ano do lado rubro-negro, como já foi dito aqui mesmo neste blog. Este grupo vem demonstrando porque um grupo coeso e unido é capaz (às vezes) de superar grupos mais técnicos e estrelares. Afinal, o futebol é um esporte coletivo.

E mais. Desde a saída do ex-deputado da presidência do clube, o Vasco vem recuperando uma imagem que sempre lhe foi característica até antes do início da fatídica Era Eurico. O de clube simpático e deveras querido pelas demais torcidas. Imagem que vem desde o início do clube, lá na década de 20, quando o Vasco foi o primeiro clube do Rio de Janeiro a admitir jogadores negros em seu plantel. Decisão que foi repudiada pelos dirigente do Campeonato Carioca na época e fez com que o Vasco fosse "obrigado" a possuir um estádio próprio e construir São Januário. Ironicamente até hoje é o único clube com estádio próprio, dentre os grandes, na cidade do Rio de Janeiro.

Voltando a falar dentro das quatro linhas. Se o grande teste do Vasco neste ano, antes da Série B, são os clássicos, afinal é uma oportunidade de enfrentar equipes que disputam a Série A, mais um ponto para a trupe de Dorival. Foram 3 jogos, com 2 vitórias e 1 empate. Nenhuma derrota. Para efeito de comparação: em 2008 foram 11 clássicos com apenas 1 vitória.

Podem me cobrar depois. O Vasco subirá com o pé nas costas e retornará ao local onde nunca deveria ter saído um dia: a elite do futebol brasileiro.


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