segunda-feira, 7 de junho de 2010

A formação ideal para o Brasil

Os amistosos de preparação para o Mundial diante dos sparrings da Tanzânia e do Zimbábue se não serviram para avaliar a força da seleção brasileira para a Copa, pelo menos serviram para mostrar que a formação titular escolhida por Dunga está equivocada. E o próprio treinador sabe disto, tanto que as alterações na vitória sobre a Tanzânia por 5 a 1 fizeram o Brasil mudar completamente dentro de campo. As saídas de Elano e Felipe Mello, para as entradas de Ramires e Daniel Alves transformaram o futebol do Brasil.

Com uma equipe recheada de volantes, Dunga começou a meiúca com Gilberto Silva, Felipe Mello, Elano e Kaká, a formação que ele vem defendendo quase que civicamente ao longo de três anos de trabalho como a melhor para a seleção. Mas a má fase de Felipe Mello e Elano fez a seleção jogar um primeiro tempo pífio e levar um baita sufoco da fraca Tanzânia na primeira etapa. Tanto que o goleiro reserva Gomes foi o destaque canarinho em todo o primeiro tempo.

O problema é que com Elano, Gilberto Silva e Felipe Mello o meio da seleção fica muito lento e a saída de bola da defesa para o ataque fica seriamente comprometida, afinal são jogadores com qualidade técnica muito discutível, exceção feita a Elano, mas ele está em uma fase muito ruim. Com esta formação o Brasil não conseguirá ir longe na Copa.

Mas Dunga mexeu na equipe e o Brasil melhorou sensivelmente. Saíram Felipe Mello e Elano para entrarem Ramires e Daniel Alves, dois jogadores com qualidade de passe muito superior e que ainda chegam ao ataque com muito mais perigo que os titulares. Ramires, inclusive, marcou dois gols na partida. E Daniel Alves cumpre o papel de Elano com muito mais competência, além de ser tão bom quanto o ex-santista nas bolas paradas.

Este jogo contra a Tanzânia remete ao jogo contra o Japão, na Copa de 2006, quando já classificada a seleção entrou em campo com Juninho, Robinho e Cicinho no jogo que foi o melhor do Brasil naquela Copa. Porém Parreira insistiu na teimosia de manter os medalhões e todos vimos qual foi o resultado. Dunga veio ao longo destes anos repetindo o mantra de que os erros de 2006 não poderiam ser novamente cometidos. Insistir na escalação de Elano e Felipe Mello será um equívoco tal qual o de Parreira quatro anos atrás. É bom que Dunga enxergue isso o quanto antes.

Um comentário:

Maurício Motta... disse...

Com as entradas de Ramires e Daniel Alves, o time fica mais leve, mais solto e não depende exclusivamente de Kaká.
Outro que não pode ser titular é Michel Bastos que toma bola nas costas em um jogo contra a fraca Tanzânia. Mas a culpa não é dele e sim do Dunga que convoca um jogador que não sabe marcar, até pq no Lyon, Michel Bastos atua como meia direita e faz apenas a funçaõ de atacante.
Não adianta mais pedir por jogadores que não foram levados. Tenho a minha opinião sobre esta Seleção do Dunga. Acho que se a gente escapar da Espanha nas oitavas, não passa pela Holanda nas quartas de final.
Abraços