quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Como não se deve tratar um ídolo

A presidente Patrícia Amorim merece todos os aplausos e méritos por ter trazido para o Flamengo um jogador do gabarito de Ronaldinho Gaúcho, uma das maiores contratações do futebol brasileiro em todos os tempos. A chegada de um ídolo é sempre positiva tanto pelo aspecto do marketing como pela ótica de trazer novos adeptos para o clube, mesmo sendo o Flamengo, detentor da maior torcida do planeta.

Entretanto o Flamengo tem inúmeros ídolos eternos que jogaram pelo clube no passado. E com relação a estes o papel do clube tem sido lamentável. Nem vou citar aqui o que aconteceu com o maior deles (Zico) pois na época de sua saída já dei minha opinião. Quero falar aqui daquele que foi o principal ídolo do Fla neste século até aqui: Deján Petkovic.

Pet participou de quase todas as principais conquistas do Flamengo de 2000 pra cá. Mas a diretoria do Flamengo parece ter esquecido disso. Concordo que o sérvio, infelizmente, não tem mais condições de ajudar o time em campo devido à sua idade. Mas o mínimo que se poderia fazer é dar um jogo de despedida a Pet, à altura de sua contribuição para a história recente do Flamengo.

Ronaldo anunciou nesta semana sua aposentadoria. E a direção do Corinthians tem sido exemplar nas homenagens aos Fenômeno. Além da emocionante coletiva de despedida, o time entrará em campo contra o Mogi Mirim na rodada de fim de semana do Paulistão com uma camisa em homenagem ao ídolo. Merecido!


Nada custaria para a direção do Flamengo fazer um jogo de despedida para Pet. Garanto que o torcedor rubro-negro iria em peso onde quer que fosse esse jogo. Ronaldinho pode ter feito muito ao longo dos anos em sua carreira, mas em termos de Flamengo ele ainda engatinha e Petkovic está no panteón de ídolos eternos. Inteligente, o sérvio poderia ser uma espécie de embaixador internacional do Flamengo. Mas a falta de visão do clube neste caso salta aos olhos.

Deján Petkovic chegou ao Flamengo na temporada de 2000, vindo do Vitória, como a grande contratação daquela temporada. Ao longo de dez anos, e algumas saídas, jogou pelo rubro-negro 172 partidas, tendo marcado 57 gols. O mais importante e inesquecível deles, o gol de falta aos 43 minutos do segundo tempo no antológico jogo diante do Vasco em 27 de maio de 2001, que deu o quarto tricampeonato estadual ao Flamengo.

Pelo rubro-negro, Pet foi bi-campeão carioca (2000-01) e conseguiu na mesma época vencer dois turnos do CAmpeonato Estadual. Ainda fez um gol na final da Copa dos Campeões de 2001, vencida pelo Flamengo contra o São Paulo. Mas foi em 2009 que Pet ajudou a dar aos rubro-negros o título mais importante de toda esta vitoriosa trajetória: a conquista do Brasileiro, que não vinha havia 17 anos.

A diretoria do Flamengo pode até não aceitar esta realidade, mas Deján Petkovic está e estará para sempre no coração de todo rubro-negro. Que seja feliz!

Um comentário:

Mauricio Motta disse...

Concordo com tudo que vc escreveu . Pet é o maior jogador do Fla neste século.
Ngm é Adriano perto do Pet. Merecia sim um jogo de despedida.