quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Largou bem!

No post de ontem eu disse que para vencer a Libertadores o Flamengo precisaria, acima de tudo, controlar os nervos. E não é que com dois minutos de jogo o poçante Williams teve um acesso de fúria e desferiu uma cotovelada no adversário? Merecidamente expulso e o Fla com dez diante do Universidad Católica em sua estreia na Libertadores, em pleno Maracanã.

Menos mal que Léo Moura, em uma de suas melhores exibições com a camisa do Flamengo, abriu o marcador, de falta (à lá Zico), aos dez minutos de jogo. O gol deu tranquilidade ao Flamengo, mas o time recuou excessivamente e deu muito espaço ao adversário, que se tivesse um pouquinho mais de qualidade poderia ter complicado a vida dos rubro-negros.

Após a expulsão de Williams, o atacante Vágner Love teve que voltar para ajudar na marcação. E o jogador mostrou por A + B que pode desempenhar esta função tranquilamente se for necessário. Ocupou muito os espaços no campo, deu combate, sem esquecer, claro, de atacar. Porém, o recuo de Love fez Adriano ficar muito isolado na frente, e o Flamengo passou todo o restante da primeira etapa sem poder ofensivo.

Quem ameaçava era o Universidad Católica. E aqui cabe um elogio à tão criticada defesa do Fla. Aliás, eu também havia dito ontem que, além dos nervos, o Flamengo tinha de acertar a defesa, pois não se ganha Libertadores levando tantos gols. Pois ontem, pela primeira vez neste ano, o Flamengo encerrou uma partida sem sofrer um gol sequer. Destaque para a excelenta atuação do garoto Fabrício.

Única válvula de escape lúcida de sua equipe, o sérvio (naturalizado chileno) Mirosevic foi expulso após cobrar uma falta no travessão do goleiro Marcelo Lomba (que não sentiu a pressão de substituir Bruno). O meia do Católica deu um pisão em Toró e foi muitobem expulso. Aliás, a arbitragem do paraguaio Carlos Amarilla merece a nota dez.

Léo Moura conduz o Fla! Craque do jogo.

No segundo tempo, com igualdade no número de jogadores, o Flamengo passou a atacar mais o adversário em busca do segundo gol. Melhor jogador em campo disparado, Léo Moura além de ser perfeito no combate, imprimia muita velocidade nos avanços pelo lado direito do ataque do Fla. Foi com muita velocidade que ele construiu a jogada do segundo gol. Após roubar a bola na entrada da área rubro-negra, o lateral driblou um adversário com um toque de letra e lançou Adriano com um passe de trivela. Linda jogada que o Imperador não disperdiçou. Flamengo 2 a 0.

O segundo gol fez a equipe chilena se entregar de vez e o Flamengo passou a dominar inteiramente o jogo e abusar do direito de perder gols. Andrade ainda faria entrar os jogadores Éverton Silva (em lugar de Léo Moura com cãimbras) e Fernando (no lugar de Vinícius Pacheco, parta fechar o meio-campo). O Fla ainda teria a chance de fazer o terceiro e matar de vez o jogo. Vágner Love sofreu um pênalti que ele mesmo cobrou e perdeu. Jogou por cima do gol. Recebeu o apoio dos companheiros, da torcida e disse: "Só perde quem bate!"

No fim do jogo Andrade tirou Love e fez entrar Petkovic. Em apenas dois lances, o sérvio já demonstra que está recuperando a boa forma que fez dele o craque do Brasileirão-2009. Logo, logo o "Tromba" terá que arrumar um lugar para ele no time.

Para uma estreia em Libertadores, que sempre é tensa, o Flamengo jogou o suficiente para vencer com certa tranquilidade. Se os outros times do grupo forem iguais ao Universidad Católica, não há com o que se preocupar na sequência da 1ª Fase. A largada da corrida ao domínio da América foi satisfatória.

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