terça-feira, 9 de junho de 2009

A veia autoritária do governo ataca novamente

A estatal brasileira de maior renome internacional realmente não vive a melhor das fases. Depois de sofrer com a criação de uma CPI para investigar supostas irregularidades em contratos da empresa com ONG's, agora a Petrobrás resolve atacar e tentar acuar o principal meio de propagação da democracia: a Imprensa.

Ao veicular em seu blog oficial respostas a perguntas de jornalistas da Folha de São Paulo, de O Globo e do Estado de São Paulo, a estatal deu um recado bem claro. Não tem a menor intenção de respeitar as liberdades individuais dos jornalistas que cumpriam com seu trabalho de informar a população. Ou seja, atingiu em cheio a Liberdade de Imprensa, direito adquirido por todos os brasileiros após a Constituição de 1988.

Entendendo o Caso

Em sua edição de domingo último, 06/06, o jornal O Globo publicou uma reportagem intitulada "Petrobrás ainda financia a fracassada mamona", onde questiona a atitude da estatal em investir sobre um recurso sabiamente (segundo informações de O Globo) fadado ao fracasso, do ponto de vista de rendimento orgânico, no que tange à produção do biodiesel.

Porém, no sábado, dia 05/06, a assessoria de imprensa (!?), que desde o início do mês mantém um blog na internet, cometeu o ato insano de publicar as perguntas e as respostas antes da veiculação da matéria. Tal atitude fere o direito do jornalista de informar a sociedade. sem pressão de terceiros. Ao publicar as respostas, na tentativa clara de induzir a linha editorial da redação do texto, há uma clara intenção de intimidar a Imprensa. E a Petrobrás o fez com o Estadão e a Folha, também.

Atitude lamentável que nos faz lembrar de outras tentativas deste governo de brecar as liberdades individuais.

Autoritarismo Petista

Desde que assumiu o governo, em 2003, cercado de esperanças por um novo tempo, o PT vem tendo estas atitudes, no mínimo, cínicas de buscar o cerceamento da imprensa. A primeira, e mais grave na minha visão, foi a tentativa de criar um conselho de jornalismo, com cláusulas que chegavam à cassação do registro de um profissional.

Com a graça de Deus o projeto não vingou. Não satisfeito o governo propôs, em 2004, a expulsão do jornalista, Larry Rother, correspondente do "The New York Times" aqui, após a publicação de matéria em que o jornalista denunciava, digamos, o gosto exacerbado do presidente Lula por bebidas alcoólicas. O teor da reportagem foi preconceituoso e mal educado, mas daí a propor a extradição de um cidadão que vive aqui dentro da lei, vai um longo caminho.

Sem contar a má vontade do presidente Lula com a imprensa. Sabem quantas entrevistas coletivas o mandatário maior da nação já deu em 6 anos de mandato? Duas! Isso mesmo, duas entrevistas em SEIS ANOS! E quando perguntado sobre esse relacionamento, Lula não titubeia: não gosta da imprensa.

Ora, um presidente que não gosta de dar entrevista e tem horror à imprensa, só podia orientar o governo e suas instituições atacar e intimidar quem tem o direito (e o dever !!) de informar à sociedade: a Imprensa.

Não é surpresa a atitude da Petrobrás.

CPI neles !!

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