terça-feira, 26 de junho de 2012

Devorador de brasileiros

Nesta quarta começa a decisão de mais uma Copa Libertadores de América entre dois opostos: de um lado o hexacampeão e deca-finalista, Boca Juniors, o maior clube das Américas. Do outro o Corinthians, que no território nacional é um gigante, mas ainda luta por sua primeira Libertadores e estreia em decisões desta competição. Se o adversário mete medo por si só o temor tende a aumentar se for posto na mesa o desempenho dos xeneizes diante dos clubes brasileiros e do próprio Corinthians.

Diante do clube de maior torcida do estado de São Paulo o Boca jamais perdeu. Eles se encontraram em quatro oportunidades. Na Copa Libertadores de 1991 o confronto valia vaga nas quartas de final. O Boca fez 3 a 1 na Bombonera e garantiu a vaga fora de casa, ao empatar por 1 a 1. E pela Copa Mercosul de 2000 eles caíram juntos no grupo D. Os argentinos venceram na Argentina (3 a 0) e empataram em São Paulo: 2 a 2.

Em sua 23a. vez disputando a Libertadores, o Boca tem muito mais a sorrir que a chorar ao defrontar clubes brasileiros. O retrospecto em jogos eliminatórios então é amplamente favorável aos argentinos. Foram já 14 encontros em mata-matas entre o Boca e times brasileiros. E os xeneizes levaram a melhor nada menos que 12 vezes. Apenas o Santos (na decisão de 1963) e o Fluminense (na semifinal de 2008) eliminaram o Boca Juniors em Copas Libertadores.

Contra brasileiros, o Boca comemora mais do que chora!
Além do Santos de Pelé, o Boca encontrou em finais de Libertadores o Cruzeiro, em 1977, o Palmeiras, em 2000, o próprio Santos novamente, em 2003 e o Grêmio, em 2007. Venceu todos até com certa facilidade, exceção feita a Cruzeiro e Palmeiras que venderam caro o vice-campeonato.

O Corinthians tentará fazer o que apenas Santos (em 1963), Paysandu (em 2003) e o Fluminense (em 2012) conseguiram em Copas Libertadores: vencer um jogo na Bombonera. Diante de equipes brasileiras foram 18 partidas na Argentina, com 10 vitórias, 05 empates e as já citadas três derrotas. Sem dúvida não é uma fácil missão.

O retrospecto assustadoramente positivo diante dos brasileiros é mais um grande desafio para este Corinthians que se mostra a cada dia mais cascudo. Eu não vejo favoritismo para nenhum lado nesta final, analisando apenas os times atuais, esquecendo-se o histórico e o retrospecto. Tudo vai depender do resultado da Bombonera. Se o Timão construir um  resultado reversível em casa sai em vantagem, aliás a única desta decisão: decidir em casa! Será o Corinthians o primeiro a vencer uma final diante do Boca em quase 50 anos? Aguardemos....

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