terça-feira, 18 de maio de 2010

Não adianta trocar o treinador - Parte 2

Em 25 de março de 2010, o Vasco mandou embora Vágner Mancini com 63% de aproveitamento no comando do clube. Naquela ocasião eu postei aqui no Futebol e Samba que a medida era precipitada e imediatista, pois o problemado Gigante da Colina não era no comando técnico, mas sim na fraca qualidade dos jogadores que defendem as tradicionais cores vascaínas.

Pois bem, novamente de maneira amadora e passional a diretoria do Vasco resolve colocar um terceiro profissional (em cinco meses e meio) para comandar a equipe. Após efetivar Gaúcho no lugar de Mancini, o clube agora resolve repatriar Celso Roth para comandar o time na sequência do Brasileirão. Duvido que dure mais de três meses. Não que ache Roth um mal profissional, mas o material humano que ele tem nas mãos é pífio.

O Vasco tem um elenco fraquíssimo e vai, com certeza, brigar contra o rebaixamento até a última rodada. Jogadores como Titi, Fernando, Léo Gago, Elton, Dedé, Jumar e Caíque, para ficar em apenas alguns, não tem a menor condição técnica de defender as cores de um clube como o Vasco da Gama. Atualmente o Vasco tem apenas o goleiro Fernado Prass, o meia Carlos Alberto e o atacante Philippe Coutinho com futebol correpondente à grandeza do Vasco. Se não tem sequer um time titular descente, quiçá um elenco apresentável.

Mas como sempre acontece no futebol brasileiro, especialmente nos clubes do Rio de Janeiro, o caminho mais fácil a ser seguido é trocar o treinador. É uma questão matemática. É menos complicado mandar um profissional embora do que desfazer todo um elenco ou contratar nomes de maior qualidade. Mas esta é uma conta simplista e pouco inteligente. Afinal, gasta-se muito mais em multas rescisórias de treinadores do que em contratações. Menos mal que este não deve ser o caso de Gaúcho, que permanecerá como auxiliar técnico de Roth.


Celso Roth no camando do Vasco, em 2007. Esta cena vai se repetir em 2010.

Gaúcho, aliás, se demosntrou completamente perdido na condução do "elenco" vascaíno e acabou confirmando sua condição de interino. Aliás uma frase cunhada pelo seu sucessor serve de parâmetro para analisarmos como é dura a vida de treinadores no Brasil. "Aqui todo treinador é interino", disse um dia Celso Roth. Está coberto de razão.

Não sou adepto da corrente que acha Celso Roth um técnico ruim, como meu amigo Maurício do Futebol em Foco, que aliás deve estar muito bravo com o anúncio de Roth no comando do Vasco. Acho o gaúcho um azarado e por vezes injustiçado por coleguinhas da mídia. Roth já trabalhou em grandes equipes do futebol brasileiro, como o próprio Vasco, Flamengo, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Internacional, etc. Mas de fato ele não conquista um título há dez anos. Nem sempre por sua única culpa.

Celso Roth pode ser um bom nome para o que o Vasco precisa no seguimento de 2010. Vai brigar contra o rebaixamento e o gaúcho tem o perfil de disciplinador que o clube precisa para se manter na elite em 2010. O Vasco não saiu ainda da Série B, pelo menos no que tange à qualidade de seus jogadores. Roth brigou por título brasileiro nos dois últimos anos. Não é nada, não é nada, já é mais do que o próprio Vasco fez no cenário nacional recentemente. Com os jogadores que tem, o nome de Celso Roth está dentro da realidade atual do Giagante da Colina. Infelizmente!

3 comentários:

Unknown disse...

Vasco ainda não voltou a realidade que é grande e por ai vai contratando essas merdas! Vai ser um mero figurante no Brasileiro se não for disputar para não cair!

José Renato Oliveira disse...

O problema Edigar é que o Vasco não tem grana!!!!
Realmente com esse elenco e Celso Roth, não irão ao lugar algum.

Abç

Maurício Motta... disse...

Bravo não. Estou revoltado mesmo. Celso Roth perdeu os dois últimos brasileiros, quando liderou a maior parte e não soube ser campeão.
Claro que pelo Vasco, ele não chegará a tanto.
O elenco é fraquissimo, mas poderíamos ter escolhido outro treinador.
Celso Roth e Mário Sérgio são os piores treinadores do futebol brasileiro.
Abraços