Na próxima semana um evento vai parar o Rio de Janeiro: a estreia de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo no Engenhão no jogo frente ao Nova Iguaçu. Certamente todos os ingressos serão comercializados ainda no primeiro dia. E tão certo quanto isso é constatar que o torcedor vai sofrer em filas intermináveis debaixo desse calor implacável que faz no Rio nesta época.
Como quem acompanha este blog sabe de minha paixão pelo mundo do samba, eu deixo aqui uma dica para os comandantes do futebol facilitarem a venda de ingressos para os jogos. A Liesa, instituição que organiza os desfiles na Marquês de Sapucaí, vende as entradas todas por meio de telefone, sem que o consumidor saia de casa. Basta ligar, escolher o setor, digitar os dados e depositar o valor em um banco 48 horas depois. Rápido, simples, eficiente!
Tudo o que não acontece com o futebol. De maneira arcaica, clubes e federações fazem o torcedor passar horas em filas para nem ter a certeza de que vai conseguir a entrada. Falta aos mandatários do futebol entenderem o que os do carnaval já fazem há anos: tratar o consumidor como deve, pois é através dele que se dá a razão de ser do espetáculo, tanto no futebol quanto no carnaval.Será tão difícil assim criar um sistema de vendas eletrônicas? Não essa balbúrdia de vandas pela internet que beira o amadorismo. Mas um sistema em que o torcedor ligue, registre seus dados, faça o depósito bancário (se não o fizer dentro de 48h, perde o direito das entradas) e retire o ingresso em algum posto de troca estabelecido pelos organizadores do evento. Todos têm a ganhar: os clubes, com uma renda certa, as federações, com um evento muito mais organizado e por tabela lucrativo e claro o torcedor, que bem tratado compareceria com muito mais afinco. Fica a dica!
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