quarta-feira, 8 de maio de 2013

A 'guerra' das camisas

A batalha de bastidores que envolve Flamengo e Corinthians desde que eles viraram as maiores marcas do futebol brasileiro nunca terá fim. Estava adormecida desde a má fase dos paulistas, até 2009 e a dos rubro-negros, que ainda persiste, ao menos dentro de campo. O novo round deste duelo é acerca da validade dos dois mantos. Qual tem maior valor de mercado? Corinthians ou Flamengo?

Os campeões do mundo em 2012 vinham navegando em céu de brigadeiro sem o incômodo de ninguém e se vangloriavam de possuir a camisa mais valiosa do futebol brasileiro. Entretanto a nova diretoria que assumiu o Flamengo tratou de acirrar esta disputa com o anúncio de novos patrocinadores que se aproximam dos valores pagos ao Timão. A diferença é inferior a R$ 1 milhão, a favor dos paulistas de acordo com reportagem do site Globoesporte.com.

O Corinthians arrecada por ano com espaços de seu uniforme algo em torno de R$ 74 milhões. São R$ 30 mi da Nike (fornecedora de material esportivo) e mais R$ 30 mi da Caixa Econômica Federal (patrocínio master). Além disso mais R$ 14 mi de marcas (Fisk e Tim) que expõe em outros espaços menos nobres. O cálculo do Flamengo é de que receberá a partir de agora R$ 25 mi da Caixa (master), mais os R$ 35,6 mi da Adidas, novo fornecdor de material esportivo, além de R$ 12,5 mi da Tim e da Peugeot. O Fla pode tomar a dianteira nesta batalha pois há um espaço ainda a ser explorado, as mangas das camisas, que em tese valem mais do que a diferença atual. 

Estaria o futebol brasileiro caminhando para uma polaridade entre Flamengo e Corinthians, algo que de fato jamais aconteceu dentro das quatro linhas?

Fla e Corinthians polarizam os maiores contratos do futebol brasileiro.

Fogão incontestável

Não dá para colocar dúvidas sobre um título onde o campeão derrotou todos os adversários. O Botafogo sobrou na Taça Rio e levou com justiça o seu 20o. título Carioca de maneira antecipada. Para alçar voos mais ousados, entretanto, o Fogão precisa de um centro-avante de qualidade e mais opções no banco de reservas. A espinha dorsal com Jefferson, Mateus Dória, Seedorf e Lodeiro indica que o Botafogo pode brigar pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro. E onde estão os corneteiros do excelente Oswaldo de Oliveira? Desapareceram?

Os melhores

A seleção do Campeonato Carioca ficou assim para o Futebol e Samba: Jefferson (Botafogo), Lucas (Botafogo), Dória (Botafogo), Bolívar (Botafogo) e Carlinhos (Fluminense); Jean (Fluminense), Renato (Flamengo), Seedorf (Botafogo) e Lodeiro (Botafogo); Rafael Marques (Botafogo) e Hernane (Flamengo). Treinador: Oswaldo de Oliveira (Botafogo). 

Farsa insustentável

Está ficando a cada dia mais difícil para o poder público sustentar a farsa que foi a interdição do Engenhão. A Associação Brasileira de Engenharia divulgou uma nota em que defende que o projeto do estádio não tem qualquer problema. E para piorar o temporal que abalou o Rio na última segunda-feira, 06, com ventos de até 90 km/h, não causou sequer um arranhão na cobertura do estádio. Vale lembrar que a Prefeitura do Rio alega que com ventos superiores a 70 km/h e a cobertura poderia vir abaixo.

A verdade é que esta interdição é mais um jogo político da dupla Eduardo Paes e Sérgio Cabral para beneficiar o amigo Eike Batista, que pleitea administrar o Maracanã. O edital exige o acordo com dois grandes clubes da cidade (provavelmente Fla e Flu). Com o Engenhão fechado por tempo indeterminado um dos poderes de barganha dos clubes na negociação se perde. E a falácia de que o estádio, que custou mais de R$ 500 milhões de dinheiro público, oferece risco aos seus frequentadores, se desfaz como areia em construção de má qualidade!

Em tempo

Urge que o nome Estádio Olímpico João Havelange seja substituído por outro menos indecente!

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