terça-feira, 7 de setembro de 2010

Como é presidente?

Mal na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil resolveu apoiar a esdrúxula campanha da torcida do clube de "dar uma prensa" em jogadores que estiverem curtindo a noite mais do que deveria (!?). "É bom tomar uns cacetes na noite para ficar esperto. Isso não faz mal pra ninguém". Quer dizer então que agora o torcedor virou patrão de jogadores?

Alguns integrantes de torcidas do clube criaram uma espécie de "Disque-Denúncia" para pegar jogadores do Galo que estiverem curtindo a noite, enquanto o clube luta penosamente contra o rebaixamento no Brasileirão. O torcedor atleticano que pegar o tal atleta se esbaldando na balada ligaria para um número e aí este jogador seria repreendido por alguns torcedores para ver se fica mais esperto e "respeita as cores do Galo"!

A atitude do senhor Alexandre Kalil é profundamente lamentável e patética. Nada surpreendente pois vem de uma figura que se acha muito polêmica, mas que na verdade não passa de um bufão que acredita saber mais de futebol que os outros. Kalil é um irresponsável ao incitar uma torcida já inflamada e apaixonada por natureza contra os jogadores, que até prova em contrário estão exercendo sua prifissão com decência e honestidade.

Imagine o amigo leitor que você passe por um mau momento dentro de seu trabalho, o que naturalmente já aconteceu com qualquer um. Aí por causa disso, você deixaria de se divertir? Passaria a viver triste e enclausurado apenas porquê passa por problemas profissionais? É claro que não. É preciso separar os problemas do trabalho com a vida pessoal de cada um.

Ao jogar a torcida contra os jogadores Kalil abre mais um precedente perigoso na relação entre torcedores e atletas. Criou-se a cultura no Brasil de que os torcedores têm algum direito de cobrar os jogadores fora de campo. Essa história de que é a torcida quem paga o salário dos jogadores é uma tremenda babaquice. Ora, nós sabemos muito bem de que tipo de gente são compostas essas torcidas organizadas. De bandidos profissionais que vivem de ingressos doados pela diretoria dos clubes e que adoram intimidar os atletas.

A verdade é que o senhor Alexandre Kalil, como sempre faz, resolveu jogar para a galera. Trouxe um treinador consagrado, mas uextremamente ultrapassado e que não vence um torneio de alta envergadura há pelo menos seis anos. Investiu suas fichas em jogadores que já foram consagrados, mas que hoje passam mais tempo tentando se aprimorar fisicamente do que jogando. Nomes como Diego Souza, Ricardinho, Fábio Costa e Daniel Carvalho. Kalil deveria ser cobrado mais que os jogadores pela torcida do Galo.

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