quarta-feira, 15 de junho de 2011

Uma final com a cara da Libertadores


Quando entrarem no gramado do histórico estádo Centenário, em Montevidéu, Santos e Peñarol começam a decidir muito mais que a edição de 2011 da Libertadores. Em campo estarão nada menos que sete títulos da principal competição do continente com clubes que juntos já disputaram a Libertadores nada menos que 48 vezes. Sem falar no verdadeiro 'flash-back' da decisão de 1962, vencida pelos brasileiros.

Apesar da vasta história na competição, esta decisão resgata dois gigantes do futebol sul-americano. O Santos, que ficou duas décadas sem títulos, voltou a vencer as competições no início dos anos 2000, com a geração de Robinho e Diego. O Clube fracassou na Libertadores de 2003, ao perder a decisão para o Boca Juniors, em pleno Morumbi.

O período de ostracismo do Peñarol é ainda maior. A última vez que o principal clube uruguaio chegou à uma decisão de Libertadores foi em 1987, quando venceu o América de Cali na decisão, com direito a gol nos instantes finais da prorrogação do atual treinador da equipe, Diego Aguírre. Nestes 24 anos o futebol uruguaio só chegou à decisão uma única vez, no ano seguinte, com o título do Nacional em 1988.

Desde a última Copa estamos vivendo uma espécie de renascimento do futebol uruguaio e a chegada do Peñarol à decisão da Libertadores é emblemática neste sentido. Os uruguaios tiraram do caminho nos mata-matas equipes que eram apontadas como favoritas nos confrontos, como a Universidad Católica-CHI e os tradicionais Internacional (atual campeão) e Vélez (campeão argentino). É bom respeitar um clube que tem em seu currículo cinco troféus de campeão da Libertadores e dois Mundiais.

O Santos também dispensa apresentações, pois além das duas Libertadores e dois Mundiais que possui revelou ao planeta o maior jogadpor de futebol de todos os tempos: Pelé. O futebol brasileiro engata sua sétima decisão seguida de Libertadores. Em duas ocasiões tivemos duas equipes nossas decidindo a competição. Se a Conmebol deixasse isso teria acontecido mais vezes. Em minha visão, o Santos tem mais técnica que os uruguaios e o fato de decidirem em casa deixa os paulistas em ligeira vantagem na luta pelo tri.

Santos e Peñarol fizeram a decisão da Libertadores de 1962. Na ocasião deu o Santos de Pelé. O Santos venceu a partida de ida no Uruguai por 2 a 1, mas perdeu em casa por 3 a 2. Na partida extra, disputada no Monumental de Nuñez na Argentina, com dois gols de Pelé os brasileiros venceram uma Libertadores pela primeira vez. Os clubes volatariam a se enfrentar na semifinal da edição de 1965, vencida pelo Independiente-ARG. Na ocasião os uruguaios levaram a melhor, novamente com um jogo extra no Monumental de Nuñez: 2 a 1 para o Peñarol.

A essência da Libertadores estará em campo nestas próximas duas quarta-feiras. Vamos curtir e torcer!

Um comentário:

Mauricio Motta disse...

Aponto o Santos como favorito. Tem o Neymar, melhor jogador da competição, mas seria bom se Elano estivesse inspirado. O goleiro Rafael também vem fazendo uma bela Libertadores.
Acho que um empate no Centenário seria fantástico, já que lá a pressão é enorme. Um verdadeiro caldeirão.
Abraços