segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Zico e Artur são diferentes

O Rei Pelé costuma dizer que sua figura pública difere da "pessoa física", a quem chama de Edson, seu nome de batismo. Ele o faz com a malandragem de quem foi gênio dentro de campo, mas não passa perto de ser uma unanimidade fora dele. Esta regra pode também ser aplicada a Zico, ídolo maior e eterno do Flamengo. Mas que como Artur Antunes Coimbra deu uma declaração profundamente lamentável, quando afirmou que nem sequer assiste mais aos jogos do clube que o revelou para o futebol.

Nem entrarei no mérito das razões de Zico estar magoado com a direção do Fla, que não lhe deu o respaldo que ele julgou necessário ao assumir a função de diretor executivo do futebol do clube no ano passado. Mas daí a ele afirmar o que afirmou é no mínimo uma enorme ingratidão. Não fosse o Flamengo e talvez hoje Zico estivesse ainda vivendo no subúrbio de Quintino, sabe-se lá em que condições. Ele foi o maior ídolo do clube, mas jamais pode-se achar maior que o Flamengo! JAMAIS!


Voltando aquele binômio de pessoa física x ídolo, venhamos e convenhamos: quem assumiu a função de dirgente não foi o Zico, foi o Arthur. Zico se aposentou em 1989 pelo Flamengo e ficará para sempre na memória e na história do clube. Mas Arthur teve uma atuação pífia como dirigente. Contratações do "quilate" de Cristian Borja, Leandro Amaral, Diogo, Jean, Deivid e outros mais foram feitas por ele. Sem contar no treinador Silas.

E não adianta Zico afirmar que não quer mais pisar no clube, que está chateado ou que não vai passar nem na porta da Gávea. O Flamengo chegou onde chegou porque um dia teve Zico no gramado. E Zico ficou mundialmente conhecido porque um dia vestiu uma das camisas mais importantes do planeta. Duas instituições do futebol que não há como serem separadas. Mas que Artur Antunes Coimbra pisou feio na bola, isso pisou. O Zico não pisava na bola e deveria ensinar a Artur como se faz para ser idolatrado no Flamengo! 

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