Muito mais que um reforço

Confesso aos leitores que a última partida que eu vi de Juninho Pernambucano foi há quase cinco anos! Sim, desde a Copa de 2006 não vejo uma partida do excelente meio-campo. Por isso não posso definir se ele, que acertou seu retorno ao Vasco, irá mais ajudar que atrapalhar em campo ao time de Ricardo Gomes. A única informação que tenho é a de que Juninho hoje em dia atua mais como organizador, um típico camisa 10, ao contrário do que fazia quando deixou o país, há dez anos! Mas isso importa muito pouco à torcida vascaína!

Sim, porque mesmo que não arrebente em todas as partidas do Gigante da Colina, a volta de Juninho é muito mais simbólica do que qualquer outra contratação este ano no futebol brasileiro. O pernambucano está no hall seletíssimo de ídolos do Club de Regatas Vasco da Gama, ao lado de nomes como Edmundo, Roberto Dinamite, Romário, entre outros. Seu retorno enche de alegria os corações cruzmaltinos.

Se bem explorada pelo marketing do clube, a volta de Juninho pode trazer muitas cifras aos cofres combalidos de São Januário. Que torcedor vascaíno não vai querer comprar a camisa, comparecer na apresentação e na estreia ou em qualquer evento que tenha a presença do Reizinho da Colina? Pois é, pelo menos do ponto de vista da imagem, a volta de Juninho Pernambucano já é um sucesso.

Mas como eu reiterei no início do post, é preciso cautela quanto a seu desempenho dentro das quatro linhas. Juninho jogou por mais de um ano no Oriente Médio e é sabido que jogadores oriundos daquela região custam um enorme tempo para entrarem em forma. Vide o próprio Felipe no Vasco. Some-se a isso que o meia só deve ter condições de jogar a partir de agosto e sua idade já avançada pode prolongar esta reestreia. É bom ter cautela sim!

Eu sei que isso pouco importa no momento para o torcedor vascaíno, empolgado com o retorno de um ídolo histórico. Por isso o Futebol e Samba presenteia os seus amigos vascaínos (especialmente os empolgados Felipe Ayupp, Mauricio Motta e Nilo Chagas) com o antológico gol do Reizinho na vitória sobre o River Plate-ARG pela semifinal da Libertadores de 1998, que abriu caminho para aquela conquista vascaína. O gol inclusive virou hit musical da torcida cruzmaltina nas arquibancadas. Seja bem-vindo de volta Juninho Monumental!