Nasci em 1984, em novembro. Tenho, portanto, 24 anos. Pouca idade perto de quem já viveu muito mais que eu. Mas idade suficiente para concluir que pertenço à geração mais infeliz da história recente brasileira.
Sim, não tenho o menor orgulho de minha geração. Muito pelo contrário, tenho é vergonha de passar por ela. Salvo raríssimas exceções, os integrantes dela são vazios, pequenos, idiotas e cruéis. Vazios porque acreditam que Ipod é a maior invenção da humanidade. Pequenos porque acham que sabem mais que os mais experientes (quanta arrogância !!). Idiotas porque veneram a "Dança do Créu" e a "Gaiola das Popozudas". Cruéis porque atiram bombas contra homossexuais e agridem sem dó moradores de rua.
A novela"Caminho das Índias" vem abordando com muita propriedade essa perdida geração. Com brilhantes abordagens de Glória Perez, Duda Nagle, e os demais atores do núcleo, estão mostrando o quão inútil é esta geração.
Tenho muita inveja de quem viveu a geração 70, que lutava (alguns morreram, até) por liberdade. Queriam ter o direito de escolher seus representantes, quando a Ditadura os impunha tais representantes goela abaixo. Seus ídolos eram Chico, Caetano, Roberto Carlos.
Um pouco depois, a chamada injustamente de geração perdida, bradava pela decência em um país onde o jeitinho e "cervejinha" sempre foram o protocolo oficial. Sim, a geração 80 estava certa ao cantar "Que país é esse?". Seus ídolos? Cazuza, Renato Russo, Arnaldo Antunes.
Viriam ainda a geração cara pintada. Menos politizada que as já citadas anteriormente, mas não menos inquieta. Foram para a rua. Queriam a saída de Collor. Se pintaram, não de verde e amarelo como queria o cínico, mas de preto para pedir a sua saída. Tinham vergonha. Na cara. Pintada.
Veio então a tal geração coca-Cola. E pelo que lutamos? No que acreditamos? Outro dia ouvi um amigo dizer: "O Brasil não precisa de mais escolas, centros culturais e museus, precisa, sim, de construir mais casas populares"! Meu Deus ! Taí, é por isso que lutamos. É por dinheiro. É por lucro. Ganância pura. Somos arrogantes com os mais velhos (que sabem 10 vezes mais que a gente), não respeitamos ninguém, só lutamos por nós mesmos. Agredimos, batemos, jogamos bombas nos outros, matamos inocentes. Somos superiores a Deus !
Não tenho orgulho dessa geração. Mas sou parte dela. E tenho vergonha disso !!
Sim, não tenho o menor orgulho de minha geração. Muito pelo contrário, tenho é vergonha de passar por ela. Salvo raríssimas exceções, os integrantes dela são vazios, pequenos, idiotas e cruéis. Vazios porque acreditam que Ipod é a maior invenção da humanidade. Pequenos porque acham que sabem mais que os mais experientes (quanta arrogância !!). Idiotas porque veneram a "Dança do Créu" e a "Gaiola das Popozudas". Cruéis porque atiram bombas contra homossexuais e agridem sem dó moradores de rua.
A novela"Caminho das Índias" vem abordando com muita propriedade essa perdida geração. Com brilhantes abordagens de Glória Perez, Duda Nagle, e os demais atores do núcleo, estão mostrando o quão inútil é esta geração.
Tenho muita inveja de quem viveu a geração 70, que lutava (alguns morreram, até) por liberdade. Queriam ter o direito de escolher seus representantes, quando a Ditadura os impunha tais representantes goela abaixo. Seus ídolos eram Chico, Caetano, Roberto Carlos.
Um pouco depois, a chamada injustamente de geração perdida, bradava pela decência em um país onde o jeitinho e "cervejinha" sempre foram o protocolo oficial. Sim, a geração 80 estava certa ao cantar "Que país é esse?". Seus ídolos? Cazuza, Renato Russo, Arnaldo Antunes.
Viriam ainda a geração cara pintada. Menos politizada que as já citadas anteriormente, mas não menos inquieta. Foram para a rua. Queriam a saída de Collor. Se pintaram, não de verde e amarelo como queria o cínico, mas de preto para pedir a sua saída. Tinham vergonha. Na cara. Pintada.
Veio então a tal geração coca-Cola. E pelo que lutamos? No que acreditamos? Outro dia ouvi um amigo dizer: "O Brasil não precisa de mais escolas, centros culturais e museus, precisa, sim, de construir mais casas populares"! Meu Deus ! Taí, é por isso que lutamos. É por dinheiro. É por lucro. Ganância pura. Somos arrogantes com os mais velhos (que sabem 10 vezes mais que a gente), não respeitamos ninguém, só lutamos por nós mesmos. Agredimos, batemos, jogamos bombas nos outros, matamos inocentes. Somos superiores a Deus !
Não tenho orgulho dessa geração. Mas sou parte dela. E tenho vergonha disso !!
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