O Santos não tem uma torcida numerosa como Flamengo ou Corinthians. O torcedor santista também não é um fanático apaixonado como são os torcedores do Atlético ou do Bahia, por exemplo. Some-se a isso o fato de o clube não ser de uma capital, fato inédito dentre os maiores do país. Mas o Santos Futebol Clube atinge neste sábado seu centenário recheado de glórias e em um momento mágico tanto dentro como fora de campo.
Não é para menos! Detentor de dois títulos Mundias, três Libertadores, oito Brasileiros, uma Copa do Brasil, cinco torneios Rio-SP e 19 Paulistas, o grande orgulho do torcedor santista está muito longe de sua riquíssima sala de troféus! O Santos é o "inventor" da escola brasileira de se jogar futebol. Não essa que a gente vê hoje, mas aquela que eternizou o Brasil como país do futebol, principalmente depois dos títulos nas Copas do Mundo de 1958 e 1962.
O Santos nos deu Pelé, o maior jogador de todos os tempos, e apenas por isso mereceria estar no panteón eterno dos grandes clubes do planeta. Tanto que a FIFA colocou o clube como o quinto maior do século passado. Mas no Santos também já jogaram os goleiros Gilmar (o goleiro do tri no México), Manga, Rodolfo Rodríguez e Zetti; os defensores Carlos Alberto Torres (o capitão do tri), Joel, Mauro e Narciso; os meio-campistas Clodoaldo, Diego, Giovanni, Mengálvio e Zé Roberto; os atacantes Friendenreich, Coutinho, Dorval, Edu, Pepe, Robinho e Serginho Chulapa. Sem falar nas joias atuais: Ganso e Neymar.
O agora centenário Santos Futebol Clube ao longo de seus gloriosos anos, sempre que conquistou vitórias e títulos importantes, o fez com equipes leves, insinuantes e ofensivas. E no momento em que o futebol brasileiro parece perder sua verdadeira identidade, é justamente no Santos que vemos uma espécia de resistência ao nosso velho estilo. Sem falar na forma heróica e valente com que a atual diretoria valoriza e mantém suas estrelas, como o craque Neymar! Viva o futebol brasileiro! Viva o estilo ofensivo! Viva o glorioso Santos Futebol Clube!
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