segunda-feira, 25 de julho de 2011

A catarse uruguaia

Essa medíocre Copa América (a pior que eu já vi) pelo menos terminou de uma forma digna e justa: o Uruguai conquistou a competição pela 15ª vez, quebrou um jejum de 16 anos e voltou a ser o soberano do continente. E venhamos e convenhamos que a Celeste Olímpica é sim a melhor seleção da América do Sul e foi quem jogou o melhor futebol da competição, coroado justamente com o título.

A conquista vem confirmar o renascimento do futebol uruguaio, que viveu no ostracismo por mais de 20 anos, chegando a ficar fora dos Mundiais de 1994, 1998 e 2006. Mas foi justamente na última Copa que o Uruguai começou a se reconstruir. Chegou à semifinal (perdendo da Holanda) e terminou como o melhor sul-americano na competição. Agora, além da conquista da Copa América, teve em 2011 a volta do tradicional Peñarol a uma final de Libertadores, o que não ocorria para o futebol uruguaio desde 1988.


Como bem lembrou o treinador brasileiro Mano Menezes, o Uruguai não é uma equipe recheada de talentos individuais como por exemplo são Argentina e Brasil, mas a força do conjunto celeste faz da equipe comandada por Óscar Tabárez um time coeso e muito forte, que tem em Diego Forlán e Luizito Suárez (o craque da Copa América para mim) sua grande força.

Outro fator que diferencia a seleção do Uruguai das principais rivais é o fato de estelas renomadas darem muito mais importância ao grupo do que às metas pessoais. Prova disso é o atacante do Botafogo, Loco Abreu. Ídolo e titular incontestável no clube carioca, Abreu é um mero coadjuvante na seleção e poucas vezes entra na equipe. Mas mesmo assim era um dos mais entusiasmados na comemoração do título. Assim se faz uma seleção vencedora, como voltou a ser a Celeste Olímpica!

Um comentário:

Mauricio Motta disse...

Ganhou o melhor e realmente o Loco Abreu foi um exemplo para muitos jogadores estrelinhasn e que ficam revoltados com uma substituição.
Parabéns ao uruguaio pelo sentido de grupo e respeito aos companheiros de seleção.