Se no ano passado o Fla tinha um elenco capaz de disputar e ganhar todas as competições depois de ter sido campeão brasileiro, mas demonstrava um desequilíbrio emocional que botou tido a perder, a situação agora em 2011 se inverte. Com um time ainda em formação, mas que demonstra muita frieza e competência para vencer as partidas, o Flamengo começou a temporada da maneira que a torcida rubro-negra se acostumou ao longo dos anos: sendo campeão.
Se o clube não vem realizando grandes exibições neste primeiros meses de 2011, por outro lado a conquista de sua 19ª Taça Guanabara de maneira invicta coroou a melhor equipe dentre todos os 16 participantes. Em nove partidas, o rubro-negro venceu oito e empatou apenas uma. Um aproveitamento superior a 90%. Foram marcados 16 gols e a defesa, tão criticada, sofreu apenas cinco gols.
Talvez o jogador que melhor represente esta tendência de um Fla pouco brilhante mas muito eficiente serja justamente aquele que foi a maior contratação do clube para a temporada. Ronaldinho Gaúcho ainda está à léguas de distância daquele atleta que chegou a encantar o mundo em 2005. Mas se não está tendo exibições de gala, está conduzindo o time com sua liderança e experiência e demonstrou na conquista diante do Boavista que é iluminado ao marcar o gol do título na vitória por 1 a 0.
O ataque do Flamengo tem duas belas promessas que podem dar muitas alegrias aos rubro-negros. Mas Negueba e Diego Maurício ainda não podem carregar sozinhos a responsabilidade de comandar a linha de frente do clube. Deivid definitivamente está em fim de carreira e nem lembra aquele atacante espetacular de anos atrás. Acredito que Vanderlei pode ser este nome, caso continue a ter boa média de gols.
O torcedor rubro-negro pode e deve sim comemorar a Taça Guanabara. Não que seja um título sensacional, mas represanta o renascimento do maior clube brasileiro depois de um 2010 triste. E 2011 começa muito promissor com a conquista da Copa São Paulo, da Taça Guanabara e do surpreendente reconhecimento do título brasileiro de 1987. Já que estamos na véspera do carnaval, recordo uma antiga marchinha para os rubro-negros: "Este carnaval não será igual àquele que passou..." Que assim seja!