Depois de mais de duas décadas de espera o Flamengo voltou a vencer a Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha, em final eletrizante contra o bom time do Bahia. O Fla venceu pela segunda vez o torneio, a primeira havia sido em 1991, em um time cheio de atletas que chegaram à seleção brasileira no futuro, como Júnior Baiano, Djalminha e Marcelinho Carioca.
Não sei se este time vai chegar ao patamar que aquele chegou, até porquê o futebol há 20 anos atrás era completamente diferente. Mas eu pude perceber a presença de pelo menos seis jogadores que se bem lapidados podem dar muitas alegrias aos rubro-negros. Poderia citar o goleiro César (o nome do jogo), o zagueiro e capitão Frauches (super seguro), o volante Muralha, que marca e sabe sair para o jogo, os meias Rafinha e Adryan, além dos atacantes Negueba (que já jogou pelo profissional) e Lucas.
Cabe agora à direção do Flamengo não entrar no clima de oba-oba com a conquista e buscar fazer contratos longos com estas promessas para que, se não for possível segurá-los pára sempre, pelo menos os torcedores rubro-negros possa vê-los jogar com a camisa do Fla no elenco profissional. A presença de Patricia Amorim e Vanderlei Luxemburgo na final indica que a tendência é a lapidação dos campeões.Isto não aconteceu há 21 anos, quando o clube perdeu de mão beijada jogadores do calibre dos citados acima, como Júnior Baiano, Djalminha e Marcelinho Carioca por não saber segurá-los. Com mais esta conquista da Copinha, espera-se que o Flamebgo volte a pôr em prática uma velha máxima que marcou a maior geração da história do clube: "Craque o Flamengo faz em casa"!
3 comentários:
A campanha do Flamengo na Copinha foi muito boa. Quando passou por Cruzeiro e São paulo já senti cheiro de título.
Sobre as promessas, destaco o excelente goleiro César, o volante Muralha e os meias Rafinha e Adrian. Mas não se pode botar uma pressão exagerada em cima desses garotos e como vc disse, tomara que o Flamengo não perca estes atletas de mão beijada como aconteceu na década de 90.
Abraços
Boa análise Guilherme.
O goleiro é do Sendas e está emprestado ao Flamengo.
Somo a sua análise o centroavante Lucas. O garoto é bom jogador e muito tranquilo nas finalizações das jogadas.
De qualquer forma, surgiu uma esperança que voltemos a fazer jogadores em potencial para a equipe principal.
Equipe muito bem treinada pelo técnico Paulo Henrique.
UMA BOA SAFRA
Terreno fértil, semente selecionada, clima favorável. Esses são os parâmetros iniciais para uma colheita promissora, uma Boa Safra.
Toda matéria prima de boa qualidade requer cuidados especiais. Todos esses são argumentos do conhecimento cotidiano do homem do campo.
No futebol não é diferente. Por mais que se queiram culpar a Lei Pelé, pela bancarrota dos celeiros de craques do nosso futebol.
No Flamengo a história se repete 21anos depois. Em 1990 foi colhido a ultima grande safra, rubro negra.
Junior Baiano, Nélio, Paulo Nunes, Djalminha, Marcelinho surgiram para o mundo do futebol, exatamente naquela conquista da
Cops São Paulo.
O Flamengo colheu, mas, não armazenou. A falta dos cuidados especiais fez com que a boa safra de 90 fosse toda perdida.
Os grandes jogadores da época brilharam em outras equipes, pela falta de competência administrativa do Flamengo.
“Craque o Flamengo faz em casa”. Essa máxima, rubro negra que teve em Zico o seu principal exemplar, ressurge agora com essa nova conquista da Copa São Paulo.
Cesar, Muralha, Negueba, Adrian, Rafinha, Thomas, Lucas, Lorran são os personagens principais, desta Boa Safra.
Se bem cuidada, bem armazenada dará ao Flamengo a curto é médio prazo, as condições necessárias para de novo voltar a ter um grande time.
Deus queira, que os culpados da perda da safra de 90, e que ainda hoje estão lá na Gávea tenham aprendido com os erros do passado.
E possam se redimir dispensando a essa boa safra de agora, todos os cuidados necessários, em nome da grandeza do Clube de Regatas Flamengo.
Que São Judas Tadeu os ilumine.
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