sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O dilema de Mano Menezes

Diz a sabedoria popular que quando a coisa está feia, "se correr o bicho pega e se ficar a o bicho come". A verdade é que Mano Menezes ao completar um ano no comando da seleção brasileira fez pouca ou nenhuma evolução (isso se não regrediu). E pior: me parece absolutamente perdido na condução da nau canarinho. E agora está em uma sinuca de bico: mantém a renovação mesmo com nossos jovens jogadores sentindo o peso da amarelinha ou começa a trazer de volta nomes consagrados e assim jogas a coerência às favas?

É preciso que Mano tenha equilíbrio, foi para isso que foi contratado. O erro da seleção nas duas últimas Copas do Mundo foi justamente a falta de equilíbrio. Em 2006 foi desleixada demais e em 2010 estava "focada" além do necessário. É possível sim renovar a seleção, mas isso tem que ser feito com qualidade e cautela. Ora, nossos nomes consagrados não são velhotes incapazes também. E os novatos estão longe de seram intocáveis.

Mas Mano está se perdendo ao convocar atletas (independente da idade) que não têm a menor condição de vestir a camisa da seleção brasileira! André Santos, Fernandinho, Ramires, Jadson, Ralf, Elias e que tais... podem ser no máximo jogadores esforçados, aplicados. Mas lhes falta o talento, justamente o que tanto nós brasileiros estamos clamando desde o fatídico dia em que fomos derrotados pela Holanda na última Copa.

Entretanto é preciso entender também que não somos mais tão geniais assim, como já fomos. A safra não é das melhores e já não fazemos o melhor do mundo há cinco anos! E pior: a surpreendente decadência precoce de nomes que poderiam "passar o bastão" aos mais jovens (como Adriano, Ronaldinho e Kaká) complicou muito a situação. 

Mano tem sim que renovar o elenco da seleção. Mas tem que fazê-lo acima de tudo com qualidade. Se não tiver em quantidade jogadores talentosos, que passe a chamar atletas consagrados sim, porquê não? Ou Ronaldinho Gaúcho não pode acrescentar nada ao time? Adriano, se descambar a fazer gols, deve ser jogado pra escanteio? Kaká é totalmente dispensável? Como tudo na vida, meu caro Mano, equilíbrio é tudo! 

Um comentário:

Edigar disse...

Está nojento ver Mano Menezes comandar a seleção.