sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O primeiro passo

A operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que botou na cadeia nove torcedores ligados à facções organizadas do Vasco e do Flamengo foi pouco divulgada mas merece todos os aplausos daqueles que gostam de frequentar os estádios brasileiros para acompanhar o esporte não para nutrir o ódio e o fanatismo contra os torcedores rivais. Um primeiro passo muito importante na luta contra esses bandidos travestidos de torcedores.

A operação, batizada de Hooligans em alusão aos sangrentos torcedores na Inglaterra, teve entre os detidos até um policial e vinha investigando os suspeitos há um tempo, todos envolvidos em brigas, agressões e até assassinatos. Eles responderão, dentre outros crimes, por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e lesão corporal qualificada. Os presos pertenciam às já conhecidas facções Força Jovem (do Vasco) e Torcida Jovem (do Flamengo).


Suspeito (de verde) é acompanhado por PM!

Quem costuma frequentar os estádios da cidade do Rio de Janeiro sabe o quantos estas facções acima citadas são violentas e sangrentas. No caso da Jove, do Flamengo, eles cometem o insano ato de brigarem até com uma outra facção do próprio Flamengo, a Raça Rubro-Negra. É o ódio deixando as pessoas completamente cegas, afinal se trata do mesmo time ora. Essas torcidas costumam ostentar em seus quadros bandidos profissionais e têm até bandeiras com o rosto de ex-integrantes assassinados, como se fossem ídolos dos clubes.

Pior de tudo é constatar que estas fábricas de marginais recebem todo o respaldo da direção dos clubes, recebendo ingressos de jogos, quendo o correto seria que eles comprassem como um torcedor "comum" faz. As facções, além dos ingressos, recebem dinheiro para viajar no caso de jogos fora do Rio de Janeiro. As maiores torcidas do Rio possuem até uma sala exclusiva dentro do Maracanã para guardar instrumentos musicais e bandeiras.

A única forma de extirpar de vez a violência dos estádios, além de operações como essas, é tratar essas torcidas organizadas como elas realmente são: um grupo de marginais e bandidos violentos e que não titubeam em tirar a vida de uma pessoa apenas porque ela torce por um time adversário. É claro que não são todos, mas o novo Estatuto do Torcedor obriga as facções a manter um cadastro atualizados de seus integrantes justamente para que a polícia possa investigar quem tem ou não envolvimento neste tipo de barbárie!

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