Eu aplaudo a decisão do Imperador! Sim, ele estava saturado com a pressão de ter que levar uma vida de atleta. Concentrações, jogos a cada 3 dias, clausura, invasão de privacidade. É preciso ter muita força interior para suportar a carga de ser um dos principais jogadores de um dos maiores clubes do planeta, a Internazionale de Milão.
Mas Adriano demonstrou ainda mais força e, em um ato de coragem, decidiu: "Minha carreira está suspensa por tempo indeterminado". O motivo? Não estava feliz. E é aí que, na minha visão, reside o ato louvável de Adriano. Eu admiro pessoas capazes de romper com uma situação confortável e estável para, em troca, buscar a felicidade. Como diz a sabedoria popular, a felicidade está nas coisas simples.

Adriano estava sentindo falta de visitar "sua comunidade", como ele mesmo disse. Estar perto das pessoas com as quais cresceu e viveu, segundo o próprio, os melhores momentos de sua vida. Mas tembém não sejamos hipócritas. Adriano chutou o balde. Sim. Rompeu totalmente com o status-quo. Sim. Mas ele só o fez graças a um bem gordo pé de meia, acumulado ao longo de quase 10 anos de carreira.
Mas acredito que, mesmo para aqueles que não possuem tal pé de meia gordo, colocar sempre o dinheiro acima de tudo é um erro. Há que haver qualidade de vida. E nem sempre qualidade de vida corresponde a uma conta bancária recheada de verdinhas.
Recentemente ouvi de um reitor de uma universidade para uma turma que estava se formando. "Jamais coloquem o dinheiro acima de seu cresimento enquanto profissionais. O preço que pagarão será muito alto, e não compensa". Frase pronta? Talvez.
Adriano, com certeza, ama jogar futebol. Mas ele não concorda com o rumo que sua carreira tomou. Resolver parar por um tempo. Não estava feliz.
Palmas para ele !
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