quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Clube dos 13 à míngua

No dia 12 de abril de 2010, eu postei aqui neste espaço sobrea a eleição no Clube dos 13, que opôs Fábio Koff (apoiado pela maioria dos grandes clubes) e Kléber Leite (apoiado por Ricardo Teixeira, presidente da CBF). Koff venceu e deixou Teixeira enfraquecido. Para se vingar, o dirigente confirmou que a famigerada Taça de Bolinhas iria para o São Paulo, como primeiro pentacampeão do Brasil.

Pois bem, quase um ano depois, a própria CBF voltou atrás e reconheceu o Flamengo como legítimo campeão brasileiro em 1987. Mas, claro, não foi de graça. Um dia depois, os quatro grandes clubes do Rio aliados ao Corinthians anunciaram que iriam negociar os contratos de TV independente do Clube dos 13. Um dia depois, 12 clubes já anunciaram também o rompimento com o C13. Dentre os 12 membros fundadores de 87, romperam com a entidade nove agremiações.

O rompimento tem um motivo claro: a divergência entre a entidade e seus membros. Os clubes estão insatisfeitos por ficarem "alijados" das negociações de comercialização dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Outro fator é a insatisfação de Corinthians e Flamengo com a divisão das cotas. As duas maiores torcidas do país querem uma fatia ainda maior do bolo.

O fato é que sem Corinthians, Flamengo, Vasco e Corinthians, o Clube dos 13 fica praticamente à míngua para demonstrar poder nas negociações com as emissoras de TV interessadas nas transmissões. Apenas o São Paulo está com a entidade e Inter e Atlético-MG não possuem a força política necessária para pender a balança para o lado do C13, apesar de srrem clubes grandes.

A realidade é que o C13 há muito faz figuração no futebol brasileiro e não defende o interesse dos clubes, que foi o mote de sua fundação. Há muito eu defendo que os grandes clubes brasileiros criem uma LIga própria e organizem os campeonatos nacionais, pleiteando eles os direitos de imagem destas competições. À CBF caberia simplesmente o papel de viabilizar isso e de cuidar exclusivamente da SEleção Brasileira. É assim que acontece na Europa há décadas. Quem sabe este motim liderado pelos maiores clubes do país (Flamengo e Corinthians) não seja um embrião para isso? Vamos aguardar!

2 comentários:

Mauricio Motta disse...

Apóio inteiramente a decisão dos grandes clubes brasileiros. Sou contra ao monopólio da Globo.
Os clubes é que devem negociar os direitos de transmissão de jogos.

Edigar disse...

Também concordo com a união e acho que Atlético e Cruzeiro deveriam se unir também como no RJ.

Chega da Globo querer mandar no futebol brasileiro..