segunda-feira, 1 de março de 2010

Uma vitória do futebol-arte!

Na prática, a vitória do Santos sobre o Corinthians por 2 a 1, ontem, pelo Paulistão não representa mais que três pontos aos comandados de Dorival Júnior. A equipe da Baixada Santista, praticamente garantida nas semifinais do estadual de São Paulo, venceu com certa facilidade (apesar do placar apertado) o "galáctico" elenco do Corinthians.

E é aí que entra, na minha opinião, uma questão muito mais simbólica do que objetiva nesta partida. Foi a vitória do futebol. Do bom e velho esporte bretão, como ele tem de ser jogado. Pra frente, com atacantes, jogadores leves, habilidosos, jovens, ousados, cheios de vida e talento. O Santo deu um belo chocolate no Corinthians. Durante o primeiro tempo produziu futebol o suficiente para aplicar uma sonora goleada nos sonolentos corinthianos.

Recheado de jogadores em curva descendente de produtividade, o Timão ainda não disse ao que veio em 2010. Quando realmente exigido nesta temporada, o Corinthians jogou muito mal diante do Palmeiras (mas conseguiu vencer por 1 a 0), passou um susto frente ao desconhecido Racing-URU (mas também saiu com a vitória por 2 a 1, de virada) e agora tomou um baile de bola do Santos. Jogadores como Ronaldo, Roberto Carlos, Iarley, Tcheco e cia. fazem o time ficar muito lento, ao contrário da incrível velocidade dos santistas.

Neymar, um legítimo representante do futebol-arte!

Sem contar com Robinho, na seleção, o alvinegro praiano foi comandado pelo jovem e ousado Neymar, que com apenas 18 anos de idade foi o nome da partida, perdendo um pênalti, marcando um gol e dando uma assistência. Sem contar nas participações de Paulo Henrique "Ganço" e do atacante André.

Como sempre acontece com as equipes que sofrem nas mãos de jovens talentos, os velhos "dinossauros" tentam intimidar os garotos com ameaças e declarações patéticas ao fim das partidas. Chicão ameaçõu quebar Neymar ao meio, apóps este lhe aplicar um desmoralizante chapéu. Ronaldo, logo ele, disse que os meninos não tem objetividade. Roberto Carlos foi novamente expulso em um clássico e saiu esbravejando contra o árbitro. Até Dentinho, que usa dos mesmos artifícios, ameaçou: "Vai ter volta!". E Mano Menezes? O mais patético de todos. Como sempre faz ao perder as partidas, mira toda sua ira contrea a arbitragem. Devia se preocupar com a pouca eficência de seus jogadores "galácticos" que só fazem jogar com o nome.

Para encerrar, a arbitragem de José Henrique de Carvalho foi perfeita. Acertou nas duas expulsões: de Roberto Carlos (será que ele vai conseguir se controlar nos jogos da Libertadores?) e Moacir. Marcou corretamente o pênalti sobre Neymar e não tinha que dar mesmo ouvidos a Ronaldo no primeiro lance do jogo, onde o gordo tentou usar de bravata para intimidar Ganço. E o zagueiro Chicão desconhece a regra do futebol: não há nenhuma proibição a chapéus e dribles. Há, sim., contra pontapés e ameaças.

É como diz a letra daquela música: "Aqui é o país do futebol!"

E viva o futebol arte!

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