quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Mais uma pizza sai do forno


É assustadora a produtividade dos pizzaiolos do governo brasileiro. Digna de fazer frente às maiores pizzarias da cidade de São Paulo, que já perdeu o posto de capital da pizza para Brasília. O arquivamento de quatro processos contra o presidente do Senado Federal, José Sarney, envergonha e revolta a sociedade brasileira.

É incrível como os escândalos se avolumam no Congresso, com a mesma volúpia que os telefones das pizzarias da capital paulista recebem chamadas de entregas. Mais assustador é ver a famigerada tropa de choque de Sarney (chefiada pelos escroques Collor e Renan Calheiros) ameaça e apavora quem quer resgatar a ética e a moral dentro do parlamento.

Não que o senador (também peemedebista) Pedro Simon seja o arauto da ética e da moral, aliás muito pelo contrário. Mas foi algo de patético ver Fernando Collor, com "ódio nos olhos", segundo o próprio Simon, partir para a defesa do ex-presidente e atual comandante do Senado. Os políticos brasileiros estão dispostos a tudo para manter o poder.

Recentemente o líder do governo no Senado, Aluízio Mercadante, defendeu a renúncia de Sarney. Qual não foi a surpresa de todos, José Dirceu (lembram dele?) disse que Mercadante não fala pelo PT e defendeu a permanência de Sarney. O ex-presidente do petismo disse que se Sarney sair a oposição ocuparia seu lugar. O presidente Lula fechou o pacote com a seguinte declaração: "Eu não votei em Sarney. Voto em São Paulo. Isto não é problema meu".

Estes são os comandantes da nação. Um presidente que defende o cerceamento da imprensa e a permanência de um aliado no cargo (mesmo que para isso precise vender sua alma ao diabo). Um comandante no parlamento, que através de atos secretos expande seus tentáculos no poder nomeando parentes e aliados a torto e a direito.

O pior é ver a ressurreição de Collor e Calheiros. Como diria, Herbert Vianna, que país é esse?

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